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Ciclo de debates: reciclagem e lixões em pauta

Publicado: Terça, 12 Junho 2012 18:34 Última modificação: Quinta, 14 Junho 2012 16:31
Crédito: Paulo de Araújo/MMA Ciclo de debates: reciclagem e lixões em pauta
Para o MMA, Política Nacional de Resíduos Sólidos só terá sucesso se conseguir atrair os catadores de todo o país

Sophia Gebrim

Reciclagem, a situação dos lixões e catadores no Brasil e a Política Nacional de Resíduos Sólidos foram discutidas na tarde desta terça-feira (12/06), durante o Ciclo de Debates Brasil Sustentável – O Caminho para Todos, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) no Espaço Tom Jobim do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O evento, que antecede a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), reúne representantes do governo, sociedade e empresas públicas e privadas.

"Essa discussão sobre os desafios socioambientais da reciclagem no âmbito da Política Nacional de Resíduos Sólidos busca apontar soluções do ponto de vista da capacidade de gestão e do trabalho promovido com catadores de lixo, tornando-os parceiros ambientais", destacou o diretor de Ambiente Urbano da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU) do MMA, Silvano Silvério da Costa. Para ele, mostra-se mais do que necessário para o pleno funcionamento da política, o trabalho de valorização daqueles tratam diretamente com lixo e reciclagem.

DESAFIOS

O prefeito da cidade paranaense de Paranaguá e vice-presidente para Assuntos das Cidades Portuárias da Frente Nacional de Prefeitos, José Baka Filho, apontou os principais desafios das cidades e municípios brasileiros em acabar com os lixões até 2014. "Todos nós temos consciência que os lixões são um enorme problema, uma doença enorme dentro da cidade que gera, além de problemas de ordem ambiental, problemas de ordem burocrática para acabar com ele", salientou.

Também participou das discussões o diretor de Assuntos Governamentais, Comunicação e Sustentabilidade para a Copa do Mundo da Fifa 2014 e Jogos Olímpicos de 2016 e presidente do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), Victor Bicca. Ele vem liderando os debates no país sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos e desenvolvimento do modelo de cooperativas de catadores.

Segundo Bicca, a iniciativa tem todas as possibilidades para colocar o Brasil na vanguarda da reciclagem mundial. "Mais do que preservação, estamos tratando de inclusão social, com a participação de toda a sociedade engajada no processo", disse. Para ele, é preciso ampliar as ações desenvolvidas no setor de reciclagem para dar mais valor ao material colhido no processo.

O empresário explicou, ainda, a plataforma social que foi fortificada por meio das cooperativas na gestão de resíduos e o trabalho promovido com o pequeno catador, que se tornou pequeno empreendedor no processo social. "Queremos eles tenham condições dignas de trabalho e possam crescer cada vez mais", acrescentou.

GESTÃO SOCIAL

O coordenador do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis e Reutilizáveis da Cidade do Rio de Janeiro, Custódio da Silva, começou na atividade no Jardim Gramacho, onde trabalhou por 16 anos. Hoje, trabalha no bairro carioca Bangu. "Para nós, o desafio é fazer chegar ao conhecimento da categoria de catadores de lixo que existe a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e ele deve conhecer passo a passo todos os benefícios e mudanças trazidas por ela", assegurou.

A indústria participou das discussões com a presença diretor de Responsabilidade Socioambiental da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), André Saraiva. Ele citou números de descarte de produtos eletroeletrônicos no Brasil. Cerca de 35% das pessoas guardam esses produtos em casa; 29% fazem doações dos produtos que não usam mais; 19% vende; 7% jogam no lixo e outros 10% não informaram o que fazem com os produtos. "Essa é a fotografia da sociedade de consumo de eletroeletrônicos no país, vemos a necessidade de rever os padrões de pós-consumo de produtos da categoria", finalizou.
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