Por: Letícia Verdi – Edição: Vicente Tardin
Na quinta-feira (13/11)*, a ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira inaugurou a base do programa Arboretum de Conservação e Restauração da Mata Atlântica, em Teixeira de Freitas, na Bahia.
O programa é resultado de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Ministério Público da Bahia e duas empresas de celulose da região, com o apoio do Serviço Florestal Brasileiro, entidade vinculada ao Ministério do Meio Ambiente.
Na ocasião, a ministra ressaltou a importância da iniciativa que engajou diferentes setores: "este é o sinal de uma sociedade que busca soluções", "o meio ambiente no Brasil não é mais feito de projetos demonstrativos, como antes, mas sim de projetos estruturantes"
A ministra abordou ainda as conquistas da nova legislação florestal e do Cadastro Ambiental Rural (CAR). De acordo com a chefe da pasta "terminaremos o ano com 1/3 das propriedades rurais do país cadastradas no CAR. Em seis meses fizemos o que não foi feito em 13 anos."
O objetivo do programa Arboretum é atuar nos diversos elos da cadeia de restauração florestal, desde a estruturação de núcleos de coleta de semente e produção de mudas, em comunidades rurais e aldeias indígenas, até o monitoramento do plantio.
A base do programa conta com salas de apoio administrativo, laboratório e câmara de armazenamento de sementes, herbário, carpoteca (sala para guardar frutos), xiloteca (madeiras), duas salas de aula, auditório, um espaço multiuso, jardim sensititvo e arboreto. O investimento total das empresas no projeto foi de R$ 4 milhões.
ADEQUAÇÃO AMBIENTAL DE IMÓVEIS RURAIS
O TAC também obriga a regularização ambiental de mil imóveis rurais, por meio da inscrição no Cadastro Ambiental Rural, cujas áreas totais ultrapassam 379 mil hectares. “Tenho certeza que esta é umas das maiores ações de adequação ambiental de imóveis rurais de Brasil e, consequentemente, de restauração florestal”, definiu o promotor de Justiça Regional Ambiental de Teixeira de Freitas, Fábio Corrêa.
Além de todas essas medidas, o TAC também teve como produtos uma revista destinada ao público infantil sobre o Novo Código Florestal, um projeto de recomposição de áreas degradadas e alteradas e um manual de restauração ecológica.
* Atualizada em 14/11.
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