Por: Lucas Tolentino – Edição: Marco Moreira
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, sobrevoou, nesta sexta-feira (17/10), os parques nacionais Serra do Cipó, em Minas Gerais, e Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, ambos afetados por incêndios florestais há dez dias. No momento, a situação é considerada sob controle. O objetivo da visita foi verificar o estado e as ações realizadas nas unidades de conservação.
Ainda que as queimadas estejam controladas, as equipes continuarão em atuação no local. “As esferas federais e estaduais estão trabalhando em absoluta cooperação”, destacou a ministra, após a vistoria na Serra do Cipó. “As condições climáticas favorecem a propagação de incêndios e é importante a colaboração da população.”
Cerca de 3 mil hectares foram consumidos pelas labaredas nos dois locais. Ao todo, 590 hectares foram atingidos no Parque Nacional Serra dos Órgãos e outros 550 hectares, no entorno da unidade, nos limites da área de proteção ambiental Petrópolis. Já a Serra do Cipó teve 2,49 hectares queimados, nas regiões de Alto Palácio, Rio Preto, Travessão e Vale do Bocaina.
COMBATE
A Serra dos Órgãos conta com 42 brigadistas em campo para combater as chamas. Desse total, 20 se deslocam por terra para atuar no maior foco do incêndio da região, o Morro do Mamute, um local de difícil acesso. As estratégias de ação são definidas pelas equipes na sala de situação instalada no parque e equipada com equipamentos de geoprocessamento, mapas e imagens da unidade da conservação.
Na Serra do Cipó, 47 brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), 14 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e 20 voluntários agem no combate ao fogo. As operações contam ainda com duas aeronaves que lançam água sobre as chamas e um helicóptero para o transporte das equipes.
CAUSA
A ação humana é apontada como a principal causa das queimadas. Em um dos focos de Serra dos Órgãos, foi encontrado um pinga-fogo artesanal construído com latas de alumínio e cabos de madeira, aparelho utilizado para provocar incêndios. “É indício de que há incendiários ateando fogo de maneira criminosa”, acredita o chefe da unidade, Leandro Goulart.
A queima irregular de resíduos no perímetro do parque também aparecem entre as causas mais frequentes. Nos arredores da Serra dos Órgãos, há muitas propriedades particulares. ”Nessa região não existem problemas com causa natural do fogo: os incêndios são resultado de ação antrópica (resultante da interferência humana)”, descreve Goulart. “Nesses sítios, muitas pessoas queimam lixo e o fogo acaba atingindo o parque”.
FIQUE ATENTO
Veja como ajudar a evitar queimadas:
- Não jogue bitucas de cigarro pela janela do carro
- Não fume em matas e locais com muita vegetação
- Impeça crianças de brincar com fogo em áreas verdes
- Evite fazer fogueiras em áreas de vegetação
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