Mariana Branco
O debate sobre mudança do clima passa necessariamente por questões de geopolítica, sociais e econômicas, afirmou nesta quarta-feira (04/04) a presidenta Dilma Rousseff. Ela participou, no Palácio do Planalto, de reunião ordinária do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. Na agenda do encontro, a revisão do Plano Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC) e a preparação do Brasil para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) no que diz respeito ao tema.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, divulgou a agenda para consolidação dos planos setoriais do PNMC. De acordo com ela, de maio a julho deste ano haverá uma consulta pública pela internet a respeito das práticas e estratégias para mitigar as mudanças climáticas em setores como indústria, saúde, mineração e transportes. Em julho, haverá a análise dos resultados e, de agosto a novembro, o plano passará por revisão. A previsão é de que o texto revisto seja apresentado em novembro, no Qatar, durante a Conferência das Partes (COP) da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
Ficou acertado ainda que o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério das Relações Exteriores organizarão um encontro extraordinário do FMCB para discutir os principais pontos sobre mudanças climáticas a serem tratados na Rio+20.
DEBAIXO DA MESA
A presidenta da República destacou que a conferência sobre desenvolvimento sustentável, que acontece de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro, será importante por ser a primeira a tratar oficialmente da relação existente entre questões ambientais, pobreza e crescimento. "Nós vamos explicitar uma discussão que estava embaixo da mesa", afirmou."Vários desafios se conjugam para os países que lá estarão, como acesso à água e produção de alimentos".
O Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas tem como finalidade conscientizar e mobilizar a sociedade para a discussão e tomada de posição sobre os problemas decorrentes da mudança do clima por gases de efeito estufa. O FBMC é presidido por Dilma e integrado por 12 ministros de Estado, pelo diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), pesquisadores, acadêmicos e representantes da sociedade civil.
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