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Brasil discute contas econômicas ambientais da água

Seminário realizado no Rio de Janeiro aborda experiências internacionais e nacionais como forma de contribuição para elaboração de políticas públicas

Publicado: Quarta, 26 Novembro 2014 16:00
Crédito: Paulo Muniz Em busca de indicadores confiáveis para uso da água Em busca de indicadores confiáveis para uso da água

Por: Tinna Oliveira - Edição: Vicente Tardin    

Acontece nesta quarta-feira (26/11), no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o seminário Contas Econômicas da Água. A iniciativa permite a troca de experiências e desafios no desenvolvimento das contas econômicas ambientais da água, avaliando a contribuição para o processo de políticas públicas relacionadas aos recursos hídricos e para o monitoramento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O encontro, que segue até quinta-feira (27/11), faz parte da programação da “Jornada sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, realizada nesta semana pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e parceiros.

Espera-se que com esse seminário sejam identificadas as oportunidades de cooperação entre os países e analisado como esse tema pode contribuir para desenvolver os indicadores de desenvolvimento sustentável e para monitoramento e alcance dos ODS.

Durante a abertura do encontro, o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, Ney Maranhão, falou sobre a relevância de um encontro que traz estratégias de outros países sobre contas de água. “Caminharemos com mais velocidade, pois estamos nos baseando em experiências exitosas e contamos com parcerias fundamentais no país”, afirmou. Maranhão reforçou que a foco principal será de como se apropriar desse conjunto de informação e integrar aos padrões nacionais.

Como desafios, o secretário destacou que é preciso ter indicadores confiáveis e o engajamento de todas as partes envolvidas, para que esses dados sejam convertidos em uma base que tenha autoridade. “Estamos diante de mais uma necessidade básica para gestão de recursos hídricos do país.”

PARCEIROS

Para o diretor da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) no Brasil, Carlos Mussi, a água tornou-se um grande assunto mundial com discussões nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Ele afirma que a água tem sofrido com os impactos das mudanças climáticas e, por isso, os desafios incluem organizar o acesso à água, financiamento e em como identificar quais e como as populações serão atendidas.

A representante da Divisão de Estatística das Nações Unidas, Leila Rohd-Thomsen, reforçou a importância de se aumentar o nível dos dados sobre contas econômicas hídricas e qualificar as estatísticas, adotando uma abordagem mais integrada.

Wadih Scandar Neto, diretor de Geociências do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), discursou sobre a parceria do instituto com o MMA e a Agência Nacional de Águas (ANA). Os três órgãos formam o núcleo central de produção de informação sobre a água e ao mesmo tempo são os demandantes de estatísticas para planejamento de ações. “Estamos começando a dar passos importantes no sentido de deixar de ser um desejo para efetivar as contas econômicas de água”, disse.

O assessor da Presidência da ANA, Marcos Neves, afirmou que era interessante que o Brasil tenha decidido começar as contas econômicas ambientais pela água, já que o Brasil é tão abundante em água, mas com características hídricas muito distintas em suas regiões brasileiras. “Vamos aproveitar essa oportunidade para avaliar diversos aspectos da água”, afirmou. Ele reforçou que a água perpassa diversos setores econômicos, como o saneamento, irrigação e energia. Esta relação está presente, inclusive, nos ODS. “Podemos propor no caso brasileiro alguns indicadores relacionados à água, percorrendo os demais objetivos e avaliando onde as contas da água podem ajudar,” frisou.

SAIBA MAIS

O Sistema de Contas Econômicas e Ambientais da Água foi desenvolvido pela Divisão de Estatística das Nações Unidas para que os países possam organizar suas informações relativas à água em conformidade com os respectivos Sistemas de Contas Nacionais.

Com isso, é possível comparar como anda a relação entre água e economia em diversas nações ao redor do planeta.

Assim, por exemplo, pode-se saber qual é a relação entre Produto Interno Bruto (PIB) e a quantidade de metros cúbicos de água utilizados para produção de tal riqueza. Este tipo de dado auxilia os gestores públicos na definição, no monitoramento e na efetivação de políticas públicas.

 

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) – Telefone: 61.2028 1227

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