Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > InforMMA > CAR vai impulsionar políticas ambientais, destaca ministra
Início do conteúdo da página

Notícias

CAR vai impulsionar políticas ambientais, destaca ministra

Na Conferência Governança do Solo, Izabella Teixeira diz que programa brasileiro de recuperação das florestas será o maior do mundo.

Publicado: Quarta, 25 Março 2015 19:00
Crédito: Paulo de Araújo/MMA Izabella: produtividade maior Izabella: produtividade maior

Por: Paulenir Constâncio e Letícia Verdi - Editor: Marco Moreira

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse, nesta quarta-feira (25/03), que o Programa de Recuperação Ambiental (PRA), previsto na nova Lei Florestal para começar após o Cadastro Ambiental Rural (CAR), é a maior proposta de recuperação de florestas no mundo. O CAR já cadastrou 143 milhões de hectares, área que é do tamanho da Itália, França, Alemanha e Grécia juntas. O número representa 38% de todos os estabelecimentos agropecuários do Brasil, registrados pelo censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2006. 

Ela participou, em Brasília, da abertura da Conferência Governança do Solo, promovida pelo Tribunal de Contas da União (TCU), onde ressaltou a importância do CAR para os produtores rurais e para as políticas públicas de meio ambiente, produção de alimentos e preservação dos recursos hídricos. O prazo para o cadastramento, que definirá quais as propriedades que terão que recuperar a cobertura vegetal de suas áreas de preservação permanente e reserva legal desmatadas vai até 5 de maio.

INSTRUMENTO

O Ministério do Meio Ambiente manterá, durante os três dias de evento, um stand do CAR, com atendimento ao público da conferência. Os técnicos vão explicar o que é o Sistema de Cadastramento Ambiental Rural (Sicar), um banco de dados que cobrirá todas as propriedades agropecuárias do País. Izabella explicou que o CAR é o principal instrumento da política ambiental do País. Para ela, a implantação da nova Lei Florestal, que criou o CAR e o PRA, demonstrará as vantagens de produzir mantendo os serviços ambientais oferecidos pela natureza.

Para ela, a recuperação ambiental que será promovida a partir do novo Código Florestal mudará a perspectiva das políticas ambientais brasileiras. “As políticas públicas para a área são vistas hoje sob a ótica da gestão de vulnerabilidade e risco ambiental, quando podemos oferecer soluções para o setor produtivo a partir do Código Florestal”, disse.

NOVA TRAJETÓRIA 

Segundo a ministra, a integração entre as políticas ambientais, sociais e de desenvolvimento já apontam uma nova trajetória para o campo e para as cidades. “O Brasil é um país que tem vocação para a produção de alimentos, mas tem também vocação para as florestas”, explicou. “Podemos dar exemplo ao mundo de como produzir preservando nossa riqueza ambiental.” 

A ministra criticou o que chamou de polarização entre as questões ambientais e de produção. Na sua avaliação, os setores produtivos e ambientais caminham juntos. “A preservação do solo, da água e da vegetação contribui para a melhoria da produtividade agropecuária”, afirmou. Para Izabella, o diálogo entre as várias áreas poderá produzir uma pauta política permanente, com soluções que não dependam de governos. 

SEMIÁRIDO

Na tarde desta quarta-feira (25/03), o diretor de Combate à Desertificação do MMA, Francisco Campello, coordenou uma apresentação sobre políticas públicas referentes à governança do uso dos solos, com foco na convivência sustentável com a semiaridez.

“Precisamos nos mirar em exemplos práticos bem sucedidos para executar as políticas públicas, a partir da experiência de quem convive com o semiárido no dia a dia”, destacou Campello. Segundo ele, o excesso de interferência no bioma da Caatinga é prejudicial. “É preciso conservar a cobertura vegetal nativa e fazer o manejo dos recursos naturais”, disse. A Caatinga reúne 1,8 milhão de famílias de agricultores (produção de feijão, milho e mandioca principalmente) e um rebanho de 28,2 milhões de cabeças em 1.135 municípios. 

Participaram o diretor do Instituo Nacional do Semiárido (Insa), Ignácio Salcedo; o diretor da Assessoria e Gestão em Estudos da Natureza, Desenvolvimento Humano e Agroecologia (Agendha), Mauricio Aroucha; o professor da Universidade de Campina Grande Jacob Silva; e o gerente da empresa Sistemas Técnicos Racionais, José Arthur Padilha, que falou sobre o uso da água em microbacias hidrográficas na Caatinga. 

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) – (61) 2028.1034

Fim do conteúdo da página