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Ibama registra redução nos índices de corte da vegetação na Amazônia

Combate ao crime e a adoção de medidas de inteligência em terra são responsáveis pela diminuição das estatísticas

Publicado: Sexta, 23 Maio 2014 15:00
Crédito: Martim Garcia/MMA Zanardi, do Ibama: esforço pela integração Zanardi, do Ibama: esforço pela integração

LUCAS TOLENTINO


A Amazônia Legal registrou queda nos indicativos de corte da vegetação nativa. Entre agosto de 2013 e 30 de abril deste ano, os alertas de desmatamento na região foram de 1,5 mil km2, o que representa a redução de 20% na comparação com os 1,872 mil km2 registrados no período imediatamente anterior. Os dados foram contabilizados pelo Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter).


Feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o sistema se baseia em imagens diárias de até 25 hectares capturadas por satélite. Os dados funcionam como uma análise da mudança de paisagem da região amazônica, que podem ocorrer por conta de questões como desmatamento ou até queimadas. O Deter funciona, portanto, como um suporte para a fiscalização.


APRIMORAMENTO


A intensificação das operações de combate ao crime e a adoção de medidas táticas de inteligência em terra são responsáveis pela diminuição das estatísticas. “Os resultados se devem ao aprimoramento da fiscalização e da forte presença em campo de equipes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e da Força Nacional”, afirmou o presidente do Ibama, Volney Zanardi. “Há um esforço para integrar todas as ações realizadas na Amazônia.”


Entre as estratégias, está a cooperação com os índios kayapó no combate ao desmatamento nas imediações da BR-163, no Pará. Na operação, foram aplicados R$ 50 milhões em multados e evitado o equivalente a 63 hectares de área desmatada por dia. Ao todo, 11 acampamentos e 26 motoserras foram destruídas. “Não vamos permitir que os grileiros e demais criminosos avancem pelas florestas, em especial nas unidades de conservação e terras indígenas”, garantiu o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano Evaristo.


MOBILIDADE


A redução foi verificada em estados que costumavam a apresentar histórico de avanços no desmatamento. Em Mato Grosso, os alertas contabilizaram 583 km2, queda de 29% em relação aos 818 km2 registrados no período anterior. O Pará seguiu a mesma tendência, com redução de 29%, no comparativo dos 306 km2 atuais com os 430 km2 anteriores. Em Rondônia, a diminuição foi ainda maior: 33%.


Nesse período, o Ibama aplicou R$ 1,139 bilhão em autos de infração e embargou área total de 131 mil hectares na Amazônia Legal. A criação de bases móveis com equipes de fiscalização foi fundamental para o alcance desses resultados. “A mobilidade é o mais importante porque o crime migra dentro da floresta, afirmou o coronel Alexandre Aragon, da Força Nacional. “Estamos trabalhando no sentido de coibir essas prática.”

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