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Coleções biológicas em debate

Publicado: Quarta, 08 Maio 2013 19:07
Universidades e instituições de pesquisa do Brasil e da União Europeia fazem evento científico

LUCIENE DE ASSIS

Especialistas de universidades e instituições de pesquisa do Brasil e da União Europeia (UE) reúnem-se, nestas quinta e sexta-feira (09 e 10/05), para avaliar o papel das coleções biológicas brasileiras - conjuntos de organismos, ou partes destes, organizados de modo a fornecer informações sobre procedência, coleta e identificação de cada um de seus espécimes - diante do novo cenário desenhado pelo Protocolo de Nagoia, no que se refere ao acesso e repartição de benefícios. O evento, realizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e União Europeia, está inserido no Projeto Diálogos Setoriais Brasil-UE e acontece na Sala de Conferência I da Finatec, na Universidade de Brasília.

Cientistas que integram diferentes instituições de pesquisa querem definir como serão administradas as coleções nacionais a partir da entrada em vigor do Protocolo de Nagoia. De acordo com a diretora do Departamento de Patrimônio Genético (DPG) do MMA, Eliana Gouveia Fontes, as definições contidas no acordo internacional darão maior visibilidade às coleções, com destaque para o papel dos cientistas e pesquisadores que realizam o trabalho de campo: “Eles podem certificar o material das coleções e das espécies, convenientemente identificadas e com origem definida, dando confiabilidade aos dados utilizados pelo setor produtivo, que dificilmente vai a campo fazer as coletas”, explica.

RECONHECIMENTO

A pesquisadora e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Luciane Marinoni, curadora da coleção de entomologia, garante que as coletâneas brasileiras têm grande importância no cenário internacional para o intercâmbio de conhecimentos sobre a biodiversidade nacional em comparação com as armazenadas na Europa, por exemplo. “Precisamos do reconhecimento das espécies brasileiras para termos acesso às coleções europeias”, argumenta.

O papel das coleções biológicas no cenário do Protocolo de Nagoia” é considerado pelos especialistas“de exterma relevância, pois essas coleções promovem a manutenção, fora do habitat natural, de uma parcela representativa da biodiversidade, de importância científica, econômica e social. Além do mais, muitos dos acessos a componentes de recursos genéticos são realizados a partir de coleções mantidas fora do campo ou da floresta. Os organizadores do evento esperam estimular o cadastramento das coleções que ainda não foram registradas no Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN) que, até agora, contabiliza pouco mais de 350.

Confira a programação




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