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Sexta, 29 Junho 2012 16:54
Regularização ambiental é tema de oficina
Técnicos de Furnas participarão do encontro. MMA espera, com isso, atrair mais um parceiro no processo de legalização de propriedades rurais.Sophia GebrimDesenvolver atividades de capacitação em educação ambiental e regularização de propriedades rurais é o objetivo da oficina Adequação Ambiental de Propriedades da Agricultura Familiar, que se realiza nesta segunda e terça-feira (02 e 03/07), no Parque Estação Biológica, em Brasília. A capacitação, promovida pelas secretarias de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR) e Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC) do Ministério do Meio Ambiente, busca formar multiplicadores em desenvolvimento rural sustentável por meio da educação ambiental. O público-alvo da oficina são técnicos da Cooperiguaçu, cooperativa de prestação de serviços localizada na cidade de Francisco Beltrão (PR), co-patrocinadora do evento, além de lideranças dos agricultores familiares indicados pela própria entidade. Também participarão da oficina servidores da Eletrobras Furnas."Com a participação da Furnas, o Ministério do Meio Ambiente espera firmar mais uma parceria na questão de regularização ambiental nas propriedades rurais", destaca o engenheiro agrônomo da Gerência de Sustentabilidade Ambiental do Agronegócio da SEDR, Claudio Santos. Segundo ele, Furnas já conta com um programa de educação ambiental em propriedades rurais, onde pequenos agricultores já estão aprendendo fazer a transição para o atual modelo de energia elétrica.Como parte das atividades do encontro será apresentado aos membros da Cooperiguaçu o Programa Mais Ambiente, seus objetivos, estratégias e desafios para promover a regularização ambiental dos imóveis rurais e o fortalecimento da gestão ambiental rural no plano nacional, além dos instrumentos e arranjos institucionais, etapas e metas previstas para a execução das ações. Na oficina também será promovido um trabalho em grupo para compartilhar o entendimento sobre educação ambiental e seu papel para a regularização ambiental das propriedades rurais e o desenvolvimento rural sustentável.Mais informações sobre a oficina Adequação Ambiental de Propriedades da Agricultura Familiar no telefone: (61) 2028-1763
Sexta, 29 Junho 2012 16:37
Construção civil debate lei florestal
Para o MMA, a preocupação é evitar que se repitam os erros do passado, como as moradias próximas às margens de rios ou nas encostas de morros, para evitar acidentes.Luciene de AssisO secretário de Biodiversidade e Florestas (SBF) do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Roberto Cavalcanti, e o diretor do Departamento de Florestas (DFlor) da SBF/MMA, Fernando Coutinho Tatagiba, participam de debate, na tarde desta sexta-feira, 29/6, sobre as repercussões da nova Lei florestal nº 12.651/2012 na construção civil. O tema "Legislação ambiental: políticas públicas para a sustentabilidade" fez parte do programa do último dia do 84º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), que se realiza na Expominas, em Belo Horizonte.A preocupação dos empresários é com um possível reflexo negativo da nova Lei florestal sobre o setor. Mas, a princípio, "não há como afirmar se existirá impacto negativo da nova lei sobre a construção civil, explica Tatagiba. De qualquer forma, a lei trata, especificamente, das áreas urbanas consolidadas e das novas áreas urbanas e de sua expansão. "A preocupação é evitar que se repitam os erros do passado, como a construção de moradias nas proximidades das margens de rios ou nas encostas de morros", esclarece. O objetivo é evitar acidentes, muitas vezes graves, que colocam em risco o patrimônio e a vida de milhares de pessoas em todo o país.O Enic é um evento anual, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), e reúne cerca de 2 mil empresários, profissionais, lideranças sindicais, representantes de diferentes órgãos do Poder Público, estudantes e outros atores do segmento. Entre os temas colocados em debate estão inovação tecnológica, sustentabilidade, saúde e segurança do trabalho, parcerias público-privadas, responsabilidade social e questões relacionadas às cidades, como mobilidade urbana, dentre outros.
Quinta, 28 Junho 2012 18:44
Produção sustentável terá R$ 3,4 bi
Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013 consolida compromisso do governo federal com a preservação ambiental. País aumenta a safra sem ampliar área plantada.Sophia GebrimA sustentabilidade da produção agrícola brasileira, com ênfase nos critérios ambientais, é um dos destaques no Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013, lançado nesta quinta-feira (28/06), pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, no Palácio do Planalto, em Brasília. Também participou da cerimônia a ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira. Uma das linhas de crédito do plano destinará R$ 3,4 bilhões ao Programa para Redução das Emissões de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (ABC), com ações de fortalecimento da produção de orgânicos e preservação ambiental.Por meio do Programa ABC, cada produtor poderá acessar até R$ 1 milhão. O objetivo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa oriundas das atividades agropecuárias, reduzir o desmatamento, adequar as propriedades rurais à legislação ambiental, ampliar a área de florestas cultivadas e estimular a recuperação de áreas degradadas. Além disso, o ABC incentiva a implantação e melhoramento de sistemas orgânicos de produção e preservação e recomposição de áreas de preservação permanente e reserva legal.PRODUTIVIDADE"O Brasil aumentou muito sua produção agropecuária, sem aumentar a área de plantio", destaca o gerente de Sustentabilidade Ambiental do Agronegócio da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Moisés Savian. Para ele, é importante fomentar as atividades produtivas sustentáveis nestas áreas, e o ABC vem justamente para consolidar isso.Uma novidade no Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013 é a inclusão do apoio à implantação de sistemas orgânicos de produção agropecuária na linha de crédito do Programa ABC. Nesse sentido, o governo trabalhará com estratégias de fomento ao setor, como reconhecimento e retribuição dos serviços ambientais prestados pelos produtores orgânicos, mecanismos de apoio à produção e comercialização como o seguro agrícola e Política Geral de Preços Mínimos (PGPM) especialmente para produção orgânica. "Essa iniciativa é de fundamental importância, pois a agricultura orgânica e agroecológica possibilita a melhoria da qualidade ambiental rural e garante alimentos saudáveis para a população", ressalta o gerente da SEDR.
Quarta, 27 Junho 2012 19:29
Brasil leva metas à Índia
Conabio procura a melhor forma de o país internalizar e, eventualmente, expandir os compromissos internacionais sobre biodiversidade em benefício da sociedade brasileira.Luciene de AssisAs 20 propostas sobre biodiversidade, construídas a partir das metas da Convenção de Aichi, estabelecidas durante reunião em Nagóia, no Japão, balizarão a posição do Brasil durante a Convenção sobre Diversidade Biológica, a COP 11, a se realizar na Índia, a partir de 1º de outubro. Antes, porém, essas propostas serão encaminhadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) à apreciação da Casa Civil da Presidência da República. O envio será feito depois de concluída a análise de todos os itens pela Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio), que se reuniu na tarde desta quarta-feira (27/06) para debater uma pauta que incluiu, também, informes sobre os acontecimentos da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).De acordo com o secretário de Biodiversidade e Florestas (SBF) do MMA, Roberto Cavalcanti, que presidiu a reunião da Conabio, a avaliação dos conselheiros refletirá "a melhor forma de o país internalizar e, eventualmente, expandir os compromissos internacionais em benefício da sociedade brasileira". Segundo ele, o estudo das propostas encaminhadas por setores representativos da sociedade brasileira, após consulta envolvendo cerca de 280 instituições dos setores privado, ONGs, academias, governos (estaduais e federal), povos indígenas e comunidades locais, deve ser concluído na próxima reunião, prevista para a segunda quinzena de agosto.Galeria de Imagens
Quarta, 27 Junho 2012 18:20
MMA premia instituições sustentáveis
Iniciativa se propõe sensibilizar os gestores públicos para as questões socioambientais, promover o uso racional dos recursos naturais e a redução de gastos institucionais, entre outros objetivos.Letícia VerdiEstão abertas, até o dia 14 de setembro, as inscrições para a 4ª edição do prêmio Melhores Práticas da A3P - Agenda Ambiental na Administração Pública, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). O objetivo do prêmio é dar visibilidade a iniciativas sócio-ambientais de instituições públicas que aderiram à agenda.As categorias que concorrem são gestão de resíduos; uso sustentável dos recursos naturais (água ou energia); inovação da gestão pública; e destaque da Rede A3P, novidade deste ano. "A nova categoria, ao contrário das outras três, vai premiar o órgão ou instituição que ainda não possua Termo de Adesão, mas que participe da Rede A3P, com o intuito de estimular que mais instituições e órgãos públicos façam a adesão formal à agenda", afirmou a analista ambiental Ana Flora Caminha, do Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do MMA.NOVOS PADRÕESA A3P tem como meta sensibilizar os gestores públicos para as questões socioambientais; promover o uso racional dos recursos naturais e a redução de gastos institucionais; contribuir para a revisão dos padrões de produção e consumo; reduzir o impacto socioambiental negativo direto e indireto causado pela execução das atividades administrativas. Com tudo isso, visa por fim contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população.A portaria 211, que autoriza o prêmio, foi assinada pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira e publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (27/06). O prêmio é uma realização do Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente.Confira o regulamento e a ficha de inscrição aqui
Quarta, 27 Junho 2012 16:08
Embalagens de óleo sob consulta
MMA quer ouvir a sociedade sobre o meio correto de reciclar recipientes de lubrificantes, com o objetivo de minimizar o impacto que esse produto causa à naturezaRafaela RibeiroO Ministério do Meio Ambiente abriu consulta pública para definir o meio adequado para a reciclagem das embalagens de lubrificantes usadas, levando em consideração, inclusive, questões ambientais. Em até 60 dias, a contar da publicação da portaria (dia 18 de junho), qualquer interessado poderá fazer sugestões que possam contribuir para o aperfeiçoamento da alternativa em estudo. O diretor de Ambiente Urbano do MMA, Silvano da Costa, destacou que a consulta é de extrema importância: "É muito valorosa a contribuição da sociedade e dos setores público e privado para o acordo setorial que estabelecerá as novas regras".O acordo setorial envolve fabricantes, importadores, comerciantes - atacadistas e varejistas - de óleo lubrificante envazado, reciclador e o consumidor. A sugestão sob análise estabelece que o consumidor devolva as embalagens usadas, preferencialmente para o comerciante de quem comprou, no momento da troca de óleo ou depois, caso a utilização do produto seja realizada fora do estabelecimento.QUEM FAZ O QUEOs varejistas devem receber as embalagens, dar o tratamento adequado segundo orientação dos fabricantes e respeitando as normas definidas pelos órgãos ambientais, além de armazená-las temporária e adequadamente. A proposta prevê também que registre, tanto a quantidade de embalagens adquiridas como as posteriormente devolvidas, no Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR).Segundo a proposta de acordo setorial, o atacadista deverá receber, na proporção por ele comercializada, as embalagens de óleo lubrificante que lhe forem devolvidas, emitindo o respectivo certificado de recebimento. Acondicionar adequadamente as embalagens e devolvê-las às centrais de coleta, estas de responsabilidade de fabricantes ou importadores. Além disso, também deve fazer o registro da quantidade de embalagens adquiridas do fabricante ou importador e, posteriormente, das embalagens encaminhadas para a destinação final.Os fabricantes e importadores, por sua vez, devem inserir no rótulo das embalagens informações sobre a importância de sua devolução no estabelecimento que a vendeu, receber das centrais de triagem as embalagens que foram inadequadamente dispostas no lixo residencial e comercial e receber as embalagens dos comerciantes varejistas em suas centrais de recebimento. Pela proposta que está em consulta pública, os fabricantes e importadores deverão encaminhar as embalagens para as recicladoras credenciadas pelo sistema mediante o recebimento do certificado de entrega para a destinação. Também devem fazer o registro de tudo.Já os produtores de embalagens plásticas deverão desenvolver tecnologia para utilizar, na fabricação de novas embalagens de óleos lubrificantes, percentual crescente de material reciclado, respeitando o mínimo inicial de 10%. A íntegra da proposta está no site do Ministério do Meio Ambiente no link: http://www.cnrh.gov.br/consultacori/documentos/consulta/PROPOSTA_ACORDO_SETORIAL.pdfPara enviar sua sugestão, os interessados devem preencher o formulário de contribuições disponível no link: http://www.cnrh.gov.br/consultacori/documentos/consulta/FORMULARIO_CONTRIBUICOES__distribuido.pdf
Terça, 26 Junho 2012 19:34
Piscicultura em debate na Câmara
Licenciamento ambiental foi uma das questões discutidas em audiência pública que reuniu representantes do governo, parlamentares e produtoresLetícia VerdiEm audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (26/06), foram discutidas as políticas públicas de aquicultura para geração de emprego e renda. O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Roberto Brandão Cavalcante, representando a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que o MMA vem trabalhando em conjunto como o Ministério da Pesca para que a produção de peixes se dê da maneira mais sustentável possível. "Precisamos valorizar as espécies nativas", disse.Ele destacou a importância de cultivar as variedades locais e não as exóticas. Na escala regional, as espécies introduzidas podem alterar os ambientes naturais e transmitir parasitas para as espécies nativas, entre outros problemas. "Temos que tomar cuidado com ambiente de altíssima biodiversidade, como a Amazônia e o Cerrado", alertou o secretário, citando o fato de que na Amazônia existem 3 mil espécies de peixes nativos, considerados nobres e com alto valor econômico, como o pirarucu.LICENCIAMENTOSegundo Cavalcante, para conceder o licenciamento ambiental, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) leva em consideração a manutenção da biodiversidade, o controle de espécies invasoras, a degradação e perda de habitats, alterações na qualidade e quantidade da água e os locais onde serão colocados tanques e reservatórios para criação dos peixes. "As questões do licenciamento para piscicultura serão resolvidas pelos ministérios do Meio Ambiente e da Pesca, junto aos órgãos estaduais", disse.O ministro da Pesca, Marcelo Crivella, apresentou as ações do governo para elevar o produção de pescado no país. "O mundo tem um bilhão de obesos e um bilhão de famintos. Temos que dar peixe para ambos", disse, citando a vice-ministra da Pesca e Assuntos Costeiros da Noruega, Katrine Gramstad, com quem se reuniu durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), realizada até a semana passada. Na ocasião, foram discutidos acordos de cooperação entre os dois países.Segundo o ministro, a pesca no Brasil e no mundo se encontra estagnada, por isso urgem medidas de incentivo para produzir esse alimento. "O Brasil tem um volume de dez milhões e meio de metros cúbicos de água e produz 1,3 milhão de tonelada de peixe por ano", afirmou. Ele frisou a preocupação em melhorar a condição de vida os pescadores e alimentar a população de uma forma saudável.EXPERIÊNCIAO diretor da Cooperativa de Produção, Industrialização e Comercialização de Peixes do Rio Iguaçu (Cooperçu), Paulo Paulino Langner, trouxe a experiência desenvolvida no Paraná para a audiência pública. A instituição conta com 210 cooperados, desde 2006, que, segundo ele, tem uma visão coletiva do processo. "Se não pensarmos na sustentabilidade e na cadeia como um todo - produto, distribuição e consumidor – não funciona", contou.Hoje, a cooperativa produz 2 mil toneladas de tilápia por ano. Até 2014, pretende-se chegar a 7 mil toneladas, com 450 cooperados. Ele contou que até a pele tem utilidade: é exportada para a França, onde vira medicamento e gelatina. "Um dos nossos desafios é a diversificação das espécies produzidas e o melhoramento genético", disse.
Terça, 26 Junho 2012 18:24
Vetos ao Código buscam consenso
Três ministros de Estado, o advogado-geral da União, além dos presidentes da ANA e da Embrapa, explicam no Senado que posição do governo busca defender os biomas, atender às necessidades de produção e permitir a inclusão social.Luciene de AssisA Medida Provisória nº 571/2012, que modifica o novo Código Florestal, é fruto de consenso, mostra unidade no governo e combina as visões dos Ministérios do Meio Ambiente, da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, das Cidades e da área jurídica. A tese foi defendida por representantes do Poder Executivo durante audiência pública, realizada na manhã desta terça-feira (26/06), no Senado, com a presença da ministra do Meio Ambiente (MMA), Izabella Teixeira.Participaram dos debates, também, os ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho; do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas; das Cidades, Agnaldo Velloso Borges; o advogado geral da União, Luís Inácio Adams, além dos presidentes da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, e da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Pedro Antonio Arraes Pereira.O debate, promovido pela comissão mista que examina a MP 571/2012, que altera o novo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012), antes de a matéria ser votada nos plenários da Câmara e do Senado. De acordo com a ministra Izabella Teixeira, a orientação da presidenta Dilma Rousseff, em relação aos vetos à nova lei e à edição da MP, é buscar a preservação das florestas e dos biomas brasileiros, atender às necessidades da produção e observar a inclusão social.CONVERGÊNCIAA ministra afirmou que tanto os vetos quanto a MP respeitaram acordos firmados com o Congresso, impediram a anistia ao desmatador, mas ofereceram opções àqueles que desrespeitaram a lei e querem se regularizar. O texto mantém a proteção aos pequenos proprietários, responsabilizando a todos pela proteção ambiental, tendo por base o conhecimento técnico e científico.A MP foi publicada em maio com o objetivo de cobrir as lacunas deixadas pelos vetos presidenciais ao projeto de novo Código Florestal. O texto do relatório da MP será apresentado aos integrantes da comissão mista na quarta-feira da próxima semana (4 de julho) pelo relator, senador Luiz Henrique (PMDB-SC), e será votado na semana seguinte, 10 de julho. Para o relator, o desafio maior será acomodar os interesses que motivaram a apresentação das 696 emendas à MP que modifica o novo Código Florestal, mas prometeu buscar a convergência em torno da medida provisória.RESPEITOA sanção, com vetos, da nova lei florestal revela o respeito do governo federal ao texto aprovado pelo Congresso, segundo a avaliação dos ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro e do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. Na opinião dos dois, a edição da MP é uma tentativa de aperfeiçoar o novo Código Florestal, combinando-se produção agrícola e preservação ambiental, como também defende Izabella Teixeira.Na opinião de Mendes Ribeiro, "este é o código do equilíbrio e do bom senso". Para ele, a nova lei acaba com a insegurança jurídica que preocupava os produtores rurais e impõe limites à ação do Ministério Público. Pepe Vargas destacou, ainda, as medidas em favor da agricultura familiar contidas no texto da nova lei: "A responsabilidade de preservar é de todos, porém, de forma diferenciada, consolidando-se a ideia de que pequenos e médios devem ter tratamento diferenciado".Galeria de Imagens
Terça, 26 Junho 2012 18:16
Recursos para a Terra do Meio
MMA reúne, em Altamira (PA), os gestores unidades de conservação que integram o Projeto Terra do Meio. Eles planejam aplicação de 10 milhões de euros em gestão eficienteCristina ÁvilaComeçou nesta segunda-feira (25/06), em Altamira (PA), uma oficina com os gestores das unidades de conservação (UCs) que compõem o Projeto Terra do Meio, do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Eles vão planejar, até quinta-feira, a aplicação de 10,8 milhões de euros, para a consolidação de 11 UCs e prevêem a gestão integrada das áreas protegidas. Desses recursos, 6,9 milhões de euros são doações da Comunidade Europeia e o restante é contrapartida do governo brasileiro.As unidades de conservação que serão beneficiadas se encontram em Terra do Meio, região dos rios Xingu e Iriri, no interior de Altamira, e nos municípios de São Felix do Xingu, Itaituba e Novo Progresso, no Pará. Nove são gerenciadas pelo Instituto Chico Mendes Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e duas UCs são administradas pela Secretaria do Meio Ambiente do Pará.O projeto seguirá as diretrizes estabelecidas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e a política estabelecida no Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas (PNAP), do governo brasileiro. E se baseará em metodologias desenvolvidas pelo Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), do MMA, que é a maior iniciativa de preservação de florestas tropicais do mundo.REGIÃO ESTRATÉGICA"São 10 milhões de hectares em unidades de conservação, em uma região estratégica para o combate ao desmatamento na Amazônia", afirma o coordenador do Projeto Terra do Meio e do Arpa, Trajano Quinhões. A região é considerada pelo Ministério do Meio Ambiente como área altamente estratégica para a conservação da biodiversidade e para o combate ao desmatamento, não apenas pela grande extensão de espécies nativas preservadas como pela pressão exercida pelas estradas Altamira-Itaituba (seção da Transamazônica) e pela Cuiabá-Santarém, conhecida como BR-163.O Projeto Terra do Meio inclui as Reservas Extrativistas Verde para Sempre, Riozinho do Anfrísio, Iriri e do Xingu, os Parques Nacionais Serra do Pardo e do Jamanxim, a Estação Ecológica Terra do Meio, as Florestas Nacionais Trairão e Altamira, a Floresta Estadual do Iriri e a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu.Os recursos serão aplicados na criação e fortalecimento de conselhos gestores das unidades de conservação, na elaboração de planos de manejo, na promoção de meios operacionais para o desempenho de atividades, no desenvolvimento de competências gerenciais das equipes gestoras e na criação de mecanismos de gestão integrada. As UCs também serão demarcadas, sinalizadas e terão diagnóstico fundiário e de ocupação.O contrato com a Comunidade Europeia foi negociado pelo Departamento de Áreas Protegidas da Secretaria de Biodiversidade e Florestas, e assinado pelo Ministério do Meio Ambiente e Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), com a Comunidade Europeia. A previsão de execução é de 36 meses."O Arpa é um instrumento de gestão, e nossa expectativa é que possamos fazer esse plano estratégico para a gestão integrada das unidades de conservação. São áreas muito extensas e com muitas semelhanças, com objetivos bem parecidos", afirma Marcélia Silva Corrêa, gerente da Floresta do Iriri, da Secretaria de Meio Ambiente do Pará.Márcelia explica que a Floresta do Iriri foi criada em 2006 e ainda está apenas no papel. "Ainda não temos conselho gestor, nem plano de manejo", diz. Para ela a gestão integrada vai mudar essa situação. "Vamos pegar o impulso dos gestores das outras unidades. Vamos contar com um grupo que vislumbra um mesmo caminho", prevê.OPERACIONALIDADEA perspectiva dos gestores das unidades de conservação do Projeto Terra do Meio segue uma tendência atual. O MMA já reconhece 13 mosaicos de áreas protegidas no país. "Serve para resolver problemas operacionais", resume Marcos Pinheiro, consultor da Cooperação Técnica Alemã (GIZ), que está na oficina do MMA para dar um panorama da gestão integrada no Brasil.Pinheiro relata que o Norte tem dois dos mosaicos reconhecidos pelo MMA – o do Baixo Rio Negro e da Amazônia Meridional. No primeiro, a gestão integrada tem como foco a geração de renda de comunidades, com base no turismo e produtos regionais. O segundo tem como traço mais forte a fiscalização, que tem avançado significativamente no combate ao desmatamento. Ele sugere que o mosaico da Terra do Meio poderia mesclar esses dois focos. A região tem belezas cênicas e também tem avanços na área de fiscalização, que pode trazer resultados para todas as UCs."No Parque Nacional do Jamanxim, por exemplo, devido à fiscalização, as derrubadas caíram de 1.200 hectares em 2008, para 350 em 2009, 210 em 2010 e foram reduzidas para 140 hectares em 2011", cita chefe do parque, Javan Tarsis Nunes Lopes.POLÍTICAS PÚBLICASTrajano explica que o Projeto Terra do Meio será articulado com outras políticas públicas do Ministério do Meio Ambiente para a Amazônia. Ele citou como exemplo o Serviço Florestal Brasileiro, para que as florestas nacionais passem a gerar recursos, madeireiros e não-madeireiros, que contribuam com o mosaico de unidades de conservação na região.O coordenador do projeto acentuou que está disponível 1 milhão de euros para o financiamento de arranjos produtivos locais, para geração de renda junto a comunidades. Para a realização dos APL, será aproveitada a experiência já desenvolvida no âmbito do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia (PPCDAm), lançado pelo MMA em 2004 e que inclui cerca de 200 ações para o desenvolvimento sustentável da região.O Arpa e o Projeto Terra do Meio têm ferramentas para medição. "O Arpa é avaliado pelos mesmos processos da Gespública [Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização] e também leva em consideração os preceitos da Comissão Mundial de Áreas Protegidas", cita a analista ambiental do Arpa Rosiane Pinto. Ela ressalta que o projeto terá também avaliação e valorização de lideranças e de conhecimentos que não eram levados em conta.O planejamento dos gestores será para execução nos próximos dois anos. Em julho, as informações do plano de trabalho estarão no sistema informatizado do Funbio, para que os recursos possam ser utilizados a partir de agosto.
Sexta, 22 Junho 2012 21:00
Ministra recebe Carta das Crianças
Liderados por Xuxa, a "rainha dos baixinhos", meninas e meninos de todo o país se dispõem a trabalhar em favor do desenvolvimento sustentável.Camilla ValadaresA ministra Izabella Teixeira recebeu hoje de crianças de todo o Brasil e da apresentadora de TV Xuxa Meneghel a Carta das Crianças para a Terra. A entrega faz parte do Projeto+Criança na Rio+20 promovido pela fundação da artista. A iniciativa contou com a participação de crianças ribeirinhas, indígenas, das florestas, quilombolas, de fronteira, do semiárido, do campo, da área rural, com deficiências e de grandes centros urbanos.Durante o evento ministra declarou que "se a gente quiser transformar tem que ser com elas" se referindo à importância da participação das crianças na construção do desenvolvimento sustentável. O documento está dividido em tópicos: o que as crianças podem fazer para odesenvolvimento sustentável; o que pode ser feito no âmbito das comunidades; o que as comunidades podem fazer junto com o governo; o que o governo deve fazer; e a importância de dar voz às crianças, garantir a elas uma vida sem violência; e acesso à educação de qualidade.O evento foi realizado no espaço Humanidade 2012, montado no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro. O próximo passo do projeto é a criação de uma rede nacional infantil sobre sustentabilidade. Mais informações sobre o Projeto+Crianças na Rio+20 podem ser encontradas emhttp://mais criancanariomais20.blogspot.com.brGaleria de Imagens