O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, representando o ministro José Sarney Filho no encontro, afirmou que a questão da segurança química é de extrema importância para o Brasil. Ele lembrou que o país esta em sétimo lugar no ranking mundial dos que mais utilizam produtos químicos e o primeiro na América Latina. O Fórum III reúne em Salvador, até a próxima sexta-feira, os maiores especialistas em segurança química do mundo. Delegações de 120 países (cerca de 450 pessoas) irão discutir questões fundamentais para a gestão ecologicamente saudável das substâncias químicas.
Segundo o coordenador geral do Comitê Organizador Brasileiro, Henrique Brandão Cavalcanti, o fórum deve se preocupar, a partir de agora, em avaliar melhor a capacidade dos países do Terceiro Mundo para enfrentar a questão da segurança química. "É preciso buscar a ajuda dos países mais industrializados, mais preparados, para implantar programas eficientes de segurança química" , ressalta Cavalcanti.
O debate chega num momento oportuno para o Brasil, quando governo e sociedade, coordenados pelo Ministério do Meio Ambiente, elaboram o Perfil Nacional para Avaliação da Infra-Estrutura de Gestão das Substâncias Químicas. A indústria química brasileira produz de 35 milhões de toneladas a cada ano, movimentando algo em torno de 50 bilhões de dólares. Apesar dos programas de prevenção e segurança, os prejuízos causados por acidentes ainda são elevados.
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