Por: Luciene de Assis - Editor: Marco Moreira
O Dia Internacional da Biodiversidade, comemorado nesta sexta-feira (22/05), foi lembrado no Auditório Wladimir Murtinho, subsolo do Palácio do Itamaraty, em Brasília. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, entregou os troféus aos primeiros colocados de cada uma das seis categorias desta primeira edição do Prêmio Nacional da Biodiversidade, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) com apoio de suas entidades vinculadas.
Considerado o patrono do ambientalismo brasileiro, Paulo Nogueira Neto foi homenageado com o prêmio especial desta edição. Como não pode comparecer, enviou representante e declarou, em vídeo, que “este prêmio não é dado só para mim, mas para todos os que pensam como eu, que atuam em benefício do país e em defesa do meio ambiente”.
PESQUISA
De acordo com a ministra, o prêmio é muito importante “por conta de toda a pressão que sofremos quando se trata da biodiversidade, como no caso do projeto do peixe-boi”. E declarou: “Vamos lutar até o último minuto para manter os projetos de pesquisa, pois é preciso respeitar as instituições e os pesquisadores neste país”.
Os escolhidos nas seis categorias foram: Academia - projeto “Conservação do peixe-boi amazônico na Amazônia brasileira”, do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá; Empresa - “Programa de Valorização do Jaborandi (Anidro do Brasil Extrações S/A – Grupo Centroflora)”, da empresa Anidro do Brasil Extrações S/A-Grupo Centroflora ; Imprensa - reportagem “Boto: da lenda à ciência, o encanto do príncipe das águas”, da TV Amazonas; Organizações Não Governamentais - “Programa de Conservação do Mico-Leão-Preto”, do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ); Órgãos Públicos - “Projeto Conservação e Manejo do Faveiro-de-Wilson”, espécie criticamente em perigo, da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte/Jardim Botânico; e Sociedade Civil - projeto “Manejo pesqueiro do Pirarucu”, da Operação Amazônia Nativa (Opan).
SUSTENTABILIDADE
Na categoria Júri Popular, com votação realizada pela internet, o grande selecionado foi o projeto “Conservação do peixe-boi amazônico na Amazônia brasileira”, desenvolvido pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, também premiado na categoria Academia. Da escolha online participaram 63 mil pessoas. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, discursou na abertura da cerimônia e disse ser esta uma oportunidade “para assumirmos compromissos comuns”, ao destacar a importância do tema para Brasil e o mundo.
A obra de arte em forma de troféu foi idealizada pelo escultor mineiro Darlan Rosa, e entalhada numa chapa de compensado revestido com a madeira freijó, espécie de fácil manejo, comum na Amazônia e bastante utilizada como madeira cerrada e em painéis decorativos. Foram confeccionados 40 troféus, sendo dez de 35 centímetros de diâmetro e outras 30 peças de 25 cm de diâmetro, cada uma sustentada por uma base sólida em freijó, com dedicatórias pessoais entalhadas em baixo-relevo.
O Prêmio Nacional da Biodiversidade, realizado pelo MMA, reconhece o mérito das iniciativas que visam à melhoria ou manutenção do estado de conservação das espécies da biodiversidade brasileira. De um total de 888 iniciativas inscritas, 18 foram selecionadas pelos especialistas da Comissão Julgadora, nas seis categorias da premiação instituída pelo MMA.
O tema insere-se no contexto da erradicação da pobreza. A jornalista Rosana Jatobá fez as honras da noite, como mestre de cerimônias da festa de entrega da primeira edição do Prêmio Nacional da Biodiversidade.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) – 2028.1165
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