Por: Luciene de Assis - Editor: Marco Moreira
Foram lançados nesta quinta-feira (26/03), em Brasília, o “Anuário Mata Atlântica 2014” e “Contribuições do Setor Empresarial Brasileiro para o Cumprimento das Metas de Aichi 2011-2020”. As publicações foram elaboradas pela organização não governamental Reserva da Biosfera Mata Atlântica (RBMA) e pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDES). Contaram com patrocínio da Vale e apoio de diversas outras instituições, como o Ministério do Meio Ambiente e a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ., sigla em alemão).
Para o secretário substituto de Biodiversidade e Florestas do MMA, Sérgio Collaço, o esforço de conservação da biodiversidade deve ser transversal, sendo não apenas uma obrigação do governo federal, mas também de estados, municípios e sociedade civil. “Trata-se de firmar uma parceria no sentido de implantarmos as metas nacionais desenvolvidas a partir das metas de Aichi, com todos assumindo a agenda da biodiversidade de forma sólida”, insistiu.
UNIÃO
O secretário-executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica, Bráulio Dias, que participou do lançamento dos dois livros, elogiou as publicações e enfatizou a necessidade de haver um engajamento maior de todos os setores da sociedade, empresários e governo em relação à conservação da biodiversidade. “Os países e o setor privado precisam mudar suas práticas, tornando-as mais sustentáveis”, disse ele, lembrando que 20 países já formalizaram ações voltadas para biodiversidade e negócios, a partir das metas de Aichi.
Criado em 1999, o Anuário da Mata Atlântica integra um programa permanente da ONG Reserva da Biosfera e tem o objetivo de consolidar, atualizar e disponibilizar informações sistemáticas e periódicas sobre o bioma da Mata Atlântica. O anuário permite fazer análises comparativas sobre os avanços e desafios na conservação, conhecimento científico e tradicional e sobre o desenvolvimento sustentável nesse bioma, servindo de base para projetos e políticas públicas.
Participaram do evento o presidente da RBMA e gestor do Anuário, Clayton Ferreira Lino; o representante da CEBDES, André Ramalho; o secretário-executivo do PainelBio, Luiz Merico; e a representante da GIZ, Maria Olatz, entre outros.
SAIBA MAIS
No processo de elaboração do novo Plano Estratégico de Biodiversidade 2011–2020, o Secretariado da Convenção propôs que se estabelecesse um novo conjunto de metas, na forma de objetivos de longo prazo, que foram materializados em 20 proposições, todas voltadas à redução da perda da biodiversidade em âmbito mundial.
Denominadas de Metas de Aichi para a Biodiversidade, elas estão organizadas em cinco grandes objetivos estratégicos: tratar das causas fundamentais de perda de biodiversidade, fazendo com que as preocupações com a biodiversidade permeiem governo e sociedade; reduzir as pressões diretas sobre a biodiversidade e promover o uso sustentável; melhorar a situação da biodiversidade, protegendo ecossistemas, espécies e diversidade genética; aumentar os benefícios de biodiversidade e serviços ecossistêmicos para todos; e aumentar a implantação, por meio de planejamento participativo, da gestão de conhecimento e capacitação. O Brasil teve um papel decisivo na definição e aprovação das Metas de Aichi e, agora, pretende exercer, com responsabilidade e eficiência, um papel de liderança na sua implantação.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) - (61) 2028-1173
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