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Arara-azul-de-lear ganha comitê para preservação

Comitê de especialistas tentará salvar uma das aves brasileiras mais ameaçadas de extinção. A espécie, do sertão da Bahia, esteve próxima do extermínio total devido à captura ilegal destinada ao tráfico internacional de animais silvestres
Publicado: Quarta, 28 Maio 2003 21:00 Última modificação: Quarta, 28 Maio 2003 21:00

Brasília (DF) - O Ibama criou comitê de especialistas para tentar salvar a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), uma das aves brasileiras mais ameaçadas de extinção. O espécime, do sertão da Bahia, existe apenas na região do Raso da Catarina, próximo aos municípios de Jeremoabo e Euclides da Cunha. A espécie esteve próxima ao extermínio total devido, principalmente, à captura ilegal destinada ao tráfico internacional de animais silvestres.

Por meio de ações de conservação desenvolvidas nos últimos anos, em parceria com proprietários de terras da região e outras instituições, o Ibama conseguiu conter a situação. A população de araras-azuis-de-lear chega hoje a cerca de 400 indivíduos livres.

O novo comitê terá representantes do Ibama, da Fundação Biodiversitas, da Fundação RioZoo, da Sociedade Brasileira de Ornitologia e do Busch Gardens, da Flórida. As atividades de campo relacionadas à conservação da espécie ficarão sob a responsabilidade do Centro de Pesquisas para a Conservação das Aves Silvestres (Cemave), ligado ao Ibama.

De acordo com o diretor de Fauna e Recursos Pesqueiros do Instituto, Rômulo Mello, o comitê tem entre suas prioridades o monitoramento das aves no habitat natural, com a realização de censos populacionais, que passarão a ser mensais. O estudo biológico da reprodução da espécie com pesquisas sobre a produtividade dos ninhos e dos ovos e a entrada de novos indivíduos na população também está entre as tarefas do comitê.

Recuperação e turismo ecológico

Sob a coordenação do Cemave, já está em fase de construção na Praia do Forte, no litoral baiano, um quarentenário que será dedicado exclusivamente ao trabalho de conservação das araras-azuis-de-lear. Além de receber e tratar das aves vítimas de acidentes ou provenientes do tráfico, o espaço se voltará a projetos de reprodução de animais dessa espécie. O objetivo é reintroduzi-los na natureza. A obra deverá estar concluída até o segundo semestre deste ano.

Outra atividade que o Centro deverá desenvolver a partir deste ano, e que deverá ser discutida também no âmbito do novo comitê, é o turismo de observação de aves na região de ocorrência das araras-azuis-de-lear. Devido à raridade e à beleza das aves, elas são consideradas uma atração internacional.

Observadores de aves de todo o mundo querem ver as aves em seu ambiente natural. Por isso, o Cemave está organizando nos moldes técnicos necessários expedições com o objetivo de levar os interessados a conhecer mais sobre a ecologia das araras. Além de ver essas aves, os turistas também conhecerão outras espécies de aves que ocorrem na região que também representam um atrativo ambiental importante para os observadores.

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