Por: Lucas Tolentino – Editor: Sérgio Maggio
O Brasil cobrou pulso firme do governo francês nas negociações do novo regime climático global, marcadas para ocorrer no fim deste ano, em Paris. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, destacou, nesta quinta-feira (09/04), a urgência no estabelecimento de um acordo de corte de gases de efeito estufa com metas ambiciosas e distintas para os países ricos e para os em desenvolvimento.
O posicionamento foi defendido em rodada de debates realizada, em Brasília, pelo III Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável. “O Brasil é o país que mais reduz emissões no mundo e isso não tem nos trazido retornos monetários. Vamos cobrar o reconhecimento dos nossos esforços”, disparou Izabella. A ministra acrescentou que o compromisso brasileiro na redução das emissões é voluntário e espontâneo.
Em fase final de negociação, o novo acordo climático global tem um rascunho e deverá ser submetido, em dezembro próximo, à 21ª Conferência das Partes (COP 21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês). Ao todo, 193 países deverão entrar em consenso sobre o documento na chamada Cúpula de Paris, que será chefiada pelo governo francês.
CIDADES
As autoridades francesas sinalizaram o empenho em alinhavar um acordo exitoso com o restante da comunidade global na Cúpula de Paris. O diretor-executivo de Operações da Agência Francesa de Desenvolvimento, Jean-Marc Gravellini, reafirmou a importância do papel das cidades para frear as mudanças climáticas. “Mais da metade da população mundial vive em centros urbanos, o que gera diversos impactos ambientais. Por isso, precisa ser considerada nesse debate”, afirmou.
Para a ministra Izabella, as emissões geradas pelas grandes cidades, a vulnerabilidade social e a questão dos resíduos sólidos devem figurar como os principais eixos de atuação dos governos municipais. “Os prefeitos precisam ter noção clara dos seus impactos por meio de inventários. É fundamental garantir o fechamento dos lixões e pensar na redução de emissões associadas aos resíduos sólidos.”
SAIBA MAIS
Apesar de ser considerado um fenômeno natural, o efeito estufa tem sido intensificado nas últimas décadas acarretando mudanças climáticas. Essas mudanças decorrem do aumento descontrolado das emissões de gases de efeito estufa, entre eles o dióxido de carbono e o metano. A emissão desses gases na atmosfera ocorre por conta de diversas atividades humanas, como o transporte, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a geração e consumo de energia.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) – (61) 2028.1173
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