Por: Letícia Verdi – Editor: Marco Moreira
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, recebeu, na tarde desta terça-feira (24/02), em Brasília, representantes da sociedade civil para debater questões ambientais relativas à restauração e conservação da Mata Atlântica e ao manejo florestal comunitário na Amazônia. As organizações não governamentais (ONGs) apresentaram à ministra a Carta de Iperó e a Carta de Brasília e receberam garantias sobre o acompanhamento das demandas no ministério.
A Carta de Iperó foi entregue pela Rede de ONGs da Mata Atlântica, coletivo formado por 285 organizações da sociedade civil que atuam a favor do bioma. O documento apresenta uma série de metas que enfocam a importância dos serviços ecossistêmicos prestados pela floresta para a economia e a sociedade.
Os três principais pontos levantados pela Carta de Iperó são: selecionar regiões prioritárias para conservação dos remanescentes de vegetação e para estabelecimento de novas Unidades de Conservação; efetuar ações intensivas para restauração da Mata Atlântica, até atingir uma área de 30% de sua extensão geográfica original e fortalecer programas de desenvolvimento sustentável em escala regional e local.
CARTA DE BRASÍLIA
Já um grupo de ONGs da Amazônia, liderado pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), apresentou a Carta de Brasília, solicitando ao governo que retome o Programa Federal de Manejo Florestal Comunitário e Familiar, instituído pelo Decerto 6874/2009. Entre as demandas está o lançamento de editais do Fundo Amazônia específicos para Manejo Florestal Comunitário e de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para capacitação, fortalecimento institucional e comercialização dos produtos. Os beneficiários do programa são agricultores familiares, assentados da reforma agrária e povos e comunidades tradicionais.
Participaram do primeiro encontro representantes da Rede de Organizações Não Governamentais da Mata Atlântica, Grupo Ambientalista da Bahia, WWF, Instituto Socioambiental e Instituto Floresta Viva. Já o segundo, contou com a participação do Centro de Trabalhadores da Amazônia, Instituto de Pesquisa da Amazônia, Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, Conselho Nacional das Populações Extrativistas, Grupo de Trabalho da Amazônia, Instituto Internacional de Educação do Brasil.
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