Meio Ambiente

O ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, apresentou ontem um pacote de medidas que irá alterar a situação dos extrativistas da Amazônia. Foi assinado um protocolo de intenções com o Banco da Amazônia (Basa), que prevê a redução de 5% para 0,5% ao ano, dos juros de crédito para o setor. O ministro anunciou também a implementação do Projeto de Desenvolvimento Sustentável, que prevê uma reforma agrária aliada à preservação ambiental, e a criação da Reserva Extrativista de Tarauacá, no Acre. Proposta por Chico Mendes, em 1988, por ser o seringal de maior produção da região, esta reserva localiza-se nos municípios de Tarauacá e Jordão, com área aproximada de 152 mil hectares e atende a uma população de 200 famílias.

Ao anunciar as medidas, Sarney Filho disse que a Amazônia não pode ser apenas uma vitrine a ser apreciada. "Quem mora na Amazônia pode e deve tirar seu sustento da floresta, assegurando a sobrevivência das gerações futuras através de programas de desenvolvimento sustentável, como é o caso do extrativismo", destacou. As medidas foram anunciadas durante encontro com representantes dos extrativistas que estão em Brasília fazendo um levantamento sobre a produção do setor.

Foi uma luta difícil, mas conseguimos, pela primeira vez, garantir recursos orçamentários substanciais para o setor extrativista, enfatizou Sarney Filho. "Pelo menos um milhão de pessoas serão beneficiadas com os novos programas". Até o final do próximo ano estão previstos R$ 45 milhões de recursos do orçamento e dos fundos constitucionais repassados ao BASA.