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Agenda 21

Agenda 21 (124)

ATA da Vigésima Quarta Reunião da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional - CPDS I – Pauta de Trabalho A reunião foi realizada no Ministério do Meio Ambiente, no dia 21 de maio de 2002. Itens da pauta: Abertura. Aprovação da ata da 23ª reunião. Comentários sobre as Reuniões Setoriais realizadas. Definição da estrutura do documento final da Agenda 21 Brasileira. Assuntos Gerais. II – Participantes Membros Governamentais: Regina Gualda (MMA), Luiz Carlos Joels (MCT), Ariel Garces Pares (MPOG). Membros Não Governamentais: Juca Ferreira (Movimento Onda Azul); Aspásia Camargo (FGV), Beatriz Bulhões (CEBDS). Outros: Joaquim Carlos Freire (Chefe de Gabinete do MMA), Thelma Krug (MCT), Elias Antônio de Luna (MRE), Flora Cerqueira(PNUD), Paulo Haddad (Consultor), Maria do Carmo Bezerra (MMA), Márcia Facchina (MMA), Luis Dario Gutierrez (MMA), Luciana Chuéke Pureza (MMA). III – Decisões Relativas aos Itens de Pauta 1. Abertura: Regina Gualda abriu a reunião agradecendo a presença de todos e informou a impossibilidade da participação do Ministro interino Marcos Pestana. 2. Apresentação da 23ª. A ata foi aprovada sem emendas. 3. Comentários sobre as reuniões Setoriais realizadas e definição da estrutura final do documento "Agenda 21 Brasileira". Regina Gualda informou que foram realizadas as Reuniões Setoriais com os setores: Ong's e Movimentos Sociais, Mercado, Universidades e Instituições de Pesquisa, Governo - Legislativo e Executivo, tendo como responsáveis pela convocação das Reuniões, os membros da CPDS, representantes de cada setor. A Secretaria-Executiva apoiou todos os eventos. Ariel Pares perguntou se em todos os encontros foram produzidos documentos. Maria do Carmo informa que Samyra Crespo, Ana Lúcia Nadalluti e Thais Corral são as responsáveis pela entrega e tabulação das reuniões. Não houve tempo hábil para o fechamento das mesmas. Informa que Paulo Haddad e Aspásia Camargo estiveram sempre presentes nas reuniões, assim como Fábio Feldman e o Conselheiro Luis Figueiredo, abordando a participação do Brasil na Conferência de Joanesburgo. As Consultoras Samyra Crespo, Ana Lúcia Nadalluti e Thais Corral, responsáveis pela metodologia utilizada, se revezaram nos cinco encontros. Aproximadamente 200 instituições participaram das reuniões: 42 participantes nas Ong's, 21 no legislativo, 30 no acadêmico, 75 no executivo e aproximadamente 30/40 no mercado. Paulo Haddad diz que o processo foi bem sucedido. Surgiram alguns questionamentos sobre a montagem da Plataforma, mas que a postura da Aspásia de manter documento aberto, deu espaço para que todas as pessoas e instituições apresentassem suas sugestões. Foi democrático e positivo o envolvimento de todos. Citou, ainda, algumas questões que ficaram pendentes no encontro do setor mercado, que realizaram nova reunião. As sugestões foram encaminhadas, hoje, à Secretaria Executiva. Outro ponto positivo colocado pelo consultor Paulo Haddad foi a grande participação do executivo. A reunião do setor Acadêmico/Instituições de Pesquisas foi altamente produtiva e técnica. No Congresso houve uma grande circulação de parlamentares. Somente o Dep. Gabeira e os assessores parlamentares permaneceram do início ao fim. Regina Gualda diz que houve algum "ruído de comunicação" durante a convocação da reunião do Legislativo, que prejudicou uma maior participação dos parlamentares. Paulo Haddad faz alusão à reunião das Ong's e diz que foi satisfatória, porém, com a ausência de importantes lideranças. Juca Ferreira diz que este é um problema que temos de conviver, pois as grandes Ong's dificilmente participam. Surpreendeu-se com a quantidade de propostas, bem como a quantidade de pessoas que possuiam conhecimento prévio da plataforma. Aspásia Camargo explicou que fez uma prévia do documento no encontro que participou um dia antes. O documento foi discutido anteriormente, o que resultou na apresentação de excelentes propostas. Regina Gualda diz que o item 3 da pauta foi cumprido. Fala da importância do recebimento dos comentários da Comissão. Informa que o documento final vai ser redigido até o dia 29 de maio e neste mesmo dia será encaminhado a todos os membros, para que no dia 3 de junho - data da próxima reunião - , todos apresentem suas observações finais. Thelma Krug indaga se existe equipe de consolidação de sistematização. Regina Gualda informa que Paulo Haddad, Maria do Carmo e Aspásia Camargo serão os responsáveis. Maria do Carmo fala sobre a estratégia de fechamento do processo de elaboração da Agenda. Informa que existirão dois documentos: um que consolidará o resultado da consulta e o outro com ações prioritárias fruto da última rodada com as lideranças e discussões da plataforma. Paulo Haddad fala da importância do balanço dos fatos relevantes ocorridos durante a última década na promoção do Desenvolvimento Sustentável do país, conforme solicitação do Ministro José Carlos Carvalho. Aspásia Camargo sugere Ariel Pares para esse trabalho. Paulo Haddad diz que o Ministro listou 15 ou 16 fatos relevantes do desenvolvimento sustentável nos últimos 10 anos. Regina Gualda observa que é importante darmos conhecimento ao público em geral que quando o documento for entregue ao Presidente da República, fique claro que a Agenda 21 já estará acontecendo, reforçando a idéia do processo. Maria do Carmo concorda que muitas diretrizes já estão em andamento, conforme o Ministro sugeriu. Poderíamos subsidiar o discurso do Presidente da República com esses exemplos. Deveríamos preparar um 1º relatório de implementação para a Conferência de Joanesburgo. Regina Gualda retoma a discussão do formato do documento Ariel Pares faz uma observação quanto a forma apresentada e não do conteúdo em si. Sugere a reordenação das ações, conforme apresentado no documento "plataforma" A proposta consiste em definir hierarquia. Mantêm-se as 21 ações, mas reordenando-as. Os termos se mantêm, pois a questão é a forma, a consistência lógica. O documento como está é excessivamente aberto, fragmentado. Sugere que o documento seja dividido em sete tópicos, a saber: 1)Introdução; 2)Governança (como conceito), abrangendo as ações 15,16,19,20,21; 3) Cidades Sustentáveis: ações 7,8,9; 4)Sociedade de Poupança ( padrão de consumo mais austero): ações 4,6,11; 5)Equidade Social: ações 2,3 - neste tópico teve dificuldade de separar os temas, pois se verifica a ausência da educação, saúde, saneamento; 6)Espaço do Local: ações 10,14,18,17 (Identidade e pertinência) - a competitividade fica abstrata - alguns eixos facilitam a abordagem com essa visão articulada; 7)Sociedade: ação 5; 8)Gestão dos Recursos Naturais - ações 12 e 13 Paulo Haddad e Regina Gualda dizem que essa proposta facilita a reorganização do trabalho Paulo Haddad se compromete a elaborar os Meios de Implementação com um texto corrido, com linguagem menos técnica, incorporando as sugestões dos Encontros Setoriais, que seja de fácil leitura e entendimento. Aspásia Camargo solicita aos presentes proposições para maior consistência da plataforma e exemplifica com a área de C&T. A agenda tem que estar mais a frente de nosso estágio atual. Joels diz que há falhas na tecnologia da informação e se prontifica a enviar subsídios. Regina Gualda relembra que todas sugestões são bem-vindas, mas que é necessário respeitar os prazos, pois nosso tempo é muito curto. Juca Ferreira questiona como a Comissão poderá resolver o desnivelamento existente em relação aos diferentes temas. Beatriz Bulhões coloca que é necessário garantir a legitimidade do processo. A questão foi abordada na reunião do CEBDS. A Plataforma da CPDS deve se remeter aos documentos gerados na Consulta. Regina Gualda resgata as diferentes propostas colocadas na reunião que levam a um documento propositivo, com grandes diretrizes, sintético, e que reafirme o processo de consulta. Quanto à forma, as 21 ações vão ser reorganizadas, conforme sugestões do MPO. Ariel Pares diz que é necessário dar atenção especial à área da educação, que ainda não está colocada de maneira a demonstrar sua importância. Aspásia Camargo concorda com a colocação e diz que a CPDS tem autonomia para definir os assuntos mais importantes que deverão ter destaque no documento. Regina Gualda diz que as contribuições da CPDS enriquecem o documento. Que precisamos redigir um documento de fácil leitura até o dia 29 de maio. Maria do Carmo está neste processo há 4 anos, podendo, juntamente com Paulo Haddad e Aspásia Camargo assumir a coordenação da equipe de redação. Regina Gualda pede licença para se ausentar da reunião por motivos de viagem e passa a coordenação dos trabalhos para Maria do Carmo. Maria do Carmo estabelece o calendário. Fica acordado dia 24 para envio à Secretaria Executiva do documento da plataforma pela Dra. Aspásia, e dos meios de implementação pelo Dr. Paulo Haddad. Dia 29 a comissão de redação entrega aos membros a versão do documento; dia 3 - reunião da CPDS - os membros apresentam seus comentários finais; dia 05 o documento tem que estar pronto para ir para gráfica; dia 25/06 o documento final vai ser entregue ao Presidente da República, traduzido nas versões inglês e espanhol. Aspásia Camargo relembra que o Presidente da Comissão solicitou que constassem do documento as ações que o governo realizou, listando: Lei dos Crimes Ambientais, Água, Fundos de C&T, Corredores da Biodiversidade, Melhoria dos trabalhos realizados pelo Centro de Sensoriamento Remoto, entre outros. Sugere que seja um anexo ao documento, expressando o reconhecimento com o que o país já fez. Maria do Carmo pede que algum membro assuma a responsabilidade de redigir esta parte. Elias diz que a Comissão Interministerial para a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável fez uma solicitação de informações a seus membros sobre a implementação da Agenda 21, em preparação para a II Sessão do Comitê Preparatório das Nações Unidas para a Conferência, em janeiro e fevereiro de 2002. As respostas dos membros da Comissão poderiam ser passadas à CPDS, que também integra a Comissão Interministerial, com a finalidade de subsidiar a redação final do documento. Maria do Carmo retoma a questão dos prazos e da estrutura do documento. Refere-se à inclusão ou não de experiências relevantes. Ressalta que os prazos estão apertados e alerta que a Agenda não pode trazer apenas exemplos da área ambiental. Ariel Pares fala do lado institucional, achando que o documento deve conter uma carta de apresentação do Presidente da CPDS. Maria do Carmo diz que José Carlos Carvalho faz a apresentação como Presidente da Comissão. Considera que a introdução da Agenda deve conclamar os atores sociais para implementação. O documento deve conter aproximadamente 50/60 páginas. Por fim relembra a formatação proposta para o documento: · Apresentação; · Introdução; · Capítulo 1 - Fundamentos Conceituais / Conflitos / Boas Práticas(Avanços - O Brasil não parou); · Capítulo 2 - Governança/Ética; · Capítulo 3 - Plataforma (Equidade, Sociedade do Conhecimento, Sociedade de Poupança, Espaço Local, Cidade Sustentável, Desenvolvimento Rural, Gestão dos Recursos Naturais); · Capítulo 4 - Meios de Implementação. Todos os membros concordam em refletir a respeito da estrutura proposta e se comprometem a encaminhar as sugestões de suas áreas nos prazos definidos nesta reunião.
ATA da Vigésima Terceira Reunião da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional - CPDS I – Pauta de Trabalho A reunião foi realizada no Ministério do Meio Ambiente, no dia 28 de fevereiro de 2002. Itens da pauta: 10:00 às 10:05 - Abertura. 10:05 às 10:10 - Aprovação da ata da 22ª reunião. 10:10 às 10:25 - Informe da Reunião Preparatória para a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável de Joanesburgo (Prepcom II). 10:25 às 11:25 - Definição de Cronograma de atividades para o evento de entrega da Agenda 21 ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República. 11:25 às 13:00 - Discussão da primeira versão do documento "Agenda 21 Brasileira" e definição de lista de leitores críticos. (Intervalo) 14:00 às 15:15 - Continuação do item 5: Discussão da primeira versão do documento "Agenda 21 Brasileira" e definição da lista de leitores críticos. 15:15 às 16:15 - Discussão da metodologia do Seminário Nacional "Agenda 21 Brasileira - Meios de Implementação". 16:15 às 17:00 - Assuntos gerais. II – Participantes Membros Governamentais: José Carlos Carvalho (MMA), Regina Gualda (MMA), Luiz Carlos Joels (MCT), Everton Vieira Vargas (Itamaraty) Elias Antônio de Luna.(Itamaraty), Ariel Garces Pares (Ministério do Planejamento).   Membros Não Governamentais: Rubens Harry Born (Fórum Brasileiro das ONGs e Movimentos Sociais), Aspásia Camargo(FGV), Beatriz de Bulhões (CEBDS), Fernando Almeida (CEBDS).   Outros: Idaulo José Cunha (Consultor Região Sul), Paulo Haddad (Consultor Região Sudeste), Washington Novaes (Consultor Centro-Oeste), Sérgio Buarque (Consultor Nordeste), Maria Lucila Bezerra (Consultora), Esther Maria de Souza (Consultora), Flora Cerqueira (PNUD), José Eli da Veiga (Consórcio Museu Emílio Goeldi), Ana Lúcia Nadalutti La Rovere (Consórcio Parceria 21), Marcel Bursztyn (CDS -UNB), Maria do Carmo Bezerra (MMA), Marcia Facchina (MMA), Luis Dario Gutierrez (MMA).   III – Decisões Relativas aos Itens de Pauta 1. Abertura: José Carlos Carvalho abriu a reunião agradecendo a presença dos convidados para essa reunião ampliada da Comissão. 2. Apresentação da 21ª. A ata foi aprovada com emendas. José Carlos Carvalho solicitou que as reformulações fossem encaminhadas à Secretaria Executiva da CPDS. 3. Discussão e definição da estrutura final do documento "Agenda 21 Brasileira". Abertura: José Carlos Carvalho abriu a reunião agradecendo a presença de todos, membros da Comissão e convidados. Apresentação da Ata da 21ª. A Ata foi aprovada com uma emenda, no item 28, solicitada pelo representante do Itamaraty, Elias de Luna. Maria do Carmo, Elias de Luna e Rubens Born prestaram alguns esclarecimentos sobre a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável de Joanesburgo (Prepcom II). Maria do Carmo fez breve relato sobre o Cronograma proposto para a etapa final do processo de elaboração da Agenda. 5. José Carlos Carvalho colocou que a Comissão deve fazer um esforço concentrado no sentido de finalizar o documento para que seja lançado na semana do meio ambiente. 6. Rubens Born, concordando com colocação anterior de Luis Carlos Joels, considera que os prazos estão bastante apertados. Sugere que se discuta melhor o seminário nacional, o papel e a forma de incorporar a contribuição dos leitores críticos e o cronograma, sem prejuízo da solicitação do secretário José Carlos Carvalho. Maria do Carmo argumenta que a ordem apresentada no cronograma e o papel definido para os leitores críticos obedecem a uma lógica. onde a CPDS apresenta aos leitores críticos o seu documento e não o documento do consultor. A idéia é legitimar o trabalho da Comissão. Ariel Pares sugere que a versão final da Agenda só deverá ir para a arte final com a aprovação da CPDS. Washington Novaes pondera que os leitores críticos poderão reabrir uma discussão já considerada encerrada. Operacionalmente considera complicado adicionar essa etapa. 10. Maria do Carmo concorda dizendo que é necessário termos critérios bem definidos para os leitores críticos. Fernando Almeida colocou que precisamos de um produto final que será aprimorado ao longo do tempo visto que a construção da Agenda é um processo. O prazo é curto e precisa ser controlado rigidamente. Rubens Born disse concordar com Washington Novaes. Precisa ficar claro papel e limites dos leitores críticos. José Carlos Carvalho pondera que os membros da Comissão são os leitores críticos. Pergunta se todos acreditam ser necessário manter a idéia de novos leitores. Ana Lúcia Nadalutti falando em nome do consórcio parceria 21, diz que o documento ainda não é o documento que gostaríamos. Considera necessário resgatar as propostas, reconhecer o esforço feito para elencar propostas nos documentos de subsídio e nos debates estaduais. Marcel Bursztyn respondendo a José Carlos Carvalho se coloca na qualidade de leitor crítico e concorda com Washington Novaes. No caso de persistir a idéia dos leitores críticos recomenda que se determinem parâmetros para a leitura. Em relação ao documento apresentado pelo consultor considera o conteúdo muito analítico e pouco propositivo. Ariel Pares pede para que a discussão sobre o documento seja no próximo item. Solicita a definição do seminário nacional. Aspásia Camargo sugere que a CPDS, em sua forma ampliada, tenha uma "reunião retiro" de três dias para definir formatação final do documento. Everton Vargas considera dois dias mais adequado. Entretanto, é necessário termos definições claras, idéias práticas, para chegarmos a resultados concretos e não entrarmos em discussões conceituais. Fica como sugestão para a reunião, a ser adequada ao conjunto da CPDS, o período de 22 a 24 de março. Beatriz Bulhões relembra que é preciso definir o papel e momento de entrada dos leitores críticos. Washington Novaes diz que no "retiro" CPDS já deverá estar com as observações dos leitores críticos. Aspásia Camargo coloca que é necessário que a CPDS tenha clareza naquilo que quer. Leitores críticos não devem ser separados do Seminário nacional. É preciso simplificar. O que queremos é trazer para o processo lideranças que entendam o espírito mais amplo desse acordo que é a agenda 21. Em suma: (i) CPDS deve dar formato à Agenda, (ii) devemos contar com poucos leitores críticos, (iii) devemos realizar um seminário nacional "generoso", com convidados de peso e com espaço para incorporar propostas. Sérgio Buarque diz que, em relação aos leitores críticos, é preciso definir o propósito: se queremos qualidade técnica ou adesão política. Para cada caso existem diferentes nomes. Considera que já existe qualidade no trabalho feito e que precisamos de adesão política. Washington Novaes diz que não está entendendo o desfecho do processo. Definidos os leitores críticos e após o "retiro" da CPDS, no seminário nacional como serão resolvidos os conflitos? Ariel sugere que metodologia do seminário nacional seja discutida ao final da reunião junto com o cronograma. José Carlos Carvalho solicita que se inicie a discussão sobre o documento apresentado pelo consultor e que ao final seja realizada a revisão do cronograma. Sugere alguns pontos: (i) o documento tem que espelhar, ser fiel ao processo conduzido até o momento, isso irá legitimar o trabalho da Comissão, (ii) precisa ter capítulo sobre meios de implementação, (iii) precisa ser uma agenda de compromissos, (iv) tem que apresentar uma plataforma de ação, (v) a CPDS deve dar as diretrizes para o trabalho do consultor. Solicita a Ariel Pares que assuma a presidência da reunião. Ariel Pares passa a palavra para Maria do Carmo para esclarecimentos e para Paulo Haddad para apresentação do documento. Maria do Carmo esclarece que uma vez definido se contaremos com os leitores críticos será feito um termo de referência que determinará o papel específico que eles terão no processo. Considera que após a discussão do documento poderá ser mais fácil definir leitores críticos e seminário nacional. Em relação ao documento diz que o consultor Paulo Haddad já conhece os comentários e impressões de alguns membros que solicitam a revisão da estrutura proposta. Seria interessante se todos colocassem de forma objetiva os pontos a serem reconsiderados para o realinhamento do documento. Paulo Haddad apresenta o documento e coloca que quando recebeu convite da CPDS elaborou o produto 01 onde colocou o que iria fazer, o que achava que a agenda deveria conter. Disse só ter recebido comentários do CEBDS. As contribuições dos demais membros deveriam ter vindo antes. Fez uma breve apresentação do conteúdo de cada um dos sete capítulos e colocou-se como preparado para receber as observações e fazer uma nova versão, onde procurará dar a "cara" da agenda, mostrar que política de desenvolvimento sustentável se faz com conflitos, restrições e, sobretudo, com novas idéias. Frisou que se os comentários tivessem chegado em tempo hábil certamente o texto estaria mais adequado aos anseios de todos. Everton Vargas coloca que a Agenda 21 é uma questão importante no plano da política externa, servindo como suporte nos diferentes foros que tratam de desenvolvimento sustentável. Já temos um documento com elevada qualidade, sem problemas teóricos sérios. Precisamos de um número pequeno de leitores críticos, para chegarmos a consensos. O número deve ser equilibrado entre os diferentes setores para termos representação eqüitativa dos diferentes interesses que devem compor o documento da Agenda. Por sua vez, esse documento deve ser orientado para a ação, viável politicamente e de fácil leitura. É preciso definir uma espécie de termo de referência para os leitores críticos. Aspásia Camargo fala da apresentação útil e oportuna do consultor. O documento conta com informações sobre desenvolvimento econômico que estavam faltando. Existem ainda muitos pontos difusos, cabe a CPDS cobrir as falhas. Trás novamente a idéia dos 21 pontos. A Comissão precisa identificar os conflitos. Lê para os pressentes lista com os 11 conflitos que identificou. Everton Vargas pondera que devemos estar atentos para o documento não constranger nossa capacidade de negociação em foros internacionais e, ainda, . para não prejudicar as negociações internacionais as abordagens devem ser pelo lado propositivo e não pelo negativo. Considera que o documento deve adotar o conceito de desenvolvimento sustentável da declaração do Rio de Janeiro; deve considerar as particularidades regionais e assinalar o gancho entre o global e o nacional. Disse ter gostado das referências à competitividade, que gostaria de ver destacada nos conceitos fundamentais. Colocou, ainda, que a agenda 21 deve ser um documento onde as pessoas que contribuíram se vejam refletidas. Assim, a agenda pode trazer os pontos principais (idéia de Aspásia Camargo) e a listagem maior, de todas as contribuições, pode estar colocada em um anexo. Fernando Almeida considera que ainda estamos longe da sustentabilidade. A linguagem é complicada e precisa ser entendida pelo menos pelos formadores de opinião. A sustentabilidade empresarial, hoje, existe em duas vertentes; competitividade e, ecoeficiência e responsabilidade social cooperativa. Isso deve constar do documento para estimular novas adesões ao processo, tendo em vista que o governo, sozinho, não chega a sustentabilidade. Dois aspectos devem estar expressos no documento como fatores que dificultam a sustentabilidade: a troca comercial e a concentração de renda no Brasil. Um outro assunto que acha que deveria estar na agenda, mas, ainda não sabe bem como colocar, diz respeito aos compromissos do setor financeiro internacional, por exemplo: como colocar fim aos paraísos fiscais. Rubens Born lamentou os constrangimentos causados pela falta dos comentários da CPDS. Considera que a CPDS tem uma questão pragmática para resolver, sobretudo em relação a quem for ler o documento pela primeira vez. Sem discutir o mérito do documento do consultor devemos ter claro que a agenda deverá ser um instrumento para os diferentes leitores e setores. Não queremos uma agenda ingênua, mas precisamos definir as bifurcações e qual direção devemos seguir. Precisamos resgatar (talvez 21 ações estratégicas) a parte instrumental para as pessoas que queremos atingir.É isso que falta no documento. Discussão dos capítulos 4 e 6 podem ser seqüência do capítulo 2. seria interessante, para os leitores novos, conhecer, primeiro, os conceitos definidos no processo e, depois, o futuro inadequado que teremos caso não seja seguido esse caminho. Idaulo Cunha disse que o desenvolvimento sustentável depende da conscientização dos diferentes segmentos da sociedade. O documento deverá atrair e sensibilizar os diferentes públicos. Marcel Bursztyn considera que a agenda é um documento feito pelo governo com participação da sociedade. A CPDS deve assumir autoria, deve arbitrar em relação a representatividade das diferentes propostas apresentadas no decorrer do processo. Gosta da idéia dos 21 pontos. Disse ter lido o documento como leitor atento mas desinformado e destacou alguns pontos: (i) agenda 21 não deve ser extensa, (ii) não deve ser um "belo trabalho acadêmico" embora deva estar amparado em conceitos bem formulados, (iii) deve ser estabelecido limite de consulta e participação, CPDS deve saber quando parar, ela é bem representativa da sociedade brasileira, (iv) não há necessidade de maiores abordagens conceituais, estas já estão bem definidas nos seis documentos temáticos, (v) seria importante enfatizar alguns princípios como o da precaução, do poluidor pagador, da subsidiariedade, projeto nacional, multiculturalismo da sociedade brasileira, etc. (vi) o documento consolidado pelo consultor é abrangente bem fundamentado, mas privilegia o enfoque econômico em vez do multidisciplinar. Washington Novaes considera que a Comissão enfrenta um momento difícil, a ata da última reunião mostra muitas idéias e poucos consensos, nesta reunião está acontecendo o mesmo. Diz que a Agenda precisa incorporar o processo, explicitar conflitos e ter contextualização nacional e internacional pois não tem poder para resolver questões. Seu papel é levar a sociedade a refletir sobre seus problemas, soluções e caminhos. Considera, ainda, que por ser um documento da sociedade brasileira não deve refletir apenas normas internacionais. deve discutir, por exemplo, emissão de gases de efeito estufa independentemente do protocolo de Kioto. Em relação ao novo ciclo de crescimento colocado pelo consultor Paulo Haddad, é preciso dizer qual crescimento queremos. Sérgio Buarque coloca que o documento deve apresentar a escolha da sociedade brasileira em relação aos conflitos existentes. Documento consolidado por Paulo Haddad é rico, analítico, mas a Agenda , nesse momento, não deve conter muita análise. Considera que muitas pessoas que participaram do processo não vão se reconhecer no documento, mas isso é do processo. Alguém terá que escolher, priorizar. O que as regiões precisam não é ver suas idéias descritas como foram encaminhadas e sim a soma de diferentes idéias que levem a propostas que revertam a situação atual, que reorganizem os espaços. Propõe que o documento seja estruturado em duas partes: (i) contextualização, que mostre tendências, dizer como deve ser esse novo ciclo de crescimento, (ii) princípios e estratégias. Luis Carlos Joels disse que gostou do primeiro produto do consultor, que havia entendido que ele iria conter, refletir, as discussões dos debates estaduais o que não encontrou no produto hoje discutido. Propõe que a agenda tenha um capítulo de conceitos, outro de consolidação/síntese das propostas consensuadas na consulta nacional e, um último, de meios de implementação. Considera que o econômico está muito presente no documento em pauta, que não está refletindo corretamente a s discussões ocorridas. Solicita, ainda, que seja evitado o uso de termos em outros idiomas. Ana Lúcia Nadalutti coloca que o documento é ótimo, mas que a Agenda Brasileira deve ter outro formato. Sugere começar por um capítulo sobre a visão do futuro que queremos. Qual o desejo da sociedade A CPDS deveria eleger metas consensuais e os pactos possíveis para os conflitos existentes. É preciso avançar, inclusive definindo responsabilidades. Fernando Almeida coloca que se não houver objetividade nas colocações ficará muito difícil para o consultor definir um caminho de forma clara e precisa. Rubens Born sugere a seguinte estrutura para o documento da Agenda: Capítulo 1 - pequeno, 5 a 10 páginas falando sobre desejos de futuro do Brasil, valores e visões. Capítulo 2 - Fundamentos da Agenda 21 Brasileira - base conceitual e base processual. Capítulo 3 - as escolhas do futuro, cenário internacional.. Capítulo 4 - as demandas da sociedade brasileira. Maria do Carmo coloca que pelas sugestões de todos entende que o documento deve ser objetivo, não muito grande (100, 120 páginas), mais propositivo e menos conceitual. Paulo Haddad disse que com base nas diversas colocações irá elaborar uma segunda versão do documento e deixa claro que o documento é da Comissão que deve ficar a vontade para efetuar as modificações necessárias. José Eli da Veiga considera que certamente o documento do consultor, refeito com base nas diferentes propostas e consensos desta reunião, ficará excelente. Mas ainda não será a Agenda 21 Brasileira, que deverá ser um trabalho da Comissão. Considera que a Agenda deve ser muito mais propositiva que explicativa, imagina algo muito próximo da Declaração dos DireitosHumanos. Paulo Haddad, no intuito de ser provocativo, diz que sem incorporar dificuldades o documento será apenas uma lista de intenções. Luis Carlos Joels considera que a proposta de estrutura ainda não está clara. É preciso termos bem visível os resultados das discussões geradas no processo de consulta. Washington Novaes volta a se referir a uma sugestão feita na última reunião (06 de dezembro de 2001) de que devemos produzir dois documentos: "A Consulta Nacional" e a "Agenda Síntese". Maria do Carmo diz que o compromisso de Paulo Haddad é o de rever o documento de acordo com as instruções e demandas da reunião. Passa a palavra ao consultor que faz um resumo das informações recebidas e apresenta um protocolo para refazer o documento. Maria do Carmo solicita a todos que passem às definições dos leitores críticos e seminário nacional. Aspásia Camargo pondera que já existe massa crítica suficiente. Leitores críticos será um trabalho enorme que irá desviar do objetivo principal. Sugere concentração no seminário nacional. Paulo Haddad concorda com Aspásia. Diz que caso a CPDS encontre na consulta realizada pontos fracos, mal resolvidos, deve consultar especialistas. Washington Novaes também concorda. Considera que Comissão dever concentrar-se na elaboração da lista de convidados para o seminário nacioanal. José Eli acha importante a consulta a especialistas, principalmente a comunidade científica. Considera que não é necessário realizar o seminário nacional, que corre o risco de reproduzir os debates estaduais. Maria do Carmo relembra que o objetivo do seminário nacional é discutir meios de implementação. Washington Novaes diz serem válidas as ponderações, mas que o seminário é um compromisso assumido publicamente. Com todos os riscos não se deve interromper o processo participativo. Rubens Born coloca que no seminário nacional a CPDS deverá deixar claro que está apresentando o resultado da consulta feita à sociedade para discutir como implementar as diferentes propostas levantadas. Beatriz Bulhões considera que leitores críticos e seminário nacional não se excluem. Não retiraria leitores críticos, sugere apenas restringir o número. José Eli diz temer a reprodução de tudo o que já aconteceu. O seminário nacional não será forma de legitimar o documento. Rubens Born considera que a legitimidade está no processo e para mantermos a coerência com o processo precisamos realizar o seminário nacional. Por fim, deliberou-se pela retirada dos leitores críticos e foi formado grupo de trabalho composto por Rubens Born, Aspásia Camargo, Samyra Crespo e Beatriz Bulhões para definição da metodologia e formato do seminário nacional.
ATA da Vigésima Segunda Reunião da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional - CPDS I – Pauta de Trabalho A reunião foi realizada no Ministério de Ciência e Tecnologia, no dia 6 de dezembro de 2001. Itens da pauta: Abertura. Aprovação da ata da 21ª reunião. Discussão e definição da estrutura final do documento "Agenda 21 Brasileira". Discussão da metodologia do Seminário Nacional. Discussão e definição do grupo de trabalho para coordenar a elaboração do documento final.   II – Participantes   Membros Governamentais: José Carlos Carvalho (MMA), Regina Gualda (MMA), Luiz Carlos Joels (MCT), Elias Antônio de Luna (Itamaraty).   Membros Não Governamentais: Rubens Born (Fórum Brasileiro de ONG'S e Movimentos Sociais), Juca Ferreira (Movimento Onda Azul); Aspásia Camargo (FGV), Beatriz Bulhões (CEBDS).   Outros: Idaulo José Cunha (consultor Região Sul), Paulo Haddad (Consultor Região Sudeste), Armando Dias Mendes (Consultor Região Norte), Washington Novaes (Consultor Centro-Oeste), José Eli da Veiga (Consórcio Museu Emílio Goeldi), Samira Crespo (Consórcio Parceria 21), Vitor Zular Zveibil (Consórcio Parceria 21), Maria do Carmo Bezerra (MMA), Marcia Facchina (MMA), Luis Dario Gutierrez (MMA), Vanessa Brito (MMA).   III – Decisões Relativas aos Itens de Pauta 1. Abertura: José Carlos Carvalho abriu a reunião agradecendo a presença dos convidados para essa reunião ampliada da Comissão. 2. Apresentação da 21ª. A ata foi aprovada com emendas. José Carlos Carvalho solicitou que as reformulações fossem encaminhadas à Secretaria Executiva da CPDS. 3. Discussão e definição da estrutura final do documento "Agenda 21 Brasileira". Jose Carlos Carvalho ressaltou o momento atual do processo de elaboração da Agenda, ou seja; a etapa de finalização do documento a ser entregue ao Presidente da República em junho próximo. Nesse contexto convidou Paulo Haddad, consultor da região sudeste, para apresentar uma proposta de encaminhamento dos trabalhos. Paulo Haddad apresentou, resumidamente, proposta para a elaboração do documento. Disse que o relatório necessariamente deverá destacar a forma participativa com que foram elaborados os documentos até o momento, destacando, sobremaneira, o que se conseguiu reter em termos de aspirações da sociedade. Colocou que os avanços em relação ao documento produzido para a Rio 92, em termos de políticas públicas, são visíveis. O desenvolvimento Sustentável nessa última década tornou-se objeto de políticas públicas. Assim, o documento da Agenda deverá registrar os grandes avanços ocorridos mas, ao mesmo tempo, deverá mostrar a inquietude da sociedade em relação ao presente e futuro.   Considera que se faz necessária uma avaliação cuidadosa das formas de implementação da Agenda, pois os documentos produzidos até o momento dizem muito pouco sobre mecanismos institucionais e procedimentos que permitam a concretização das aspirações da sociedade. Reconhece o esforço da CPDS mas constata a pequena presença do segmento produtivo no processo da Agenda. Para preencher essa lacuna podemos: (i) debater a primeira versão do documento com as federações e instituições do setor produtivo, (ii) registrar experiências bem sucedidas de desenvolvimento sustentável nas atividades empresariais e, (iii) divulgar os benefícios e ganhos de produtividade decorrentes do uso dos recursos naturais em eco negócios. Finalmente propôs três momentos na produção do relatório: (a) Questões relacionadas ao conteúdo, (b) Trabalhar a forma do relatório (ex. Livro verde do MCT) e (c) Realizar um projeto de comunicação do relatório final a ser entregue a sociedade.   Aspásia Camargo colocou que alguns pontos precisam ser melhor contextualizados, como por exemplo a inserção internacional. Sugere um preâmbulo de como o Brasil se vê no mundo, reconhecendo que tem o maior PIB ambiental e de como a tradição desenvolvimentista brasileira de adapta ao conceito da sustentabilidade. Ainda, considera que os empresários tiveram certa dificuldade em entender o processo de elaboração do nosso documento. Sugere que a Comissão entre em contato com a classe empresarial. Beatriz Bulhões concorda com a dificuldade dos empresários em trabalhar com uma metodologia que junta os setores para debater diferentes propostas. Colocou que o CEBDS está disposto a trabalhar mais junto ao setor. Entretanto, teme que uma maior consulta ao setor neste momento do processo poderia ir contra a metodologia utilizada. Vítor Zveibil, concorda com a preocupação de Beatriz em manter as bases da metodologia utilizada no processo. Em relação aos instrumentos disse que é preciso definir a quem as diferentes premissas, proposições e ações se dirigem. Isso deverá facilitar a interação dos diferentes setores com o documento. Rubens Born considera necessário registrar na introdução, qual é o Brasil que se deseja construir. Em relação aos conflitos disse não saber em que medida os Encontros Regionais conseguiram superá-los, sobretudo em relação ao "como fazer, como implementar". Existem propostas diferentes de como se construir a sustentabilidade. Talvez seja melhor mostrar no documento da Agenda que existem posições diferentes no lugar de tentar resolver os conflitos. Em relação às lacunas visíveis no documento considera que a CPDS tem mandato para tentar preenchê-las. Idaulo José Cunha ressaltou que existem ausências extremamente importantes em temas como cidades, emprego, questão demográfica, novas alternativas de desenvolvimento econômico em locais difíceis, infra - estrutura e muitos itens do campo social. Considera que a Comissão deve procurar formas de preencher essas lacunas e também de como estruturar um documento que consiga sensibilizar um público tão amplo. Samyra Crespo colocou que nossa necessidade é definir um rumo para a elaboração do documento final da Agenda, que deverá refletir todo o processo de discussão realizado até o momento. Colocou, ainda, que nossos problemas são semelhantes aos de outros países que estão elaborando, ou já elaboraram suas agendas, ou seja: existem setores que não qualificam a agenda 21 como uma Agenda de desenvolvimento e sim como uma agenda ambiental. Em relação às lacunas considera difícil termos uma agenda completa. Precisamos pinçar o mais importante dentro de tudo que levantamos até o momento, sempre tendo em mente que a agenda é um dos processos que estão em curso. O governo precisa cumprir seu papel e deixar claro até que ponto está comprometido. Por último, ressaltou a necessidade de recuperarmos e analisarmos as experiências de desenvolvimento sustentável que já estão em curso e de incorporarmos novos atores no processo. Juca Ferreira concordou com as observações de Samyra Crespo quanto a necessidade de incorporarmos novos atores ao processo da Agenda e quanto às diferentes experiências que estão em curso, paralelamente à Agenda 21. Disse aprovar a proposta apresentada pelo consultor ressaltando que é essencial que a Agenda afirme a incorporação do conceito de desenvolvimento sustentável nas políticas nacionais. Colocou, ainda, a importância do diálogo entre as políticas estratégicas de cada ministério e a Agenda. Esse diálogo deverá estar refletido nos indicadores. Considera Johannesburgo um ótimo momento que deverá ser aproveitado para a construção das sinergias necessárias. Rubens Born disse que na última reunião a Comissão decidiu que o documento final da agenda não obedeceria mais os seis temas de referência. Assim, precisamos de uma forma de apresentação de fácil assimilação. Perguntou se vamos trabalhar com as dimensões definidas na metodologia dos encontros regionais e suas 21 estratégias? Como organizar todo o material para que o documento seja funcional e possa servir, por exemplo, de instrumento de checagem. Samyra Crespo propõe dois relatórios, o primeiro com o histórico do processo e o segundo com o conteúdo programático da Agenda, curto e simples Considera que os dois não podem se misturar. Idaulo José Cunha propõe um documento amplo, geral e outros direcionados de acordo com as características do público alvo. Maria do Carmo Bezerra concorda com a apresentação de dois relatórios, o primeiro chamado de documento geral do processo e o segundo o Plano de Ação. Paulo Haddad repassou de forma geral os diferentes recortes que teve o processo de elaboração dos documentos iniciais, a partir dos biomas, sugerindo sejam preservadas as divisões político administrativas e os grandes biomas. Aspásia Camargo esclarece que deve ser resgatado o que é fundamental a partir das premissas, conforme a metodologia inicial (aprovada em 1997). Colocou, também, que atores importantes que ainda não entraram nas discussões precisam ser envolvidos pois o processo precisa ser constantemente inclusivo e que a agenda necessita de instrumentos econômicos. Juca Ferreira reafirma a importância do documento como um referencial para formulação de políticas públicas, evitando fazer uma Agenda provinciana que fará com que o processo perca sua noção estratégica. Samyra Crespo sinaliza que aa metodologia utilizada nos encontros regionais que introduziu as dimensões da sustentabilidade não ajudou, que deveria ser mantida a forma inicial que relacionava diretrizes , estratégias e ações por temas. José Eli da Veiga questiona o prazo previsto para realização do documento e sugere solicitar pareceres da comunidade científica sobre o texto que será elaborado. A CPDS analisaria a pertinência desses pareceres. Rubens Born não encontra contradições na utilização dos temas iniciais vinculando as ações às dimensões e linhas estratégicas definidas na metodologia dos encontros regionais. Por outro lado levantou a complexidade de como se posicionar em relação à distribuição de desenvolvimento nos espaços regionais e entre a interdependência regional. Aspásia Camargo concorda com Rubens. Disse que o federalismo cooperativo deve ser uma menção importante da Agenda. A partir dessa última colocação José Carlos Carvalho esclarece que a proposta da Agenda 21 é um novo paradigma de ruptura do modelo de gestão do estado, por meio da gestão colegiada, citando os exemplos dos comitês de bacias e a participação de instancias de cooperação bilateral e multilateral. Washington Novaes considera que a Agenda deve incorporar o processo inteiro. Ela não termina no documento que iremos formatar. Assim precisamos oferecer a todos a base de informações colhida. Ressalta que a Agenda 21 só vai existir quando for realmente incorporada pelos estados e municípios. Sugere, também, que sejam dois documentos, o primeiro de princípios e metas e um segundo de estratégias e ações prioritárias. Enfatiza a necessidade de o meio ambiente estar incorporado como fundamento do planejamento nacional; de termos definições de orçamento e de metas por setores da economia. A agenda deve trazer normas, políticas claras, limites e formas de resolver conflitos. Confirma a necessidade da Agenda ter uma contextualização Nacional e Internacional e de explicitar conflitos, deve apresentar a discussão da natureza do crescimento que desejamos. Por fim, precisamos urgentemente de um projeto de comunicação. Caso contrário não estaremos aptos a responder às diferentes demandas neste ano de Rio + 10. Rubens Born reforça a necessidade de fazer um documento que dialogue com a sociedade, que deixe claro os princípios e metas. Teme que dois documentos podem "separar a cabeça do corpo". Tendo em vista o adiantado da hora, por uma questão de ordem, José Carlos Carvalho propõe organizar grupo de trabalho para discutir, dentre outros, a metodologia do seminário nacional. A seguir, pede desculpas e informa que deverá retirar-se e passa a presidência da reunião a sua suplente Regina Gualda. Luiz Carlos Joels apresentou dúvidas sobre qual o formato do documento final da Agenda que estava sendo aprovado na reunião. Vamos manter os seis temas com as respectivas propostas organizadas de acordo com as dimensões da sustentabilidade discutidas nos encontros regionais? Paulo Haddad disse que, enquanto consultor, iria procurar um caminho para submeter à análise dos membros. Caminho que contemple as diferentes demandas e preocupações apresentadas na reunião. Juca Ferreira concordou que o formato final da Agenda apresente os seis temas mais as dimensões. Elias Antonio de Luna colocou que é importante definir o que seria a "inserção internacional" na Agenda 21 Brasileira. Regina Gualda assume a presidência da reunião esclareceu que Ministro Everton em reuniões anteriores já havia colocado a posição do Itamaraty que seria entregue à CPDS em um texto específico para subsidiar a elaboração final da Agenda. Beatriz Bulhões ponderou que ainda não estava clara a posição da Comissão quanto às lacunas - temas importantes que não foram discutidos no processo. Maria do Carmo disse entender que devemos trabalhar com o acúmulo de material de já temos e com os "leitores críticos". A CPDS precisa definir o que entra na Agenda tendo como base as propostas que já estão nos documentos elaborados até o momento. Juca Ferreira complementou a colocação dizendo que a CPDS, conforme disse Washington Novaes, deve assumir os conflitos que ainda existem e que os trabalhos internacionais devem ser vistos apenas como referência. Precisamos construir nosso documento que deverá ser um referencial para formulação de políticas públicas. Regina Gualda colocou em pauta o item que trata da Metodologia do Seminário. Sugeriu que fosse formado um grupo que acompanhasse de perto os procedimentos necessários. Samyra Crespo, Aspásia Camargo e Rubens Born se apresentaram como participantes do grupo. (Samyra e Rubens esclareceram que a inscrição se referia às respectivas instituições que representam). Regina Gualda disse que o documento final da Agenda será levado ao Seminário Nacional para que sejam definidos os meios de implementação e o estabelecimento de parcerias. Para tal, precisamos, agora, iniciar o processo de ampliação dos atores envolvidos. Maria do Carmo complementou dizendo que as tentativas de discutir os meios de implementação durante o processo não atingiram o objetivo. Assim, eles deverão ser o grande objetivo do Seminário Nacional. Aspásia Camargo colocou que é necessário montar uma estratégia de mobilização para o seminário nacional. Para isso precisamos de um grupo que aprove a metodologia apresentada e que identifique pessoas de peso. Precisamos ter um grande poder de convocação para assegurar a presença de importantes instituições e pessoas. Por outro lado, esses convidados precisam sentir que têm algum poder de intervenção. Regina Gualda pondera que além da definição de estratégias para o Seminário Nacional, precisamos da definição de uma estratégia de comunicação. Sugeriu que Washington Novaes apresentasse uma proposta. Como a sugestão foi acatada pelos demais participantes, colocou em pauta as discussões relativas à ampliação da Comissão. Rubens Born disse que uma coisa é mobilizarmos atores que ainda não foram sensibilizados para a sustentabilidade. Outra é a ampliação da CPDS. Tem dúvidas se esse é o melhor momento devido ao período eleitoral. Aspásia Camargo considera que se for definido que deverá haver ampliação da Comissão as providências devem ser imediatas. Acha que o mais importante no momento é ampliar as consultas para legitimar, calibrar o documento da Agenda. Luiz Carlos Joels sugeriu reuniões ampliadas da CPDS. Legitimar processo por meio da participação de outros atores enquanto convidados, sobretudo tendo em vista que a Comissão no atual momento não tem um consenso sobre a validade da ampliação. Regina Gualda concordou com a colocação dizendo que talvez este não seja um momento político oportuno e que a secretaria executiva estaria aguardando a sugestão de convidados para as próximas reuniões. A reunião foi encerrada com o compromisso do MMA providenciar a contratação de Paulo Haddad como consultor da etapa final do processo de elaboração da Agenda 21 Brasileira.
ATA da Vigésima Primeira Reunião da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional - CPDS I – Pauta de Trabalho A reunião foi realizada no Ministério do Meio Ambiente, no dia 20 de novembro de 2001. Itens da pauta: Abertura. Aprovação da ata da 20ª reunião. Informes: conclusão dos Encontros Regionais, Foro de Ministros e Prepcon, agendas 21 locais e clipping (repercussão na imprensa escrita). Discussão da pauta comum entre a CPDS e a Comissão Interministerial para a Preparação da Participação do Brasil na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, para a Rio + 10. Discussão de estratégia de comunicação para a Agenda 21 Brasileira com foco na Rio + 10. Discussão de ampliação da CPDS. Definição dos próximos passos para finalização da Agenda 21 Brasileira.   II – Participantes   Membros Governamentais: José Carlos Carvalho (MMA), Regina Gualda (MMA), Everton Vieira Vargas (MRE), José Paulo Silveira (MP), Luiz Carlos Joels (MCT), Cláudia Borba Maciel (Assessoria Especial da Presidência da República).   Membros Não Governamentais: Rubens Born (Fórum Brasileiro de ONG'S e Movimentos Sociais), Juca Ferreira (Movimento Onda Azul); Gustavo Fonseca (UFMG), Roberto Cavalcanti (UNB), Aspásia Camargo (FGV), Beatriz Bulhões (CEBDS).   Outros: Maria do Carmo Bezerra (MMA), Marcia Facchina (MMA), Luis Dario Gutierrez (MMA), Vanessa Brito (MMA).   III – Decisões Relativas aos Itens de Pauta 1. Abertura: José Carlos Carvalho 2. Aprovação da Ata da 19ª Reunião. A ata foi aprovada sem emendas. 3. Informes: conclusão dos Encontros Regionais, Foro de Ministros e Prepcon, agendas 21 locais e clipping (repercussão na imprensa escrita). José Carlos Carvalho fez breve contextualização do momento atual do processo de elaboração da Agenda 21 Brasileira tendo como foco a recente realização da Conferência Regional da América Latina e Caribe preparatória da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável. Falou da necessidade de um melhor entendimento por parte da sociedade e da mídia sobre o que significa a Agenda 21 Brasileira e sobre o que será o encontro internacional de Johannesburgo. Ponderou que a falta de informação é responsável pelos equívocos de algumas das notícias divulgadas. Everton Vargas disse que não existe um correto entendimento de que a Agenda é, sobretudo, um processo de conscientização do governo e sociedade brasileira com o objetivo de mudar o padrão de desenvolvimento atual. É um processo inédito no Brasil, que possui como foco o desenvolvimento do país e que irá subsidiar os trabalhos para a reunião de Johannesburgo, auxiliar a preparação da nossa agenda para a Rio + 10. Aspásia Camargo ponderou que existe intersecção entre o interno e o externo. Nosso documento da Agenda também é político. Precisamos negociar os conflitos que surgiram em nível nacional e internacional. José Carlos Carvalho complementou dizendo que um exemplo desses conflitos é a temática florestal. Que o papel da CPDS nesse momento de finalização da Agenda é o de tentar captar questões fundamentais para o projeto de nação que estamos construindo. José Paulo Silveira colocou que a Agenda 21 por ser um processo de mudança encontra resistência. É necessário sermos perseverantes. José Carlos Carvalho, neste dia Ministro interino, precisou ausentar-se passando a condução da reunião para José Paulo Silveira. Antes, disse que talvez a confusão por parte da imprensa tenha como causa um erro de comunicação nosso que queríamos chegar à Rio + 10 com a Agenda pronta. Juca Ferreira considera que a elaboração da Agenda 21 Brasileira e a preparação para a cúpula de Johannesburgo são atividades complementares. Que a agenda 21 Brasileira faz parte da Rio + 10 onde os países serão avaliados pelos deveres assumidos e cumpridos pós Rio 92. Mesmo concordando que é, sobretudo, um documento da sociedade brasileira, precisamos ter a noção exata do papel da agenda. Considera que a demora alardeada pela imprensa deve-se a falta de entendimento do que seja um processo participativo, onde o tempo é imponderável. O que precisamos considerar é que mobilizamos muitos mas não atingimos os poderes decisórios. Isso porque a sociedade brasileira tem dificuldade em lidar com a sustentabilidade. Nosso anseio sempre foi o crescimento. Estamos em um contexto de cultura política a ser mudado paulatinamente. No plano internacional as negociações estão se reabrindo, caminhando para a extinção da "globalização assimétrica". Brasil tem papel importante nesse contexto. Nosso dever de casa (agenda 21) deverá ser nossa referência. Assim, nesta fase de sistematização a CPDS deve assumir,também, seu papel político. Em relação à mídia, Rubens Born falou que a Agenda nunca esteve na pauta da grande imprensa. O processo da Agenda precisa ser internalizado em nível do Congresso Nacional e lideranças políticas. Antecipando-se ao item 4 da pauta disse que a Rio +10 tem entre seus objetivos avaliar os resultados pós Rio 92. As duas comissões, CPDS e Interministerial, têm que trabalhar em conjunto, definir como obter sinergias. Perguntou ao representante do Ministério do Planejamento como transformar a Agenda em políticas públicas? Como alocar recursos financeiros? Como captar recursos externos? José Paulo Silveira colocou que a sustentabilidade, sobretudo no que se refere às áreas social e ambiental, deu grandes passos nos últimos tempos. Brasil tem propostas interessantes e o Presidente da República tem capacidade ímpar para propor e discutir em foros internacionais. As 40 mil pessoas envolvidas diretamente no processo de elaboração da Agenda 21 Brasileira nos permite subsidiar a posição brasileira na Rio + 10. Respondendo a Rubens Born falou que nosso maior objetivo deve ser conquistar as pessoas. Com isso o dinheiro aparece. O processo pode ser destruído se a CPDS tomar decisões que não procurem manter o equilíbrio entre os interesses dos diferentes segmentos. É preciso ter claro que não é o poder de comando e controle que vai garantir o sucesso do processo. A responsabilidade da CPDS é enorme. Tem como tarefa ser perseverante, sem excluir nenhum segmento. Beatriz Bulhões alertou que a participação dos setores no processo de elaboração da agenda foi desequilibrada. Mas, contou com todos. Houve avanços, que podem ser observados em iniciativas importantes no setor privado. Everton Vargas colocou que as discussões já estavam cobrindo os itens 4 e 5 da pauta. Considera que o papel da mídia durante a Reunião Preparatória para a Cúpula de Johannesburgo demonstra desinformação ou má fé. Brasil está tendo participação estratégica nos acordos internacionais. Ajudaria pensarmos uma estratégia de comunicação para a sustentabilidade, onde a Agenda 21 teria um grande papel. Precisamos reunir dados e informações consistentes para um programa de comunicação, encabeçado pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Uma estratégia seria a conjugação de esforços ente as duas Comissões por intermédio de seus presidentes. No próximo dia 29 teremos reunião da Comissão Interministerial onde lançaremos a idéia de realizar em junho um grande evento no Brasil, com a presença do Presidente da República, Presidente da ONU e Presidente da África do Sul, dentre outras autoridades, para "passarmos a tocha" para os sul africanos. A Agenda poderá ser a vedete desse encontro. Também o seminário que deverá ocorrer para preparar a Rio + 10 será outra oportunidade para a agenda 21 chegar aos poderes decisórios. Considera excelente a idéia do seminário nacional da Agenda que deverá contar com os mais amplos setores da sociedade nacional. Sobre o Seminário Nacional da Agenda, Regina Gualda falou que o encontro terá como objetivo maior discutir como implementar as propostas e também definir os compromissos, o envolvimento entre os setores. Nesse sentido esse seria o momento de ampliarmos a CPDS, para que as responsabilidades sejam internalizadas em outros setores. Maria do Carmo esclareceu que o seminário não teria mais como objetivo agregar novas propostas, mas partir para os meios de implementação das estratégias definidas até o momento. José Paulo Silveira, na tentativa de organizar os três itens da pauta que estavam sendo discutidos de forma simultânea, procurou orientar as intervenções de forma a cobrir os principais pontos levantados. Pontos a serem definidos: (A) Relatório Síntese; (B) Seminário Nacional, com apresentação do relatório síntese, discussão dos meios de implementação e instalação da CPDS ampliada e (C) Entrega dos resultados ao Presidente da República. Juca Ferreira questionou qual seria o momento ideal para ampliação da CPDS. Como ela deverá ser ampliada para a fase de implementação sugere que envolva pessoas compromissadas com a filosofia da Agenda 21. Em relação ao documento síntese: como fechar o processo construído até o momento de forma consistente? Maria do Carmo colocou que um dos objetivos da reunião é decidir, em grandes linhas o que seria o documento final. O "como" será objeto da próxima reunião (06/12), quando a CPDS receberá os demais parceiros do processo para a troca de opiniões. Uma idéia inicial é criar dentro da Comissão um grupo de trabalho que prepare a 1ª versão do documento síntese em, aproximadamente, três meses. Aspásia Camargo disse que esse é um momento estratégico para darmos um salto de qualidade. Documento do consultor Paulo Haddad traz parte do que necessitamos como complemento a tudo que foi recolhido até o momento. Em relação aos itens de estratégica internacional podemos contar com a ajuda do Ministro Everton. Concorda que um ponto crucial é o envolvimento dos diferentes atores, a começar por alguns setores do MMA. Sugere reuniões da CPDS com diferentes ministérios e grupos. Everton Vargas considera que: (i) o Documento síntese deverá estar em linguagem estruturada de forma a ter apelo interno e externo e, também, deverá dedicar atenção especial aos dados e a forma de apresentar problemas; (ii) para a fase de implementação sugere que os Ministérios da fazenda e Planejamento devem redigir um documento que sirva de base para as discussões do seminário nacional e (iii) com relação à ampliação da CPDS concorda com Juca Ferreira, ou seja, é necessário que o processo conte com mais pessoas e instituições desde que devidamente comprometidas com a causa. Rubens Born: o que estamos aqui denominando de relatório síntese é a Agenda 21 Brasileira. A CPDS deverá tomar decisões, bater martelo. ou estamos delegando poder decisório para o seminário de abril? Não podemos desperdiçar o processo, o que foi construído. Sugere que o seminário nacional seja no dia 22 de abril "redescobrimento do Brasil". Mais: nas discussões sobre implementação há de se considerar (i) sensibilização/envolvimento dos tomadores de decisões; (ii) formas de viabilizar meios econômicos e institucionais; (iii) sinergia entre as agendas locais, estaduais e brasileira; (iv) articulação entre agenda 21 e demais políticas setoriais. Em relação à ampliação da CPDS (item 6 da pauta) Juca Ferreira comentou que seria necessário analisar as vantagens e desvantagens de a presidência e a secretaria executiva saírem do MMA. Isso em resposta a colocação de Regina Gualda, que sugeriu que na fase de implementação o Ministério do Planejamento assumisse os papéis hoje exercidos pelo MMA. Regina Gualda comentou pontos levantados pelo Ministro Everton que considera importantes como pauta comum entre as duas comissões. Quanto aos dados necessários ponderou que membros da CPDS poderiam, em suas respectivas áreas e setores, levantar indicadores que demonstrem que estamos no caminho rumo a sustentabilidade. José Paulo Silveira perguntou a Everton Vargas se já temos a estrutura básica do documento brasileiro a ser apresentado em Johannesburgo. Como resposta o representante do Itamaraty colocou que não é necessário um documento. Considera que precisamos de dados confiáveis para analisarmos os documentos preparados pelo Secretariado da ONU à luz da realidade brasileira. Rubens Born considera que o Brasil tem condições de ser pró-ativo no processo da Rio + 10 e que os seguintes pontos fazem parte da pauta comum entre as duas Comissões: ? como sensibilizar formadores de opinião para a sustentabilidade; ? como compartilhar experiências com outras localidades internacionais; ? como trabalharmos para aumentar a cooperação entre países. Everton Vargas disse que poderíamos utilizar a Agenda Global como linha de base visto que na Rio + 10 vamos avaliar o que foi feito em busca da sustentabilidade, inclusive, nos países industrializados. Aspásia Camargo colocou que aos moldes da Agenda 21 Global devemos definir o preâmbulo de nossa Agenda e, também, fortalecê-la em aspectos que estão fracos como por exemplo em relação aos atores envolvidos. Everton Vargas, ainda em relação à idéia de preparar um relatório brasileiro que servisse de subsídio às posições do país em Johannesburgo, concorda com a necessidade de contextualizar a Agenda no âmbito do que está acontecendo em nível internacional, mas essa é a última parte a ser feita. Considera, também, que todo cuidado é pouco com relação aos dados utilizados. Aspásia Camargo, voltando ao tema da estrutura do documento da Agenda 21 Brasileira, disse que nossa grande contribuição é que o Brasil não está discutindo, trabalhando o desenvolvimento sustentável apenas em sua vertente ambiental. Maria do Carmo ponderou que a Agenda 21 está mais próxima de uma definição de cenários de futuro desejável pelos diferentes segmentos da sociedade rumo a sustentabilidade do que de um banco de dados e informações. Em relação aos dados necessários para os trabalhos da Comissão Interministerial, considera que os relatórios anuais da CDS atualizados podem auxiliar. Colocou a secretaria executiva da CPDS a disposição para auxiliar no que for possível. Luiz Carlos Joels comentou que faz parte da equipe que está discutindo os indicadores de sustentabilidade do IBGE e que tem defendido a idéia de considerar o processo da Agenda 21 nas discussões. Regina Gualda resumiu as principais conclusões da reunião, a saber:   De que o documento final da Agenda 21 Brasileira deve ser apresentado de uma forma sintética e de fácil acesso aos diferentes públicos. O seminário nacional de apresentação deve ter seu foco principal na implementação. A necessidade de ampliação da Comissão, com instalação durante o seminário nacional, com a ressalva de que os novos membros conheçam e pactuem com o processo da Agenda 21 Brasileira. A pauta comum entre a CPDS e a Comissão Interministerial pode, dentre outras, considerar a troca de informações e a solicitação de audiência entre os dois presidentes e o Secretário de Comunicação da Presidência de República visando o estabelecimento de um programa de comunicação.
ATA da Vigésima Reunião da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional - CPDS I – Pauta de Trabalho A reunião foi realizada no Ministério de Ciência e Tecnologia, no dia 07 de agosto de 2001. Itens da pauta: Abertura. Aprovação da ata da 19ª reunião. Avaliação da Metodologia dos Encontros Regionais. Perspectivas dos trabalhos da CPDS com vistas à conclusão da Agenda 21 Brasileira. Assuntos gerais.   II – Participantes   Membros Governamentais: Regina Gualda (MMA), Everton Vieira Vargas (MRE), José Paulo Silveira (MP).   Membros Não Governamentais: Rubens Born (Fórum Brasileiro de ONG's e Movimentos Sociais), Aspásia Camargo (FGV), Roberto Cavalcanti (UNB).   Outros: Maria do Carmo Bezerra (MMA), Marcia Facchina (MMA), Luis Dario Gutierrez (MMA), Flora Cerqueira (PNUD).   III – Decisões Relativas aos Itens de Pauta 1. Abertura: Regina Gualda abriu a reunião ressaltando a importância dos assuntos a serem tratados. 2. Aprovação da Ata da 19ª Reunião. A ata foi aprovada sem emendas. 3. Avaliação da Metodologia dos Encontros Regionais. Maria do Carmo Bezerra fez uma breve retrospectiva dos encontros regionais do Nordeste e Centro-Oeste colocando que neste último fá foi utilizada uma metodologia mais amadurecida. Apresentou o texto "Roteiro Metodológico dos Encontros Regionais" redigido pelo professor Otto Ribas. Roberto Cavalcanti perguntou como chegou-se a essa metodologia. Maria do Carmo esclareceu que a partir do trabalho inicial da Região Nordeste desenvolvido com o Professor Sérgio Buarque e que procurou incorporar o aprendizado adquirido no processo de discussão da agenda, verificou-se que era necessário sistematizar, agregar as diferentes propostas apresentadas nos debates estaduais, para chegarmos a resultados mais concretos rompendo com a visão segmentada da divisão temática originalmente apresentada. O Professor Otto traduziu e aprimorou a idéia. Roberto Cavalcanti colocou que a metodologia é excelente pois a CPDS deve discutir os passos que a sociedade precisa dar para enfrentar os problemas presentes e os que estão por vir. É necessário conhecermos quais as grandes transições para a sustentabilidade. Para tal precisamos definir cenários e indicadores. Rubens Born concordou em linhas gerais. O Documento Bases para Discussão já apontou o país que queremos, no atual momento os cenários poderiam atrapalhar. § Regina Gualda alertou que a discussão deveria privilegiar, inicialmente, a metodologia e após poderíamos retornar aos cenários e indicadores. Rubens Born concordou em linhas gerais. O Documento Bases para Discussão já apontou o país que queremos, no atual momento os cenários poderiam atrapalhar. Regina Gualda alertou que a discussão deveria privilegiar, inicialmente, a metodologia e após poderíamos retornar aos cenários. Everton Vargas ponderou que a questão de cenários pode ser traiçoeira sobretudo no Brasil que conta com estatísticas precárias. A Agenda 21 deve ter o caráter de um documento de referência. Aprova as quatro dimensões definidas na metodologia mas considera importante analisar melhor o papel do Brasil no quadro internacional por meio da linha "instrumentos de regulação". Rubens Born aprova a metodologia dizendo que ela já aponta para a versão final da agenda, que deverá ser de fácil diálogo para os diferentes segmentos de nossa sociedade. Colocou, ainda, que a transmissão simultânea é importante pois precisamos manter o interesse de todos que cativamos até o momento. Everton Vargas solicitou que no quadro 02, página 11 fossem acrescentadas as linhas "manejo sustentável dos recursos naturais" e "inserção competitiva do Brasil na economia Internacional". Neste último caso outra idéia seria criar a dimensão econômica. Aspásia Camargo ponderou que separar o econômico pode ser melhor para a questão ambiental. Valoração do capital natural. Rubens Born contra argumentou dizendo que Econômico Social é melhor para a sustentabilidade pois obriga o pensamento integrado. Sugeriu que na linha que trata de combate à pobreza inclua-se "medidas compensatórias". Everton Vargas, retirou-se nesse momento dizendo que considerava que a estrutura apresentada trouxe um grande avanço metodológico já apontando para uma versão final da Agenda. Lembrou que, a exemplo da Agenda Global, cada verbete deveria apontar a base para a ação e as atividades decorrentes. Assim, solicitou que se verificasse a lógica, a seqüência das linhas, para introduzir na matriz a noção de fluxo. Regina Gualda perguntou aos presentes se deveríamos inserir novos verbetes, linhas, na dimensão econômico social ou se as dimensões seriam separadas. Antes, fez breve relato das discussões a José Silveira, que se desculpou pelo atraso. José Silveira reforçou a separação entre as dimensões econômica e social e solicitou mudança na denominação da dimensão "Ciência e Tecnologia" para "Informação e Conhecimento". Após discussões ficou definido que seria colocada a dimensão econômica e que os verbetes nas diversas linhas seriam revistos para expressarem uma linguagem mais positiva. Regina Gualda solicitou que qualquer outra contribuição deveria ser enviada nos próximos dias. A seguir disse da importância da participação dos membros da CPDS no Encontro da região norte. 4. Perspectivas dos trabalhos da CPDS com vistas à conclusão da Agenda 21 Brasileira. Rubens Born colocou que após os encontros regionais estaremos perto do final do processo de elaboração da Agenda 21 Brasileira. Assim, é preciso definir metas, planejar a etapa final, estabelecendo, por exemplo, um calendário de reuniões. A CPDS precisa ser ampliada, como já sugerido em reuniões anteriores, para reforçar, dividir o desafio de implementação da Agenda. Regina Gualda informou que o MMA está produzindo um vídeo sobre o processo de elaboração da Agenda para ser apresentado na reunião de Ministros da América Latina e Caribe, em outubro no Rio de Janeiro.
ATA da Décima Nona Reunião da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional - CPDS I – Pauta de Trabalho A reunião foi realizada no Ministério do Meio Ambiente, no dia 22 de março de 2001. Itens da pauta: Abertura. Aprovação da ata da 18ª reunião. Informações sobre os Debates Estaduais. Definição do formato e datas dos Encontros Regionais. Levantamento de boas práticas de desenvolvimento sustentável. Fórum de Ministros da América Latina e Caribe e PREPCON da Região para a Rio+10. Assuntos gerais.   II – Participantes   Membros Governamentais: José Carlos Carvalho (MMA), Regina Gualda (MMA), Vanessa de Faria (Assessoria Especial da Presidência da República), Luiz Carlos Joels (MCT), Everton Vieira Vargas (MRE), Ariel Cecílio Garces Pares (MP).   Membros Não Governamentais: Beatriz de Bulhões (CEBDS), Rubens Harry Born (Fórum Brasileiro de ONG's e Movimentos Sociais), Roberto Cavalcanti (UNB), Aspásia Camargo (FGV).   Outros: Maria do Carmo Bezerra (MMA), Marcia Facchina (MMA), Flora Cerqueira (PNUD), Flora Valladares Coelho (BASA), Aldenir Chaves Paraguassú (MMA), Vanessa Brito (MMA).   III – Decisões Relativas aos Itens de Pauta 1. Abertura: Dr. José Carlos Carvalho, que presidiu a reunião, informou que em virtude de compromissos anteriormente assumidos o Ministro Everton, MRE, solicitou que a reunião fosse iniciada pelo item número 06 da pauta. 6. Fórum de Ministros da América Latina e Caribe e PREPCON da Região para a Rio+10. Ministro Everton colocou a importância da reunião preparatória, onde os países da América Latina e Caribe deverão definir seus interesses para a Rio+10. Foi distribuída cópia do Decreto de 13 de março do corrente ano, que cria a Comissão Interministerial para a Preparação da Participação do Brasil na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável. Segundo o Ministro Everton o objetivo dessa Comissão é subsidiar o Itamaraty, tendo em vista que a cúpula sobre desenvolvimento sustentável é, sobretudo, um trabalho diplomático. Colocou, ainda que a CPDS poderá ser importante para auxiliar na PREPCON. Rubens Born ponderou que não estava informado sobre o mencionado decreto presidencial mas que esperava ser a nova Comissão complementar e não concorrente da CPDS e que gostaria de saber como a CPDS poderá trabalhar as questões externas da Rio+10. Ministro Everton disse que Comissões semelhantes já foram formadas antes, como por exemplo, na ECO 92 e que será realizada reunião para estabelecer as diretrizes a serem adotadas. Regina Gualda lembrou que em outubro próximo será realizado o Fórum de Ministros da América Latina e Caribe com o objetivo de definir a pauta sul americana para a Rio+10 e indagou sobre a responsabilidade da preparação da posição nacional tendo em vista a existência de duas Comissões. Ministro Everton respondeu que será elaborado pelo secretariado um documento que servirá de base para os ministros. Que desse documento sairão os pontos importantes a serem defendidos na Conferência. Maria do Carmo colocou que o processo de elaboração da Agenda 21 Brasileira está percorrendo o país e contagiando diferentes setores da sociedade e que, portanto, parece essencial que operacionalmente as duas comissões estejam unidas. Ministro Everton respondeu que os mandatos são distintos. Que a Agenda permitirá chegarmos à reunião com uma boa base dos problemas brasileiros, mas que os documentos apresentados serão preparados pelo secretáriado. Após essas colocações o representante do Itamaraty se retirou conforme anunciado no início da reunião. Luis Carlos Joels considerou que o assunto não estava esgotado e que deveria ser marcada nova reunião para discuti-lo. José Carlos Carvalho solicitou que fosse agendada reunião específica. Rubens Born colocou que o processo da Agenda é muito importante e que não podemos frustrar, excluir os parceiros que convocamos Brasil afora. A CPDS deve apresentar uma posição mais arrojada colocando nas reuniões internacionais o trabalho que está sendo desenvolvido para a elaboração de nossa Agenda. Propôs realizar, antes da reunião de Ministros, um encontro de redes internacionais de ONG's para definir a participação da sociedade civil no processo preparatório da Rio+10. José Carlos Carvalho disse esperar que a Agenda 21 Brasileira seja apresentada na Reunião de Ministros da América Latina e Caribe a ser realizada em outubro próximo. 2. Aprovação da Ata da 18ª Reunião. A ata foi aprovada sem emendas. 3. Informações sobre os Debates Estaduais. A Secretaria Executiva da Comissão apresentou dados sobre os vinte e um debates estaduais realizados até o momento. José Carlos Carvalho comentou a necessidade de uma análise qualitativa das propostas apresentadas para identificarmos os principais temas para o desenvolvimento sustentável de cada região. 4. Definição do formato e datas dos Encontros Regionais. A Secretaria Executiva da comissão apresentou a proposta de estratégia para os Encontros Regionais (anexo cópia do documento distribuído aos participantes). Rubens Born, corroborando com a proposta, salientou que os encontros não devem reabrir as mesmas discussões dos debates estaduais e sim dar foco nos principais problemas regionais e na sua relação com o Nacional. Maria do Carmo ressaltou o trabalho a ser realizado pelo consultor regional a ser contratado, conforme proposta da estratégia. Cabe a ele levantar temas importantes que ainda não foram discutidos no âmbito da Agenda Brasileira. José Carlos Carvalho, citando o caso da mineração que surgiu no debate de Minas Gerais, colocou que precisamos ter abertura para considerar temas que não estão adequadamente tratados até o momento. Rubens Born disse que não devemos ser reféns de "falhas genéticas" do processo de elaboração da Agenda em curso (referindo-se a não ficarmos presos aos seis temas de refência). Devemos apontar luz para pontos obscuros como, por exemplo, o papel da sociedade civil nas posições internacionais adotadas pelo país. CPDS pode levar propostas para os regionais e buscar legitima-las. Aspásia Camargo colocou que precisamos simplificar o processo, para termos um documento final da Agenda Brasileira enxuto, propositivo e com focos claros. Colocar formadores de opinião e CPDS na linha de frente dos encontros regionais. A CPDS precisa "mostrar sua cara", como por exemplo: qual a ênfase que os empresários querem dar ao processo? Regina Gualda sugeriu a formação de grupo de trabalho da CPDS para discutir e definir as propostas para os encontros regionais e o encaminhamento final do documento da Agenda. Tendo em vista que diversos membros da Comissão precisaram se retirar, foi agendada continuidade da reunião para o próximo dia 29 de março.
ATA da Décima Oitava Reunião da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional - CPDS I – Pauta de Trabalho A reunião foi realizada no Ministério da Ciência e Tecnologia, no dia 13 de setembro de 2000. Foram abordados os seguintes itens de pauta: Abertura. Aprovação da Ata da 17ª Reunião. Avaliação da primeira etapa do processo - Visita aos Estados. Apresentação e discussão do formato dos debates estaduais. Definição da participação dos membros da Comissão nos debates estaduais. Assuntos gerais.   II – Participantes   Membros Governamentais: José Paulo Silveira (MP), Regina Gualda (MMA), Cláudia da Borba Maciel (Assessoria Especial da Presidência da República), Luiz Carlos Joels (MCT), Benedito Fonseca Filho (MRE).   Membros Não Governamentais: Beatriz de Bulhões (CEBDS), Hélcio Souza (Fórum Brasileiro de ONG´S e Movimentos Sociais), Roberto Cavalcanti (UNB).   Outros: Maria do Carmo Bezerra (MMA), Marcia Facchina (MMA), Lúcia Melo (MCT), Vanessa Brito (MMA).   III – Decisões Relativas aos Itens de Pauta 1. Abertura: Dr. José Paulo Silveira, que presidiu a reunião. 2. Aprovação da Ata da 17ª Reunião. A Ata foi aprovada sem emendas. 3. Avaliação da primeira etapa do processo - Visita aos Estados. Maria do Carmo Bezerra, relatou as visitas feitas aos estados pela secretaria executiva da Comissão (MMA), para divulgação dos objetivos dos debates estaduais da Agenda 21 Brasileira. Houve preocupação por parte dos presentes com a observação, principalmente para o Estado da Bahia, de que o setor produtivo não estava sendo adequadamente representado nas reuniões realizadas. Beatriz Bulhões colocou que o CEBDS, juntamente com o Banco do Nordeste, está contatando as confederações e federações da indústria para melhorar a participação do setor. João Paulo Silveira salientou a importância do equilíbrio dos setores nos debates e o papel destacado que o Conselho pode ter para que esse equilíbrio aconteça Luiz Carlos Joels perguntou sobre a ligação da Agenda Brasileira e Agenda Positiva na região norte. Representantes da secretaria executiva responderam que as equipes estavam integradas, procurando esclarecer nas reuniões preparatórias a importância e o papel das duas agendas para a região. 4. Apresentação e discussão do formato dos debates estaduais As discussões tiveram como base o documento “Orientações para os Debates Estaduais” elaborado pela secretaria executiva da Comissão. Beatriz Bulhões disse que irá participar de todos os debates da região nordeste, que tem dúvidas quanto a mediação dos debates e que considera que MMA deverá estar presentes em todos os eventos. Maria do Carmo respondeu dizendo que o MMA estará sempre presente e será responsável pela parte técnica. Que a Comissão deverá mediar, ajudar a arbitrar os impasses. Em suma, que deveria ser formada “parceria” entre a Comissão e sua secretaria executiva (MMA), para a condução dos debates. Cláudia Maciel considerou que os mediadores deverão falar em nome da CPDS e não em nome do órgão que representam. Regina Gualda ressaltou a importância da participação da CPDS, dizendo que os resultados dos debates vão depender da postura que adotarmos. João Paulo Silveira, com base na experiência dos Eixos de Desenvolvimento, disse que devemos adotar a postura de ouvir os diferentes participantes, procurando esclarecer dúvidas e encaminhar propostas visando solucionar os conflitos que surgirem. 5. Definição da participação dos membros da Comissão nos debates estaduais. Com base no calendário proposto para os debates foi definida a participação dos membros da Comissão, a saber: Norte: Estado Data do Debate Interlocutores Comissão Acre 23/11 Aspásia Camargo Amapá 01/11 José Paulo Silveira Amazonas 14/11 Luiz Carlos Joels Pará 30/11 Ariel Garces Pares Rondônia 21/11 Aspásia Camargo Roraima 17/11 Juca Ferreira (A confirmar) Tocantins 09/11 Luiz Carlos Joels Nordeste: Estado Data do Debate Interlocutores Comissão Alagoas 19/09 MMA Bahia 07/11 Fernando Almeida (A confirmar) Ceará 09/11 Fernando Almeida (A confirmar) Maranhão 28/09 MRE Paraíba 04/10 Regina Gulada Pernambuco 28/11 Luiz Carlos Joels Piauí 26/09 MMA Rio Grande do Norte 10/10 Rubens Born (A confirmar) Sergipe 21/09 MMA Centro-Oeste: Estado Data do Debate Interlocutores Comissão Distrito Federal 24/10 Roberto Cavalcanti Goiás 07/12 Roberto Cavalcanti Mato Grosso 17/10 Rubens Born (A confirmar) Mato Grosso do Sul 27/10 Cláudia Borba Sudeste: Estado Data do Debate Interlocutores Comissão Espírito Santo 31/10 José Carlos Carvalho Minas Gerais 16/01 José Carlos Carvalho Rio de Janeiro 26/10 Félix Bulhões (A confirmar) São Paulo 05/12 José Carlos Carvalho Sul: Estado Data do Debate Interlocutores Comissão Paraná 12/12 Silveira Rio Grande do Sul 14/12 Cláudia Santa Catarina 20/10 Regina Gualda 6. Assuntos gerais Maria do Carmo apresentou aos presentes a publicação “Construindo a Agenda 21 Local” e disse que o MMA também está elaborando um vídeo sobre o assunto. Regina Gualda comunicou que o Brasil irá sediar a reunião de ministros preparatória para a Rio + 10 quando deveremos apresentar a Agenda 21 Brasileira. Salientou a importância de reunirmos experiências de desenvolvimento sustentável que demonstrem a evolução do país rumo à sustentabilidade.
ATA da décima sétima Reunião da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional - CPDS I – Pauta de Trabalho A reunião foi realizada no Ministério do Meio Ambiente, no dia 06 de julho de 2000. Foram abordados os seguintes itens de pauta: Abertura. Aprovação da Ata da 16ª Reunião. Comentários evento de 08 de junho. Apresentação e debate da estratégia de debates estaduais:   Termos de Cooperação com estados e instituições de fomento. Calendário. Formulário para recebimento de contribuições. Formato dos debates estaduais.   Estratégia de mídia para a segunda fase do processo de elaboração da Agenda. Assuntos gerais.   II – Participantes   Membros Governamentais: José Carlos Carvalho (MMA), Regina Gualda (MMA), Cláudia da Borba Maciel (Assessoria Especial da Presidência da República), Luiz Carlos Joels (MCT), Everton Vieira Vargas (MRE).   Membros Não Governamentais: Beatriz de Bulhões (CEBDS), Juca Ferreira (Fundação Onda Azul), Rubens Born (Fórum Brasileiro de ONG’S e Movimentos Sociais), Aspásia Camargo (Fundação Getúlio Vargas), Roberto Cavalcanti (UNB).   Outros: Maria do Carmo Bezerra, Marcia Facchina.   III – Decisões Relativas aos Itens de Pauta 1. Abertura: Dr. José Carlos Carvalho. 2. Aprovação da Ata da 16ª Reunião. A Ata foi aprovada sem emendas. 3. Comentários evento de 08 de junho. Juca Ferreira elogiou o discurso do Ministro Sarney Filho e comentou que o público presente estava representativo da sociedade como um todo. José Carlos Carvalho lamentou que as tentativas de inserir um pronunciamento da sociedade no evento não lograram êxito. Ministro Everton disse, que tanto o discurso do Ministro Sarney Filho quanto o do Presidente Fernando Henrique Cardoso foram benéficos para a imagem do país no exterior. Que na Rio + 10 o Brasil terá uma oportunidade ímpar de se colocar como quem realizou um debate, um processo democrático. Rubens Born colocou, que apesar de todo o esforço do MMA, deveríamos ter aproveitado melhor o “day after”, que o desafio agora é colocar o processo para fora da CPDS. 4. Apresentação e debate da estratégia de debates estaduais Regina Gualda fez uma rápida apresentação do formato desenhado para os debates estaduais e salientou que a mobilização das ONGs e do setor produtivo deve contar com o apoio dos membros da Comissão. Maria do Carmo ressaltou que os estados têm recebido com entusiasmo a idéia de debater a Agenda e que a secretaria executiva nos contatos com os parceiros nos estados, tem deixado bastante claro que o momento é de colher a visão estadual sobre as estratégias elaboradas para a Agenda Brasileira e que as contribuições não serão individuais e sim de setores/instituições. José Carlos Carvalho salientou que é preciso monitorar o grau de interesse dos estados para que, quando necessário, a Comissão possa interferir para melhorar a qualidade dos debates. Quanto ao período eleitoral, que coincide com as discussões nos estados, o secretário disse que as discussões dos candidatos estarão voltadas para políticas e problemas locais. Politizar a Agenda 21 é um fator positivo, mas, é importante estar atento para que essas discussões locais não contaminem negativamente o debate da Agenda. Aspásia Camargo disse que a Comissão deve induzir os debates. As instituições estão fracas, não conseguem responder aos estímulos. É preciso identificar as lideranças, as pessoas que movem a máquina. Considera que além do formulário deveríamos preparar um questionário para colhermos outras informações para aproveitar a mobilização e, também, que devemos preparar um “dossiê” com análises sobre assuntos de grande interesse (convenções internacionais, energia renovável) para informar melhor os setores, inclusive a mídia. Com base nessa última colocação os participantes acordaram que os encontros regionais necessitam de apoio de consultores e da CPDS, para assegurar que as questões regionais essenciais não fiquem de fora da Agenda quando da consolidação do documento final. Rubens Born sugeriu algumas mudanças no formulário de apresentação de contribuições. Detalhar melhor as demandas de cada campo. Ficou definido que as visitas aos estados devem contar com a presença de membro da Comissão e que a equipe técnica (secretaria executiva) deverá preparar relatórios das visitas com cópia das matérias publicadas na imprensa de cada estado. Outra definição desta reunião diz respeito ao levantamento de boas práticas de desenvolvimento sustentável. A idéia é realizar o levantamento paralelamente a elaboração da Agenda para ilustrar o documento final. Foi destacada a importância de explicar as relações entre Agenda 21 Global, Nacional e Local. Na oportunidade os presentes foram informados que o MMA está elaborando um vídeo e um documento técnico com informações básicas sobre agendas locais. Discutiu-se a importância da CPDS visitar organizações internacionais, universidades, confederações, e outras instituições, para divulgar o processo de elaboração da Agenda 21 Brasileira. 5. Estratégia de mídia para a segunda fase do processo de elaboração da Agenda. Embora exista consenso sobre a importância da mídia no processo da Agenda 21 Brasileira, não houve tempo suficiente para a discussão da estratégia a ser adotada. 6. Assuntos gerais Aspásia Camargo comunicou que já está disponível o último vídeo da série sobre agenda 21, tema - desertificação e que escreveu artigo publicado pela revista World Watch. Rubens Born falou sobre a revista Ligação, da Sabesp, que está publicando texto sobre a Agenda brasileira.
ATA da décima sexta Reunião da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional - CPDS I - Pauta de Trabalho   A reunião foi realizada no Ministério do Meio Ambiente, no dia 27 de abril de 2000. Foram abordados os seguintes itens de pauta:   Abertura. Aprovação da Ata da 15ª Reunião. Debate da proposta contida no Termo de Referência para divulgação e discussão do documento Agenda 21 Brasileira Bases para Discussão.   II - Participantes   Membros Governamentais: Regina Gualda (MMA); Ariel Garces Pares (MP); Maria Luiza Braz Alves (MCT); Benedicto Fonseca Filho (MRE)   Membros Não Governamentais: Beatriz de Bulhões (CEBDS); Juca Ferreira (Fundação Onda Azul); Muriel Saragoussi (Fórum Brasileiro de ONGS e Movimentos Sociais).   Outros: Maria do Carmo Bezerra, Marcia Facchina, Vanessa Brito (MMA).   III - Decisões Relativas aos Itens de Pauta   Abertura: Dra. Regina Gualda. Aprovação da Ata da 15ª Reunião. A Ata foi aprovada sem emendas. Debate da proposta contida no Termo de referência para divulgação e discussão do documento Agenda 21 Brasileira Bases para Discussão.   O termo de referência, resultado da reunião do grupo de trabalho da Comissão para discutir a estratégia de divulgação e discussão do documento “agenda 21 Brasileira – Bases para Discussão, realizada no Ministério do Meio Ambiente em 30 de março do corrente ano, apresentou a proposta de discussão do documento em nível estadual para, em segundo lugar, debater as decisões dos estados em um encontro regional. Essa proposta foi considerada como um avanço pela Comissão. Entretanto, com o debate de cada item, algumas modificações foram adicionadas. A principal alteração diz respeito ao papel do MMA, que, de acordo com a Comissão, deverá monitorar de perto os debates estaduais. Ou seja: o MMA deverá estar junto com estados e parceiros regionais na organização e realização dos eventos nos estados. Nesse sentido, os encontros regionais passarão a ter caráter de reunião de trabalho onde serão consolidadas as propostas oriundas dos debates estaduais. Com base nessas modificações cada debate estadual e cada encontro regional deverá ter um relator. Outro ponto que obteve concordância de todos diz respeito ao monitoramento da distribuição e divulgação do documento Agenda 21 Brasileira Bases para Discussão, nos estados, para que todos os setores sejam realmente envolvidos. Outra definição importante diz respeito à necessidade de deixar claro aos estados, durante a primeira visita, que não é mais o momento de discutir-se diagnósticos. O objetivo principal dos debates é colher a visão estadual sobre a Agenda 21 Brasileira. O formato do debate no que se refere à apresentação das propostas contidas no documento Bases para Discussão durante os debates estaduais, foi destacado como importante para o sucesso dos eventos merecendo maior detalhamento. Dra. Muriel colocou que será necessário definir-se a forma de apresentação das sugestões ao documento por parte dos diferentes atores que irão participar do processo. Isso irá contribuir para o recebimento de idéias acabadas e não de sentimentos vagos. Dr. Juca Ferreira concordou com a importância da metodologia para a condução dos debates e, sobretudo, que os parceiros estaduais e regionais entendam a necessidade de envolver os diferentes atores sociais visto que a sustentabilidade é multidisciplinar. Dra. Regina solicitou a Dra. Muriel que enviasse à Secretaria da Comissão sugestões de formatos a serem utilizados para o recolhimento das contribuições. Em relação ao documento Agenda 21 Brasileira Bases para Discussão, todos concordaram com a importância do lançamento ser feito pelo Presidente da República durante a semana do meio ambiente. Juca Ferreira salientou que o evento deverá ter repercussão na mídia.
ATA DA DÉCIMA QUINTA REUNIÃO DA COMISSÃO DE POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E DA AGENDA 21 NACIONAL - CPDS I - PAUTA DE TRABALHO     A reunião foi realizada no Ministério do Meio Ambiente, no dia 29 de fevereiro de 2000. Foram abordados os seguintes itens de pauta:     Abertura. Aprovação da Ata da 14ª Reunião. Apresentação do texto da introdução do documento "Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussão", com as emendas sugeridas pelos membros da Comissão. Apresentação do documento "Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussão" revisado para publicação. Discussão sobre o lançamento do documento "Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussão" (data, local, formato do evento e estratégia de discussão regional). Assuntos Gerais.     II - PARTICIPANTES     Membros Governamentais: José Carlos Carvalho e Regina Gualda (MMA); Ariel Garces Pares (MP); Luiz Carlos Joels (MCT); Maria Rita Fontes Faria (MRE); Claudia de Borba Maciel (Assessoria Especial da Presidência da República).     Membros Não Governamentais: Beatriz de Bulhões (CEBDS); Juca Ferreira (Fundação Onda Azul); Roberto B. Cavalcanti (UnB).     Outros: Maria do Carmo Bezerra, Marcia Facchina, Vanessa Brito (MMA).   III - DECISÕES RELATIVAS AOS ITENS DE PAUTA     1. Abertura pelo Secretário José Carlos Carvalho.   2. Aprovação da Ata da 14ª Reunião   A Ata foi aprovada sem emendas.   3. Apresentação do texto da introdução do documento "Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussão", com as emendas sugeridas pelos membros da Comissão.   O texto foi aprovado após algumas solicitações de mudanças/inclusões pontuais, tais como   Substituir "busca da sustentabilidade progressiva" por "busca progressiva da sustentabilidade", como forma de facilitar o entendimento geral. Incluir no texto menção às agendas locais. Dizer que a Agenda 21 Brasileira não substitui os esforços de organização das comunidades na elaboração de agendas locais.   4. Apresentação do documento "Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussão" revisado para publicação.     Secretário José Carlos Carvalho informou que Dra. Aspásia ligou dizendo de sua impossibilidade de comparecer à reunião e mencionou preocupação com o texto referente à mata atlântica, que não está exprimindo o alto grau de degradação da área. Roberto Cavalcanti se prontificou a escrever um parágrafo que colocasse melhor o problema da mata atlântica, inclusive falando sobre os corredores ecológicos. O texto foi entregue à secretaria da Comissão, ao final da reunião, para inclusão no documento. Beatriz Bulhões lembrou que é decisão de reuniões anteriores que as possíveis omissões deveriam ser discutidas na segunda rodada de discussões, seminários. Juca Ferreira manifestou-se favorável a idéia de que o mais importante no momento é dar continuidade ao processo. Todos concordaram.   6. Discussão sobre o lançamento do documento "Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussão" (data, local, formato do evento e estratégia de discussão regional).       Secretario José Carlos informou que o lançamento do documento "Agenda 21 Brasileira - Bases para discussão", deverá ser feito pelo Presidente da República e que o assunto está sendo discutido diretamente pelo Ministro Sarney Filho. Iniciou-se discussão sobre deixar claro que a agenda não é um documento do MMA nem do governo. Juca Ferreira chamou a atenção para que tantos avisos não passassem ao público a impressão de que o documento é um "filho enjeitado". Regina Gualda sugeriu que o documento fosse assinado apenas pela Comissão. Secretário e demais membros concordaram e salientaram necessidade da logomarca da Agenda. Maria do Carmo destacou a importância da Comissão definir a estratégia de discussão e o calendário e, concretizar as parcerias necessárias para viabilizar a realização dos seminários. Lembrou que até o momento foram realizados contatos iniciais com a Sudene e Sudam para os seminários nas regiões nordeste e norte. Regina Gualda solicitou que Ariel Garcês, do Ministério do Planejamento, contatasse o BNDES com o objetivo de demandar apoio financeiro para o evento na região sudeste. Ariel Garcês comprometeu-se a providenciar os contatos com o BNDES e sugeriu que os seminários da agenda poderiam espelhar-se na experiência dos eixos de desenvolvimento. Beatriz Bulhões informou que o setor empresarial irá organizar reuniões setoriais, com FIRJAN - FIESP, etc. Maria do Carmo complementou a colocação dizendo da importância de cada setor realizar encontros para fechar posições sobre assuntos específicos. Regina Gualda destacou a importância de se definir uma metodologia para inserir as contribuições que irão surgir durante os encontros regionais. Sugeriu que o assunto fosse discutido em um grupo de trabalho. Roberto Cavalcanti colocou que Brasília sediará a SBPC, que deverá ser um bom espaço para o setor acadêmico discutir o documento da Agenda.   Secretario José Carlos solicitou que seja realizada grande tiragem do documento "Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussão", 30.000 exemplares, para uma ampla circulação. Disse, também, que seria importante que a Comissão definisse um prazo para fechar calendário e metodologia. Ficou acertado o dia 31 de março como prazo para que cada membro enviasse suas contribuições.   7. Assuntos gerais       Juca Ferreira lembrou que a Comissão precisa decidir mecanismo de renovação de seus membros
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