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Brasil e 114 países se unem pela biodiversidade e ecossistemas

Publicado: Segunda, 16 Dezembro 2013 17:33 Última modificação: Terça, 31 Dezembro 2013 11:07
Crédito: Paulo de Araújo Scaramuzza: falta componente político Scaramuzza: falta componente político
Acordo é um marco importante no longo processo de criação de novo mecanismo internacional

LUCIENE DE ASSIS

Representantes de 115 países de todos os continentes aprovaram o primeiro programa de trabalho da Plataforma Intergovernamental sobre a Biodiversidade e os Serviços Ecossistêmicos (IPBES-2) para o período de 2014-2018. O chamado “Consenso de Antália”” é o resultado das deliberações da Segunda Sessão Plenária da Plataforma IPBES-2, que terminou nesse sábado (14/12), em Antália, Turquia, e foi considerado um marco importante no longo processo de criação desse novo mecanismo internacional.

De acordo com o diretor do Departamento de Conservação da Biodiversidade (DCBio) do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Carlos Alberto Scaramuzza, há novos obstáculos a superar. “Apesar de o conhecimento científico sobre a perda da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos avançar a passos largos, a resposta política ao problema continua a representar um desafio relevante”, afirma. Scaramuzza acredita que a criação de uma plataforma internacional dedicada à interface entre ciência e política atenderá a este desafio.

PROGRAMA DE TRABALHO

O Brasil ofereceu recursos equivalentes a R$ 233 mil para o ano de 2014 com a finalidade de contribuir para a implantação do recém-aprovado programa de trabalho do IPBES. Serão realizadas, no Brasil, reuniões de trabalho regionais ou de suporte técnico com base nas atividades programadas, em cooperação com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), nas competências relacionadas a pesquisa e desenvolvimento.

“Nosso desafio maior será promover, internamente, um forte engajamento nas diferentes instâncias da implementação da IPBES, da comunidade técnica e científica, autoridades regionais, ministérios e agências federais, além de partes interessadas em conservação de biodiversidade, desenvolvimento sustentável, comunidades locais e indígenas”, explica. A implantação dessa plataforma, defende, poderá se constituir em um instrumento efetivo para estabelecer e fortalecer as conexões entre a ciência da conservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos e as políticas públicas.

O Consenso de Antália, segundo o diretor do DCBio, permitirá a elaboração de relatórios temáticos, regionais, sub-regionais e globais, sobre biodiversidade e serviços ecossistêmicos, a partir do envolvimento das comunidades científicas nacionais e internacionais. Ficou decidido, durante a plenária na Turquia, que a IPBES também promoverá atividades de capacitação, geração de conhecimento e o desenvolvimento de metodologias e ferramentas de apoio à adoção de políticas públicas para conservação e uso sust entável da biodiversidade.

O programa de trabalho aprovado prevê a realização de relatórios temáticos sobre temas importantes para o Brasil, tais como polinização e polinizadores associados com produção agrícola; e avaliação dos métodos para formulação de cenários e modelagem de biodiversidade e serviços ecossistêmicos. Foram aprovados, ainda, termos de referência para a criação de três forças tarefas destinadas à capacitação; geração de conhecimento e dados; e conhecimentos tradicionais e indígenas.
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