A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse hoje (01.04.03), em Belo Horizonte, que tão logo o Ministério do Meio Ambiente (MMA) foi avisado do derramamento de produtos químicos no rio Pomba, em Cataguases (MG), a Petrobras foi acionada para que o sistema de contenção da empresa fosse enviado para a região com o objetivo de evitar que o líquido tóxico possa atingir o rio Paraíba do Sul. A ministra informou, ainda, que técnicos das gerências do Ibama em Minas Gerais e no Estado do Rio e da Agência Nacional de Águas (ANA) foram deslocados para o local para fazer um levantamento da situação e oferecer suporte técnico aos estados. "Estamos atuando de forma integrada e parceira com os estados de Minas e do Rio de Janeiro para evitar danos maiores", afirmou a ministra.
O acidente ocorreu na madrugada de sábado, quando um reservatório de resíduos tóxicos da Indústria Cataguases de Papel se rompeu e derramou no rio Pomba cerca de 20 milhões de litros de rejeitos.
Marina Silva disse que o momento é de conter o prejuízo ao meio ambiente, mas que é fundamental a realização de uma investigação para apurar a responsabilidade pelo derramamento. A ministra foi informada de que os responsáveis pela empresa não avisaram imediatamente aos órgãos ambientais sobre o acidente, o que constitui infração gravíssima segundo a Lei de Crimes Ambientais. "Caso seja verdade, isso não pode ficar sem punição", ressaltou.
A ministra explicou que o MMA tem a clareza de que a ação ocorreu na esfera de competência estadual, mas que é necessário trabalho conjunto dos estados e da União para reduzir os danos. "Não vamos nos furtar a dar o apoio necessário, pois o dano ambiental afeta a todos nós", concluiu.
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