Algumas sugestões de passos para articular um Coletivo Educador:
Reunião de Articulação: uma instituição articuladora, setorial ou territorial, reúne um pequeno conjunto de instituições que também desempenham atividades formativas no campo da educação ambiental, educação popular, educomunicação ambiental, formação de educadores/as, formação de professores/as... Nesta reunião, é apresentada e debatida a proposta de um Programa de Formação de Educadores/as Ambientais (podendo-se tomar por base o programa elaborado e disponibilizado pelo DEA/MMA), inicia-se um primeiro levantamento das ações realizadas ou planejadas e das outras instituições que possam contribuir com o Coletivo Educador. Uma agenda de trabalho pode ser organizada para socialização interna às instituições, para mapeamento e articulação de outras instituições correlatas. É importante que se defina um recorte territorial prévio a ser envolvido pelo Coletivo Educador.
Oficina de trabalho para Constituição do Coletivo Educador: com o objetivo de constituir e planejar o trabalho do Coletivo Educador debate-se e aprofunda-se o entendimento e comprometimento com uma perspectiva crítica, emancipatória e popular de educação ambiental, sistematizam-se as experiências acumuladas pelas instituições presentes para formação do primeiro Cardápio de Aprendizagem, avaliam-se as estratégias mais interessantes para envolvimento da região, seus poderes públicos e sociedade civil. Para a operacionalização das ações pode-se dividir o Coletivo Educador em subgrupos ou núcleos que possam ter uma agenda mais sistemática de encontros. Quando necessário, pode-se definir um Grupo Articulador operacional, representativo do Coletivo Educador.
Articulação Político-Institucional: o grupo articulador do Coletivo Educador buscará envolver instituições que possam dar tanto um suporte logístico-financeiro quanto político-pedagógico à proposta. O mapeamento dos recursos financeiros, materiais e humanos disponíveis é chave para a exeqüibilidade da proposta. Outro papel desta etapa de articulação político-institucional é criar as bases jurídicas necessárias para o envolvimento dos profissionais e suas instituições no Coletivo Educador.
Aprofundamento e debate sub-territorial: em cada sub-território, os membros do Coletivo Educador, sistematizam seu cardápio, definem competências para tutoria de educandos/as e planeja os demais papéis. É de fundamental importância que este grupo sub-territorial inicie um mapeamento das experiências sociais dos locais, as redes sociais, as estruturas educadoras, os grupos, a segmentação social e outros aspectos fundamentais para a seleção de educandos/as, para a valorização das experiências populares, para o diálogo de saberes e para a ampliação do cardápio. A formação dos grupos de Pesquisa-Ação-Participante de educandos/as pode estar sob a responsabilidade de uma instituição ou de frações do Coletivo Educador que, neste caso, reportam-se a ele como referência para coordenação das ações no território (como no exemplo do Coletivo Educador do Oeste da Bacia do Paraná-III, entorno do Parque Nacional de Foz do Iguaçu e área de Influência da Itaipu-Binacional).
Elaboração da proposta de formação: numa oficina, em um outro momento ou a partir de um grupo menor do Coletivo Educador elabora-se uma proposta de Formação Continuada de Pessoas que Aprendem Participando, construindo a sua sincronicidade com os demais processos formativos desenvolvidos ou planejados pelo Coletivo.
Seleção de educandos/as e desenvolvimento das propostas de formação: o Coletivo Educador deverá articular todo o processo seletivo dos/as formadores/as de educadores/as ambientais de modo a envolver a diversidade social e territorial do contexto em questão. As propostas de formação, desenvolvidas pelos núcleos, deverão atingir um profundo diálogo e interdependência, inclusive permitindo que educandos/as percebam-se como parte de um processo territorial-nacional, servindo-se do amplo conjunto de opções -cardápio- resultante do mesmo.
Avaliação/re-planejamento e articulação permanentes: o Coletivo Educador deverá se reunir para avaliar o andamento das propostas, desenvolver estratégias de avaliação dos projetos de intervenção dos/as educandos/as, re-orientar as propostas de formação, elaborar materiais de apoio pedagógico e, sempre que necessário, constituir grupos temáticos transversais aos sub-territórios atendendo às necessidades de conteúdos e instrumentos dos/as educandos/as.
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