MMA e instituições internacionais debatem planejamento para ampliação do Sistema de Unidades de Conservação até 2020
Cristina Ávila
As estratégias para a ampliação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc) até 2020 foram um dos assuntos debatidos nesta sexta-feira (15/06), na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que acontece no Rio de Janeiro. A demanda para a ampliação do sistema é de U$115 milhões, sendo que U$ 25 milhões foram garantidos pelo governo da Alemanha.
O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, fez a abertura do encontro, realizado no Parque dos Atletas. "A história da criação de unidades de conservação no Brasil é exitosa, mas tem suas fragilidades", comentou. "O meio ambiente não está mais no gueto, mas precisamos ampliar o debate sobre modelos sustentáveis também com a mídia, com a classe política, com a sociedade em geral".
PARCERIAS
Gaetani ressaltou a parceria, especialmente do governo alemão, e de organismos como o Banco Mundial e de instituições britânicas e holandesas, que contribuíram para as conquistas brasileiras. "As unidades de conservação são a face mais visível das estratégias ambientais do governo brasileiro", afirmou o secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, Roberto Cavalcanti. Ele comentou que estão garantidas nas áreas protegidas as condições ambientais que tornam a vida humana possível no planeta. Citou que as UCs contribuem para se resguardar espécies importantes para o desenvolvimento econômico do país.
A diretora do Departamento de Áreas Protegidas do MMA, Ana Paula Prates, apresentou as estratégias de ampliação e consolidação do Snuc e seus programas, que são os projetos implementados pelo MMA. Um deles foi a LifeWeb, plataforma de captação internacional de recursos. O objetivo é captar U$ 115 milhões, dos quais U$ 25 milhões já foram garantidos pelo governo alemão.
O dinheiro será aplicado no desenvolvimento da eficiência de gestão, para que as unidades de conservação alcancem a sustentabilidade financeira. Também serão realizadas campanhas educativas, para que a sociedade conheça as qualidades do patrimônio natural nacional. Serão também aplicados recursos para que as UCs construam infraestrutura básica e tenham instrumentos como planos de manejo.
EXEMPLO MUNDIAL
A diretora do Departamento de Áreas Protegidas ressaltou a presença de representantes das organizações internacionais. Citou a participação do secretário-executivo da Convenção sobre a Diversidade Biológica, Bráulio Dias, e do chefe da delegação do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) na Rio+20, Gustavo Fonseca. A LifeWeb é iniciativa da CDB e a Alemanha é o seu principal doador.
Fonseca salientou a importância do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Brasil na preservação ambiental, ao citar a premiação do Banco Mundial, no dia 7 de junho, pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, por seu apoio institucional e financeiro ao Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), do MMA.
O Arpa foi selecionado por ser "especialmente notável e de grande impacto", diz o representante do GEF. O programa é responsável pelo apoio a 95 unidades de conservação, que protegem 52 milhões de hectares da Amazônia.
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