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Quinta, 21 Junho 2012 19:15
A onda verde da Turma da Mônica
A mais nova aventura dos personagens de Maurício de Sousa mostra como crianças e adolescentes podem contribuir na preservação do meio ambienteSophia GebrimMônica, Cebolinha, Magali, Cascão e outros personagens do cartunista Maurício de Sousa ensinam crianças e adolescentes a entender temas como reciclagem de lixo, aquecimento global e consumo consciente na revista em quadrinhos Turma da Mônica – Cuidando do Mundo. A edição, feita especialmente para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), será lançada com sessão de autógrafos nesta sexta-feira (22/06), às 12h, no Terraço do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, como parte das atividades da Exposição Humanidade 2012.Na aventura, os personagens falam sobre erosão nos rios, lixo descartado de forma incorreta, queimadas, além de poluição, enchentes, aquecimento global e consumo consciente. Mônica e companhia também explicam o que é a Rio+20 e como a conferência influenciará a busca global pela sustentabilidade nos próximos anos. Por fim, os personagens mostram a diferença entre lixo úmido e seco, com foco na questão social, já que a reciclagem é um ponto de inclusão social, que gera renda às famílias carentes que vendem o material coletado para empresas de reciclagem.BRINCANDO COM O TEMA"Quando tratamos de temas tão importantes e atuais como meio ambiente e sustentabilidade, vejo que a melhor forma de levar esses assuntos ao leitor é brincando um pouco com o tema, de maneira leve e criativa, ao mesmo tempo explicando pontos relevantes com conteúdo", explica Maurício de Sousa. Para o cartunista, crianças e adolescentes adultos são o público-alvo da revista. "Ensinar brincando é mais fácil para gravar, soa melhor e fica na mente das pessoas, promovendo um ensino de forma lúdica", afirmou.Ao ser questionado sobre o papel da Rio+20 para o desenvolvimento sustentável do planeta, o artista diz que o propósito da cúpula dos chefes de Estado e governo, no seu ponto de vista, vai além das decisões à curto, médio e longo prazos. "Acho que o grande resultado que teremos do evento são os inúmeros debates com a participação em peso da sociedade e dos líderes governamentais".Desde a década de 1960 Maurício de Sousa cria as revistas e gibis voltados para o público infantil, mas que também fazem sucesso entre adultos. Para o artista, a visão das crianças de hoje sobre o meio ambiente é mais "pura e verdadeira" do que a de muitos adultos. Conforme ele destaca, as crianças não têm preconceitos, não têm ligação com interesses alheios, são seres livres, alegres, espetos e esperançosos quanto ao futuro do planeta. "Por isso acredito que daqui 20 anos as próximas discussões ambientais terão outra cara, cada vez mais conscientes e preocupadas com o futuro da humanidade", disse o cartunista que ressaltou, ainda, que as crinaças de hoje são os cidadãos sustentáveis dos próximos anos.PROPOSTA INOVADORAMaurício de Sousa também adianta parte do projeto que ele está desenvolvendo em parceria com pesquisadores japoneses e que trata da criação da Usina de Lixo do Cascão. A ideia é implantar, nas principais cidades brasileiras, usinas de tratamento de lixo, contribuindo, dessa forma, para o fim dos lixões no Brasil. "Já temos unidades dessas usinas em fase experimental no Japão".A preocupação social também foi defendida pelo cartunista no projeto. Conforme ele explica, a ideia é fortalecer a cadeia dos catadores de lixo e não deixá-los sem trabalho com o fim dos lixões. "As milhares de pessoas que hoje vivem da reciclagem poderão vender o material para a usina, que irá tratar esse material da forma mais limpa possível", explicou. Como resultado, finaliza, será produzido por essas usinas adubo e energia, sem poluir o meio ambiente e contribuindo com a sustentabilidade social e ambiental do planeta.
Quinta, 21 Junho 2012 18:50
MMA e FAO assinam acordo
Objetivo é identificar experiências de sucesso na área agroambiental, envolvendo o Brasil e outros países da América Latina e CaribeSophia GebrimA ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano, assinaram, na tarde dessa quarta-feira (20/06), no Rio Centro (Rio de Janeiro), projeto de cooperação para o fortalecimento das políticas agroambientais em países da América Latina e Caribe. A agenda faz parte das atividades paralelas à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20).O objetivo da cooperação é identificar experiências de sucesso na área agroambiental, envolvendo Brasil e países da América Latina e Caribe onde essas políticas apresentaram melhores resultados. A documentação, a sistematização e a validação das boas políticas e práticas agroambientais, bem como o intercâmbio das lições aprendidas, possibilitarão exemplos concretos de experiências exitosas que poderão ser adaptadas e implementadas de acordo com os contextos de cada país. Para isso, o governo brasileiro irá destinar, inicialmente, US$ 300 mil para a ação.EXPERIÊNCIASNo âmbito do Ministério do Meio Ambiente, as ações ligadas ao projeto serão desenvolvidas pela Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR). Para o secretário Paulo Guilherme Cabral, responsável pela área, esse é um importante passo para um trabalho de integração com a FAO, especialmente agora que a Organização conta com um diretor brasileiro. "Com a parceira será possível identificar boas experiências de políticas agroambientais que podem contribuir na erradicação da fome e miséria e enfrentamento da pobreza no Brasil e países da América Latina e Caribe", salienta.Cabral ressalta como desafios do projeto, a necessidade de ampliar o debate sobre lições aprendidas no contexto da segurança alimentar, desenvolvimento rural sustentável e pobreza. Ele também destaca como fundamental a participação de assessores de políticas, pesquisadores e sociedade civil nos debates propostos pelo projeto de cooperação. "Para isso, o projeto irá gerar espaços interativos para difusão, informação e diálogo permanente sobre as políticas e iniciativas agroambientais com participação e comunicações entre diversos grupos de interesse e público em geral", finaliza.
Quinta, 21 Junho 2012 18:47
Mercosul reafirma agenda ambiental
Na região, como em todo o mundo, as ações são fragmentadas. Trabalhando em conjunto, os países obterão melhores resultadosLucas TolentinoO governo federal reafirmou o acordo de cooperação com os países do Mercosul e com Chile para implantar uma agenda ambiental comum na região. A reiteração do pacto ocorreu na tarde desta quinta-feira (21/06), durante reunião realizada no Parque dos Atletas, no Rio de Janeiro, integrante da programação da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20).O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Francisco Gaetani, participou do encontro, que contou com a participação da subsecretária de Desenvolvimento Sustentável da Argentina, Silvia Revora, do chefe do Departamento Internacional de Meio Ambiente do Chile, Luiz Javier Garcia, e de representantes da sociedade civil.A cooperação entre os país foi apontada por Gaetani como uma das principais formas de alcançar medidas efetivas de preservação. "No Mercosul, assim como em todo o mundo, o processo tem sido muito fragmentado", afirmou. "Haverá uma agenda ambiental intensa e permanente pela frente. Será essencial trabalhar em conjunto", acrescentou o secretário-executivo do MMA.CAMINHO CERTOOs representantes dos países vizinhos reforçaram a importância do pacto de cooperação. "Vejo que o compromisso entre o país está bastante firme e nos leva para o caminho correto", afirmou Silvia Revora, da Argentina. "Já houve exemplos de que, unindo forças, alcançamos êxito nas nossas ações", declarou Luiz Javier Garcia, do Chile.O primeiro acordo foi firmado durante a 14ª Reunião de Ministros do Meio Ambiente do Mercosul e do Chile como Estado Associado, em novembro passado, na capital uruguaia Montevidéu. O objetivo foi pontuar as "Contribuições para o processo preparatório da Cúpula da Rio+20". Com a reiteração do pacto, ficou definido que a agenda ambiental em implantação terá como eixos estratégicos as águas, os resíduos e as mudanças climáticas. Além disso, a intenção é promover o desenvolvimento sustentável associado ao combate à pobreza.
Quinta, 21 Junho 2012 11:08
Brasil e EUA firmam parceria
Objetivo é identificar, integrar e impulsionar ações sustentáveis na área de infraestrutura urbana. Inicialmente os trabalhos estão centrados em duas cidades: Rio de Janeiro e Filadélfia.Camilla ValadaresO espaço dos Estados Unidos no Parque dos Atletas (Rio de Janeiro) foi sede do evento Reinvestindo em Nossas Comunidades: a Iniciativa Conjunta Brasil-EUA para Sustentabilidade Urbana. Também conhecida como JIUS – do inglês Joint Initiativeon Urban Sustainability. A parceria público privada foi lançada em agosto de 2011 pela presidenta Dilma Rousseff e pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.O objetivo da iniciativa é servir como uma plataforma para identificar, integrar e impulsionar ações sustentáveis na área de infraestrutura urbana. Inicialmente os trabalhos estão centrados em duas cidades, uma brasileira e uma norte-americana: Rio de Janeiro e Filadélfia. Os setores foco da JIUS são: gestão de lixos; gestão de água e qualidade da água; transporte, qualidade do ar e energias renováveis; comunidades e programas sociais; alcance público e participação pública; financiamento; políticas locais, estaduais e nacionais.PRESENTE E FUTURODurante o evento realizado no espaço organizado pelo Comitê Nacional Organizador da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), o secretário de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, Pedro Wilson Guimarães, destacou a importância da iniciativa no contexto da agenda da conferência. "Se não olharmos o presente não teremos futuro", ressaltou. "Temos que fazer nosso dever de casa".Também esteve presente a administradora da Agência de Proteção Ambiental dos EUA, Lisa P. Jackson. Para ela os, governos sozinhos não podem dar conta dos desafios. Por isso é fundamental o trabalho feito no âmbito do JIUS de articular com outros setores da sociedade.
Quinta, 21 Junho 2012 11:06
Ministra analisa documento final
Mensagem sinaliza os novos caminhos de convergência da agenda de desenvolvimento sustentável para questões relacionadas à mundança do clima e biodiversidadeAlethea MunizA ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, comentou, nesta quarta-feira (20/06), em coletiva de imprensa, alguns pontos do documento aprovado na Conferência das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).Ao lado do embaixador Luiz Alberto Figueiredo, ela abordou os aspectos que considera essenciais no documento aprovado.A ministra destacou que a conferência do Rio de Janeiro assegura um documento para tomada de decisão, que sinaliza os novos caminhos de convergência da agenda de desenvolvimento sustentável para questões relacionadas à mundança do clima e biodiversidade. Além disso, mantém todo o legado de 1992, quando reunião semelhante se realizou na capital fluminense.SOLIDEZ"Negociamos caminhos sólidos. O documento não somente adota os Objetivos de Desenvolvimento, como estabelece tempo para cumprí-los", disse a ministra. "Esse documento adota a decisão de estabelecer novos critérios de mensuração de riqueza do planeta, contemplando critérios ambientais".Izabella Teixeira destacou, ainda, outros pontos essenciais do documento, como a erradicação da pobreza no mundo, a questão racial e a resposabilidade social da iniciativa privada. "Pela primeira vez se adota critério de igualdade racial em um texto da Conferência. E essa foi uma iniciativa do Brasil", afirmou. Outra prioridade diz respeito ao debate sobre oceanos. "Nós ampliaremos o patamar de proteção das áreas marinhas e costeiras", acrescentou.
Quarta, 20 Junho 2012 17:18
Acre tem plano de recursos hídricos
Com apoio do MMA, serão executadas 25 ações prioritárias, como a formação de organismos de bacias hidrográficas, a implantação da rede de monitoramento da qualidade da água e a instituição do programa de conservação e recuperação de nascentes e matas ciliares.Lucas TolentinoO secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Pedro Wilson Guimarães, participou, na manhã desta quarta-feira (20/06), do lançamento do Plano Estadual de Recursos Hídricos do Acre. O anúncio foi feito no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, durante o seminário "Faça do Acre a sua Floresta", dentro da programação de eventos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20).Por meio de convênio, o MMA prestou acompanhamento técnico e forneceu recursos financeiros que contribuíram para a elaboração do primeiro plano da Região Norte voltado para o assunto, que estabelece 25 ações prioritárias. Entre elas, a formação de organismos de bacias hidrográficas, a implantação da rede de monitoramento da qualidade da água e a instituição do programa de conservação e recuperação de nascentes e matas ciliares.A preservação dos recursos hídricos foi lembrada por Pedro Wilson como uma das medidas de maior importância a serem tomadas no país. "Este é o século da água. Temos que olhar para os recursos disponíveis e promover o desenvolvimento sustentável. É preciso crescer, incluir e proteger", afirmou. "O plano é um exemplo da luta de todos a população para a construção de um futuro melhor."NOVA POLÍTICAO secretário-geral adjunto da Organização das Nações Unidas (ONU), Carlos Lopes, acredita que a criação dos planos estaduais de recursos hídricos representam uma mudança na política ambiental do país. "Um documento como esse mostra que uma nova concepção de sociedade passa a ser adotados por todos", declarou.Para o ministro do Meio Ambiente da Itália, Conrado Clini, iniciativas como a elaboração do plano estadual trazem benefícios em uma escala global. "O que está sendo feito é relevante para todos e mostra que o Brasil está trabalhando pelo desenvolvimento, ao mesmo tempo em que promove a proteção dos recursos naturais", explicou.O lançamento do documento contou ainda com a participação do presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho, do governador do Acre, Tião Viana, e do prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim, além de integrantes do governo estadual e de deputados federais e senadores.
Terça, 19 Junho 2012 21:56
Bachelet e o desafio de gênero
A agenda das mulheres foi tema de evento promovido no Riocentro na programação paralela da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.Camilla ValadaresDurante o evento "O Futuro que as Mulheres Querem – Equidade de Gênero e Empoderamento das Mulheres para o Desenvolvimento Sustentável", a ex-presidenta do Chile Michelle Bachelet falou hoje que o mundo ainda enfrenta o desafio da inclusão da mulher. Para ela, ainda é preciso avançar na garantia do acesso aos direitos básicos, mas também à tecnologia e condições mais igualitárias em relação aos homens. O evento foi promovido pela ONU Mulheres na tenda de eventos da sociedade civil no Riocentro, Rio de Janeiro – RJ, como parte da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira também participou do evento e destacou que a agenda da pasta tem forte presença de iniciativas para promoção da equidade de gênero. Em relação à agenda de negociações da Rio+20, a ministra declarou que "temos que ter uma dupla jornada de esforços: manter as conquistas e avançar em novos desafios".O Ministério do Meio Ambiente, por meio de sua Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC) tem promovido ações para o fortalecimento da agenda socioambiental contemplando as questões de gênero. Entre as iniciativas está a capacitação de mulheres sobre sustentabilidade para incidência nas mudanças nos padrões de consumo – um dos compromissos firmados pelas nações para a implementação do desenvolvimento sustentável.
Terça, 19 Junho 2012 21:52
Cerrado ganha 8,5 milhões de euros
Recursos doados pelo governo alemão serão destinados para prevenção e combate aos incêndios florestais e queimadas irregulares no JalapãoAlethea MunizA prevenção, o controle e o monitoramento das queimadas irregulares e de incêndios florestais no cerrado receberão um reforço de 8,5 milhões de euros. Os recursos foram doados pelo governo alemão para o projeto Cerrado Jalapão e serão gerenciados pela Caixa Econômica Federal, que executará a parte financeira do projeto, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente.A parceria foi assinada nesta terça-feira (19/06), no Rio de Janeiro, pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e pelo vice-presidente deFundos de Governo e Loterias da Caixa, Fabio Ferreira Cleto. Desse total, 2,5 milhões de euros serão para cooperação técnica, por meio da agência de cooperação alemã GIZ, e outros 6 milhões para a cooperação financeira, por meio do banco alemão KfW.CAPACITAÇÃOOs recursos serão investidos no aprimoramento da gestão das unidades de conservação que compõem a região do Jalapão, no Tocantins. Entre as prioridades estão a prevenção e combate aos incêndios, a capacitação dos agricultores locais para substituição do uso do fogo na agricultura e manejo de pastagens, além da formação de brigadas de combate aos incêndios.Com esses recursos também serão desenvolvidos dois sistemas: o primeiro será de monitoramento de áreas queimadas; o segundo,de detecção do desmatamento em tempo real, similar ao que existe hoje para a Amazônia (DETER). Eles serão desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em parceria com o Instituto do Brasileiro do Meio Ambiente e Recuros Naturais Renováveis (Ibama) IBAMA e com o Instituto Chico Mendes (ICMBio).O projeto foi aprovado na Iniciativa Internacional de Proteção ao Clima 2011 do Ministério Federal do Meio Ambiente, da Proteção da Natureza e da Segurança Nuclear da Alemanha (BMU). A efetivação se dará sob a coordenação do Departamento de Políticas para o Combate ao Desmatamento (DPCD/MMA).QUEIMADASNo bioma cerrado, o fogo é bastante disseminado para o manejo agropecuário no meio rural. No meio urbano é usado "ilegalmente" para limpar o terreno, queimar o lixo e aparas de jardim. Esse uso foi responsável, no ano passado, pelo incêndio ocorrido no Jardim Botânico de Brasília, que queimou mais de 70% da sua área."Esses incêndios resultam em poluição do ar, emissões de gases de efeito estufa, empobrecimento do solo, erosão, morte de animais silvestres, redução da biodiversidade e de espécies da flora nativa", explica o diretor do Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento do MMA, Francisco Oliveira. "Os prejuízos são ainda mais graves quando o incêndio ocorre nas unidades de conservação, anualmente atingidas pelo fogo proveniente das propriedades vizinhas".O cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, ocupando uma área de mais de 2 milhões de hectares, aproximadamente 24% do território nacional. A fauna possui cerca de 2,5 mil animais, entre os quais a onça pintada, lobo guará, tamanduá-bandeira, tatu-canastra, veado campeiro e a coruja buraqueira. Mais de 10 mil espécies vegetais já foram identificadas por cientistas. Entre as mais conhecidas está o ipê, angico, jatobá, paineira, canela de ema, buriti, ingá e quaresmeira.
Terça, 19 Junho 2012 21:50
Ministra festeja atuação do Brasil
Documento final da Rio+20 inclui várias contribuições do país, como o fortalecimento do PNUMA, a criação, na ONU, de uma instância de alto nível para tratar de desenvolvimento sustentável e a proteção dos oceanos.Camilla ValadaresA ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou nesta terça-feira (19/06) que boa parte dos pontos defendidos pelo Brasil na agenda de desenvolvimento sustentável está contemplada na versão do que será conhecida como a declaração final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Os negociadores oficiais dos 193 paísesparticipantes do evento fecharam o texto que será a base para a deliberação final dos chefes de Estado, na próxima sexta-feira (22/06).Em coletiva de imprensa, foram anunciados os principais pontos do texto, após um processo marcado por dificuldades de consenso."Recebemos um texto 40% fechado e conseguimos fechar consenso pelos 193 países participantes", declarou o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.MULTILATERALISMOEntre os temas presentes na declaração final, que também estavam na contribuição brasileira, estão o piso social com critérios de desenvolvimento sustentável, o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a criação de uma instância de alto nível para tratar de desenvolvimento sustentável no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), os objetivos do desenvolvimento sustentável e a proteção dos oceanos. Os negociadores passaram a madrugada de segunda para terça-feira concluindo o relatório, que hoje possui 49 páginas.Patriota destacou que as negociações representaram uma vitória do multilateralismo e que o Brasil assumiu o papel de liderança comunidade internacionak. A ministra Izabella Teixeira também enfatizou o sucesso dos debates, inclusive por terem sido concluídos no prazo previsto.
Terça, 19 Junho 2012 19:25
Alemanha elogia ação do Brasil
Ministro germânico do Meio Ambiente diz que o governo brasileiro tem se mostrado eficiente nas negociações da Rio+20 e na implantação de políticas para o setor.Lucas TolentinoAs políticas e iniciativas brasileiras para a preservação do meio ambiente se tornaram alvo de elogios do governo alemão. O assunto foi abordado durante o debate "Fundo Verde para o Clima: financiamento do crescimento verde", realizado na tarde desta terça-feira (19/06) no Parque dos Atletas, no Rio de Janeiro. O evento faz parte da programação da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).O secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Carlos Klink, integrou a mesa de discussões. Na opinião dele, a redução no desmatamento na Amazônia é um dos principais fatores que dão visibilidade ao Brasil. "Alcançar os índices nessa velocidade tem um impacto global enorme e mostra que é possível atingir metas estabelecidas a nível mundial", afirmou.Para o ministro do Meio Ambiente da Alemanha, Peter Altmaier, o governo brasileiro tem se mostrado eficiente nas negociações da Rio+20 e na implantação de políticas para o setor. "Estou bastante otimista com o papel desempenhado pelo Brasil", declarou. "É difícil conciliar os interesses envolvidos na conferência. O importante é discutir o desenvolvimento, o meio ambiente e as mudanças climáticas de maneira integrada."ESTÍMULOO Fundo Verde para o Clima foi estabelicido para estimular o crescimento sustentável em todo o mundo e apoiará a redução de emissões de carbono e outras medidas nos países em desenvolvimento. No entanto, ainda não foi definido de onde virão os recursos que financiarão a iniciativa.De acordo com Carlos Klink, as parcerias público-privadas como principal meio de executar políticas de preservação. "Essa combinação é muito significante", afirmou. "O Brasil é, hoje, perfeitamente capaz de atingir as metas estabelecidas e ter bons resultados no desenvolvimento sustentável."Além de Klink e do ministro alemão, o debate contou ainda com a participação de palestrantes como o presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, Rajendra Pachauri, da Índia, e o ex-ministro de Água e Energia de Ruanda Albert Butare.