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Mudança de hábito

Publicado: Terça, 16 Outubro 2012 14:57 Última modificação: Quinta, 18 Outubro 2012 16:04
Crédito: Paulo de Araújo/MMA Mudança de hábito
Separação do lixo doméstico não exige muito tempo das pessoas. E ajuda na sobrevivência de muita gente

Rafaela Ribeiro

Mudar alguns hábitos incorporando pequenas atitudes que envolvem consciência ambiental pode ter um grande impacto na preservação do meio ambiente. Um exemplo disso é a separação do lixo doméstico. No começo, pode parecer trabalhoso, pois envolve uma mudança de postura e um cuidado diferencial com os resíduos, como enxaguar as caixinhas de suco e leite, por exemplo. Mas depois do primeiro passo essa ação passa a ser automática. “Passa a fazer parte da rotina e não leva mais do que 30 segundos”, explica Vera Lúcia de Oliveira, dona de casa que separa o lixo doméstico há alguns anos.

O Dia do Consumo Consciente, comemorado em 15 de outubro, é um incentivo para a sociedade começar essa e outras pequenas mudanças que podem ter grandes resultados: separar o lixo, economizar água, minimizar as emissões de poluentes na atmosfera, comprar apenas o que realmente é necessário e escolher empresas que tenham responsabilidade social e ambiental.

Apesar da coleta seletiva ainda não estar implantada em todos os municípios do país, há, em muitos locais, cooperativas que recolhem os resíduos que são separados nas residências e dão a eles a destinação adequada: a reciclagem. No processo, o lixo é tratado como matéria-prima que será reaproveitada para fazer novos produtos. Além de diminuir a quantidade de lixo que vai para os aterros sanitários, os recursos naturais são poupados, reduz a poluição, além de gerar empregos e renda.

SEM VIDROS E PNEUS

Em Ceilândia, cidade satélite de Brasília, a Associação Recicle a Vida, recebe, em média, 25 toneladas de resíduos por mês. Lá, só não são recolhidos vidros e pneus. Vários catadores da Ceilândia entregam os resíduos coletados nesta associação. Vinte e quatro pessoas trabalham dentro do prédio da associação, recebendo, separando e preparando os resíduos que são prensados e armazenados em fardos e são vendidos para a indústria. Além do lixo doméstico, a Recicle a Vida recebe o lixo de oito escolas, públicas e particulares, de Ceilândia. “Já chegamos a recolher lixo de 14 escolas, mas quando muda a direção algumas pessoas não priorizam a coleta seletiva e abandonam o projeto”, relatou a presidente da Associação Recicle a Vida, Cláudia Maria Alves de Moraes.

Os catadores e a própria presidente da associação visitam casas da região e orientam os moradores na coleta seletiva do lixo, mostrando a importância dessa prática para o meio ambiente e também para essas pessoas que vivem dessa renda. “Muitas casas que nós visitamos passam a entregar os resíduos sempre para a gente, ficam fixas”.

Cláudia já viu a vida de muitas pessoas mudarem graças à coleta desses resíduos: “Aqui tem muito ex-morador de rua, muita gente que não tinha renda, não tinha como se sustentar e agora recebe uma quantia boa, da forma que melhor lhe convier, semanalmente, quinzenalmente ou por mês”. Segundo ela, os catadores recebem, em média, um salário mínimo e meio. “Depende do mês. Tem mês que eles tiram bem mais que isso”.

O QUE É RECICLÁVEL

Pode ser reciclado todo o resíduo descartado que constitui interesse de transformação de partes ou o seu todo. Esses materiais poderão retornar à cadeia produtiva para virar o mesmo produto ou produtos diferentes dos originais. Por exemplo: folhas e aparas de papel, jornais, revistas, caixas, papelão, PET, recipientes de limpeza, latas de cerveja e refrigerante, canos, esquadrias, arame, todos os produtos eletroeletrônicos e seus componentes, embalagens em geral e outros.

Como separar o lixo doméstico?

Não misture recicláveis com orgânicos - sobras de alimentos, cascas de frutas e legumes. Coloque plásticos, vidros, metais e papéis em sacos separados.

Lave as embalagens do tipo longa vida, latas, garrafas e frascos de vidro e plástico. Seque-os antes de depositar nos coletores.

Papéis devem estar secos. Podem ser dobrados, mas não amassados.

Embrulhe vidros quebrados e outros materiais cortantes em papel grosso (do tipo jornal) ou colocados em uma caixa para evitar acidentes. Garrafas e frascos não devem ser misturados com os vidros planos.

O que não vai para o lixo reciclável?
Papel-carbono, etiqueta adesiva, fita crepe, guardanapos, fotografias, filtro de cigarros, papéis sujos, papéis sanitários, copos de papel. Cabos de panela e tomadas. Clipes, grampos, esponjas de aço, canos. Espelhos, cristais, cerâmicas, porcelana. Pilhas e baterias de celular devem ser devolvidas aos fabricantes ou depositadas em coletores específicos.

Outras dicas:

Papéis: todos os tipos são recicláveis, inclusive caixas do tipo longa-vida e de papelão. Não recicle papel com material orgânico, como caixas de pizza cheias de gordura, pontas de cigarro, fitas adesivas, fotografias, papéis sanitários e papel-carbono.

Plásticos:
90% do lixo produzido no mundo são à base de plástico. Por isso, esse material merece uma atenção especial. Recicle sacos de supermercados, garrafas de refrigerante (PET), tampinhas e até brinquedos quebrados.

Vidros: quando limpos e secos, todos são recicláveis, exceto lâmpadas, cristais, espelhos, vidros de automóveis ou temperados, cerâmica e porcelana.

Metais: além de todos os tipos de latas de alumínio, é possível reciclar tampinhas, pregos e parafusos. Atenção: clipes, grampos, canos e esponjas de aço devem ficar de fora.

Isopor: Ao contrário do que muita gente pensa, o isopor é reciclável. No entanto, esse processo não é economicamente viável. Por isso, é importante usar o isopor de diversas formas e evitar ao máximo o seu desperdício. Quando tiver que jogar fora, coloque na lata de plásticos. Algumas empresas transformam em matéria-prima para blocos de construção civil.


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