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MMA entrega prêmio Água de Lastro

Publicado: Quinta, 20 Março 2003 21:00 Última modificação: Quinta, 20 Março 2003 21:00

O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, Cláudio Langone, entregou, hoje (21), o Prêmio Água de Lastro ao vencedores do concurso de cartazes promovido pela Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA) para divulgar os problemas causados pela transferência de espécies exóticas na água usada para lastro dos navios mercantes. Os cartazes serão distribuídos em escolas, universidades, portos e instituições públicas e privadas envolvidas com o tema. Em abril, no Rio de Janeiro, os problemas e as iniciativas de controle da água de lastro serão debatidos em um workshop internacional. O Brasil, por meio da SQA, participa de um programa de gestão, o GloBallast, desenvolvido pela Organização Marítima Internacional ? IMO, que visa a aprovação de uma convenção internacional prevista para vigorar a partir de 2004.

As consequências causadas pelo transporte de espécies na água de lastro dos navios nos ecossistemas marinhos ainda são pouco discutidas no Brasil. O concurso de cartazes foi o primeiro passo para divulgar mais amplamente a questão. Para produzir os trabalhos, os concorrentes precisaram pesquisar sobre o tema e muitos se surpreenderam com as informações. Para o primeiro colocado, Paulo Salvador Martorelli, foi difícil trabalhar o tema, por tratar-se de um problema desconhecido. Alessandra Trovó, que faz o curso de doutorado em genética humana, disse que não conhecia o assunto e pesquisou muito antes de produzir o cartaz que tirou o segundo lugar. Só José Augusto Massena Reis, terceiro colocado, não teve dificuldades com o tema. Massena já coordenou a representação no Brasil do Comitê de Proteção de Meio Ambiente Marinho, órgão da IMO.

De acordo com estudos técnicos, de três a quatro mil espécies são transportadas por dia nos tanques de água dos navios. Peixes, moluscos, plantas, larvas, vibriões, vírus, bactérias são transferidos de seus ecossistemas e conseguem proliferar em ambientes onde não existem predadores naturais. No Brasil, a invasão mais conhecida é a do mexilhão dourado, uma espécie de molusco originário dos rios asiáticos, mas que suporta teores baixos de salinidade. Esta espécie foi introduzida na Argentina, no rio da Prata, por meio de água de lastro de navios mercantes vindos da Ásia em 1991. Hoje os mexilhões já invadem as turbinas e filtros da Hidrelétrica de Itaipu e do Departamento de Águas e Esgoto de Porto Alegre (RS).

 

 

 

 

 

 

 

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