Com participação de palestrantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o "Seminário sobre Áreas Naturais Protegidas em Santa Catarina", realizado em 28/08, na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), campus Lages, avançou na discussão sobre a ampliação das áreas naturais protegidas em ambientes de Florestas com Araucárias. O encontro focou em torno das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), representando o compromisso dos proprietários de terras na conservação da natureza.
As RPPNs foram o tema da palestra do consultor ambiental Luciano Souza, do Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que orientou os proprietários de terras sobre a vantagem de ter parte de sua propriedade transformada em RPPN. Apresentou também os passos a serem seguidos para criá-la oficialmente. Em Santa Catarina, há 60 RPPNs protegendo 29 mil hectares de ecossistemas naturais.
Luciano Souza ainda destacou os serviços ambientais prestados pelas reservas particulares e a segurança patrimonial conferida aos proprietários de terras, uma vez que essas áreas são preservadas em caráter de perpetuidade. Erik Aguiar, do Departamento de Áreas Protegidas, da Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF), falou sobre o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC).
PAPAGAIO-CHARÃO
O evento foi organizado e coordenado pelo Projeto Charão (AMA-ICB/UPF). Os professores Nêmora Pauletti Prestes e Jaime Martinez, organizadores do seminário, contam que o planalto catarinense é um bioma fundamental para os trabalhos com o papagaio-charão, que para lá migra no período de oferta de pinhões na natureza, sendo pesquisados pelos biólogos há 24 anos.
O Projeto Charão trabalha com a conservação das Florestas com Araucárias, sendo que Santa Catarina hoje apresenta os maiores remanescentes desse ecossistema, importante para uma rica diversidade biológica como o ameaçado papagaio de peito roxo.
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