Por: Luciene de Assis - Editor: Sérgio Maggio
A ONG alemã Associação para a Conservação dos Papagaios Ameaçados (Association for the Conservation of Threatened Parrots – ACTP), com sede em Berlim, registrou o nascimento de mais um filhote de ararinha-azul (Cyanopsitta spixii). A ave é a quarta dessa espécie a nascer na instituição, fato ocorrido em 21 de março, O filhote recebeu o nome de Marcus em homenagem ao veterinário brasileiro, Marcus Marques, que ajudou no momento da eclosão do ovo.
Dia 3 de março passado, em comemoração ao Dia Mundial da Vida Selvagem, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) recebeu da entidade alemã um casal de ararinhas-azuis nascidas no criadouro de Berlim. Os irmãos Carla e Tiago, filhos da fêmea de propriedade do governo brasileiro, Bonita, e do macho alemão Ferdinando, deixaram o quarentenário oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Cananeia (São Paulo), e agora estão no Nest (sigla para New Ecological Scientific Treatment), um criadouro científico da fauna silvestre para fins de conservação, localizado no interior de São Paulo.
RECUPERAÇÃO
O MMA, por meio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e a Agência Federal Alemã de Conservação da Natureza (Bundesamtfür Naturschutz, BfN) trabalham em parceria há mais de dez anos no Programa de Cativeiro da ararinha-azul. A iniciativa se insere no âmbito do Projeto Ararinha na Natureza e motivou a criação de uma Unidade de Conservação na região de Curaçá, Bahia, área de onde essas aves se originam.
A espécie pode viver de 30 a 40 anos e é considerada extinta na natureza desde o ano 2000. Atualmente, existem apenas 90 animais em criadouros do Brasil, Alemanha e Catar, sendo 11 deles no Nest, mantenedor do interior paulista. Esse esforço conjunto, empreendido pelos governos brasileiro e alemão, visa concretizar o retorno dos animais ao Brasil e formar um plantel mínimo de 150 indivíduos para reintroduzi-los na natureza dentro de sete anos.
A espécie Cyanopsitta spixii pertence à família dos psitacídeos, que tem patas com dois dedos virados para frente e dois para trás. Alimenta-se de sementes e frutas. Usa o bico para escalar e subir em galhos. A caça ilegal e a derrubada de vegetação importante para a espécie ajudaram a aumentar a pressão de traficantes de animais sobre a ave, que foi capturada sistematicamente até sumir da natureza.
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