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COP-14: a experiência brasileira em ABS

Na Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, no Egito, MMA apresenta estratégia do país para alcançar resultados positivos em Acesso e Repartição de Benefícios.
Publicado: Terça, 20 Novembro 2018 16:32 Última modificação: Terça, 20 Novembro 2018 18:17
Crédito: Paulo de Araújo/MMA Institutos de pesquisa e universidades estão entre os usuários de recursos genéticos no país Institutos de pesquisa e universidades estão entre os usuários de recursos genéticos no país
Brasília – A experiência brasileira em Acesso e Repartição de Benefícios – ABS (da sigla em inglês) e as parcerias inovadoras para administrar grandes áreas marinhas protegidas foram temas de side events (eventos paralelos) na programação da 14ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-14), realizados nessa segunda-feira (19). Com o tema geral “Investindo em biodiversidade para as pessoas e o Planeta”, a conferência ocorre em Sharm El Sheikh, no Egito, até o dia 29.
 
ABS editedO Brasil apresentou as inovações e os resultados alcançados com a experiência em ABS. O evento também teve por objetivo oferecer cooperação técnica aos países que ainda não possuem políticas na área. O país é pioneiro no estabelecimento de regulamentações sobre o acesso aos recursos genéticos e ao conhecimento tradicional associado, bem como à partilha justa e equitativa dos seus benefícios.
 
O side event foi organizado pelo Ministério do Meio Ambiente e teve como palestrante o presidente do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN) da pasta, Rafael Marques. Participaram também os representantes da Confederação Nacional da Indústria, Elisa Romano, do Conselho Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais, Cláudia Pinho e da Fundação Oswaldo Cruz, Manuela Silva, representando também a academia. O moderador foi o diretor do Departamento de Patrimônio Genético do MMA, Henry Novion.
 
De acordo com Rafael Marques, a estratégia brasileira deve ser a de integrar as políticas de desenvolvimento da bioeconomia às políticas de conservação ambiental. “O novo marco legal da biodiversidade já mostra resultado nessa direção”, afirmou.
 
FUTURO PROMISSOR
 
Em sua participação no Segmento de Alto Nível da COP-14, entre os dias 14 e 15, o ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, afirmou que a repartição de benefícios de produtos manufaturados e processos derivados de Pesquisa e Desenvolvimento oriundos de recursos genéticos representam um futuro promissor para o país. Ele lembrou que o Brasil atualizou seu marco regulatório em ABS com o objetivo de estimular o uso sustentável, consciente e transparente. “A legislação brasileira estabelece regras claras de repartição de benefícios, prevendo que 1% da receita líquida anual obtida a partir da exploração econômica do produto acabado seja repartida por instrumentos monetários ou, diretamente, por meio de ações das empresas para a conservação da biodiversidade”, explicou o ministro.
 
ÁREAS MARINHASside event edited

O Brasil também teve participação de destaque no side event que abordou o tema Parcerias inovadoras para administrar grandes áreas marinhas protegidas. A discussão deu uma visão geral dos esforços do Brasil e também do México para gerenciar as grandes áreas marinhas protegidas recentemente criadas.
 
A Meta 11 de Aichi, que trata da proteção dos ecossistemas marinhos e terrestres pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservacao da natureza (SNUC) e outras medidas de conservação baseadas em área (OMECs), estabelece que pelo menos 10% das áreas costeiras e marinhas devem ser conservadas.
 
O país tem hoje 26,34% e o México, 22,3% de seu território marinho sob proteção. De acordo com os técnicos dos dois países, o desafio agora é garantir que as grandes áreas sejam efetivamente protegidas e monitoradas. Para tanto, com o apoio do Global Environment Facility (GEF), ambos estão promovendo parcerias inovadoras entre agências ambientais e fiscalizadoras.
 
A diretora do Departamento de Ecossistemas do Ministério do Meio Ambiente, Ana Paula Prates, destacou que, em função do Projeto Áreas Protegidas Marinhas e Costeiras financiado pelo GEF (GEF Mar), o Brasil expandiu sua superfície marinha protegida e também está em processo de estabelecer o “Fundo Azul”, um mecanismo de financiamento que visa apoiar o sistema de áreas protegidas para garantir sua sustentabilidade a longo prazo.
 
Ana Paula Prates enfatizou, também, a cooperação entre a Marinha do Brasil e o Ministério do Meio Ambiente como fundamental para promover a conservação marinha e costeira e reforçar a soberania nacional.
Em relação aos ecossistemas terrestres, o Brasil hoje possui 18% de sua área em unidades de conservação, superando a cobertura de 17% proposta pela meta 11.
 
GEF MAR 2

O Brasil está propondo a execução do projeto GEF-Mar 2, com o objetivo de reforçar e expandir os esforços contínuos para proteger e administrar os extensos ambientes costeiros e marinhos do Brasil, além da rica biodiversidade e serviços ecossistêmicos que eles apoiam. Com isso, é possível promover o surgimento de uma economia azul sustentável e equitativa, além de fortalecer a capacidade de implementação e colaboração das partes interessadas brasileiras, apliando o impacto do projeto, a participação e o diálogo em relação a compromissos internacionais assumidos pelo país.
 
A COP 14

A Conferência das Partes (COP) é o principal órgão da Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD, na sigla em inglês) das Nações Unidas. A cada dois anos, os países signatários reúnem-se para firmar pactos e analisar o andamento das metas estabelecidas anteriormente.

A COP estabeleceu sete programas temáticos de trabalho (zona costeira e marinha; águas continentais; agricultura; áreas secas e semiáridas; florestas; montanhas e ilhas), que correspondem a alguns dos principais biomas do Planeta. Para cada temática, são associados visão e princípios básicos para orientar o trabalho futuro.
 
 
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Por: Waleska Barbosa/Ascom MMA
 

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